mysteries of the past ( fillie )

Capitulo 20 / no mesmo dia

   Entramos na sala escura, um homem sentado diante de uma mesa de madeira que antes assinava papéis, encara nós dois. Ele não aparentava ser velho, na verdade, ele não aparentava ter mais de quarenta.

- Oque querem? Aqui não são permitidos menores de idade.- ele diz.

- Lino, ham... Lino Hickmann?- pergunto.

- Me chame apenas de Lino, te conheço?

- Não, eu... sou detetive, e preciso te fazer algumas perguntas.- digo.

- Não, eu não vendo drogas aqui. E sim tenho permissão para abrir esse estabelecimento.- ele diz, seco como uma pedra. O telefone em sua mãos toca.- Agora se me dão licença...

    Ele atende o telefone e coloca os pés em cima da mesa.

- Vamos Millie, outro dia...- tenta Wolfhard.

- Queremos saber oque você estava fazendo dia catorze de Março.- falo e o homem me encara, ele desliga o telefone e retira seus pés da mesa.

- Oque você sabe sobre esse dia?- ele pergunta.

- Muito, mas não tudo, quero saber oque esteve fazendo aquele dia.- digo.

- No dia catorze de Março eu estava em um intercâmbio na França, enquanto meu pai foi morto. Dia catorze de Março, Lino Hickmann morreu em um assalto...- ele diz e ficamos em choque, se Lino morreu a onze anos, então quem é ele?

- Você não é Lino Hickmann?- Finn pergunta.

- Meu nome é Lino Hickmann Junior. Eu assumi os negócios da família há onze anos atrás.- ele diz com seriedade.- O assassino nunca foi preso, ou descoberto. Minha família acha que ele mudou de país, mas oque eu realmente acho, é que ele fez de propósito e ainda está nesse país miserável.

- Meus pêsames... Obrigada pela informação.- digo e me retiro de la com Wolfhard.

   Vamos para o carro, Finn da a partida.

- Meus pais não foram os únicos naquele dia. E se... o assassino tinha outros alvos, e se ele estivesse procurando vingança. Lino Hickmann pode ter feito algo pra ele, sei lá. Mas é uma pista.

- Como você consegue pensar a essa hora da madrugada?- Finn pergunta.

- Do mesmo jeito que você consegue dirigir. Além disso, não era nem para você estar aqui.

- Se não fosse por mim, você nem conseguiria falar com o tal de Júnior.- ele ri.

- Você esta errado, mas de uma certa forma, está certo.

   Finn me deixa em casa, já são cinco da manhã, estou exausta. Noto a agitação novamente na casa vizinha, portas batendo, alguém gritando, não sei oque está acontecendo, mas me preocupo com outras coisas agora. E como disse Aidan: cuide da sua própria vida.

   Adentro a casa tentando fazer pouco barulho, ouso alguém descer as escadas.

- Millie? Oque faz acordada está hora?- diz David.

- Fui la fora ver... oque estava acontecendo, só se ouve gritarias.- digo.

- Algumas pessoas tem tudo, mas do que adianta ter tudo material, e se esquecer de ter alma?