Capítulo 03

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Não havia explicado no ultimo capítulo sobre o câncer, então trouxe uma pequena pesquisa sobre o mesmo. Mas para deixar claro que a história se passa em Londres, ok?
O câncer de pele não melanoma é o mais frequente no Brasil e corresponde a cerca de 30% de todos os tumores malignos registrados no país. Apresenta altos percentuais de cura, se for detectado e tratado precocemente. Entre os tumores de pele, é o mais frequente e de menor mortalidade, porém, se não tratado adequadamente pode deixar mutilações bastante expressivas.

Apolo povs

Durante anos, estes foram os primeiros no qual me senti confortável junto ao meu esposo por ter uma secretária trabalhando comigo sem que desse em cima de mim.

Isso era o mais nos deixavam incomodados, ser dono de uma empresa não é fácil, mas se torna gratificante ver todos os seus esforços sendo compensados de diversas maneiras.

Estive atrás de secretárias novamente e foi ali que eu e Ícaro conhecemos Avery, era incrível como uma garota de 18 anos fosse tão inocente e desligada das malícias do mundo e foi por este motivo que nós dois nos aproximamos dela.

Ela nos respeitava, era curiosa sobre como era nossa relação e como era ao ter que separar as vontades de beijar o menor por estarmos na empresa, sua curiosidade de fato nos fazia rir e muito, mas chega a ser tão fofo e intrigante.

Avery não era o tipo de garota que gostava de receber elogios e muito menos entendia algum comentário malicioso, entendemos o motivo de ser assim ao conhecermos seu pai que um dia havia ido pessoalmente na empresa me avisar da garota estar doente devido um problema familiar que a fez mal, nunca comentamos sobre isso por respeito a ela e durante o início da noite havíamos ido visita-la.

Ícaro que é sem papas na língua já foi logo perguntando o porque dela ser tão inocente aos olhos do mundo para seu pai e ele nos disse que a colocou para estudar a vida toda em uma escola para mulheres porque tinha medo de pessoas machucarem ela.

A garota sempre fora curiosa e ele disse que já chegou a pensar que ela fosse infantilista pois mesmo tendo tal idade ainda gosta de brincar de boneca com as filhas da vizinha, mas não achava ruim por tornar sua filha única neste mundo, uma menina inocente e tão alegre.

Ícaro e eu adoravamos vê-la chegando na empresa saltitante as vezes equilibrando dois copos de cafés para nós dois e ainda vinha tomando seu chocolate quente como sempre fizera desde que a conhecemos, o brilho inocente em seu olhar era lindo e todos os dias conversava com meu esposo para que o dia em que tivessemos um filho ou uma filha, que tivesse este brilho que ela tem.

A felicidade que ela vinha diariamente fôra substituída por uma tristeza e isso deixava a mim e meu esposo preocupados com sua saúde, era nitido que ambos eram próximos demais e uma perda poderia acabar com a garota.

       — Amor, amor... – me assusto com a entrada abrupta de Icaro em minha sala.

     — O que houve querido? Por que essa toda? – questiono e ele se senta em meu colo.

       — Se lembra de estarmos conversando faz alguns meses sobre encontrar alguém para carregar nosso filho ou filha e pagarmos a esta pessoa? – aceno concordando e espero ele prosseguir.  — Eu sei que pode parecer estranho, mas estive pensando, para agilizarem ainda mais o tratamento do pai da Avery é necessário que ela pague todo o valor ne? Então juntei o útil ao agradável e pensei... Por que não conversamos com ela sobre esse nosso sonho e falamos sobre tudo, desde o pagamento até tudo o que ela necesssitar durante a gestação.... – indaga e suspiro pensativo.

     — De fato você tem razão, confiamos nela e isso pode ajudar ela também... – murmuro e olho pra ele que me observa em espectativa. — Vá chamar ela, acho que vamos demorar um pouco para explicar a ela.  – ele sorri e me da um selinho se levantando.

Avisto ele saindo da minha sala e desligo o computador um pouco, me levanto e vou para o sofá que tem em minha sala, segundos depois observo os dois adentrando a sala e aponto para o meu lado onde ambos se sentam.

      — Você queria falar comigo? – pergunta curiosa e assinto.

      — Não me interrompa enquanto explico, ok? – ela acena e se ajeita. — Faz alguns anos que eu e Ícaro desejamos nos tornar pais, já fomos em diversos orfanatos, mas sabe quando você olha para as crianças mais não sente uma conexão com elas? – a garota acente novamente e respiro fundo. — Então, não sentimos tais conexões com elas e acabamos por desistir de adotar. Queremos muito um filho ou mais, só que caramba... – fecho os olhos antes de continuar.  — Decidimos procurar alguém para ser nossa barriga aluguel, mas quem poderia ser se não temos confiança nas pessoas o bastante? Foi ai que conhecemos você e aos poucos fôra conquistando nossa confiança, e com esses problemas acontecendo com você e esse nosso desejo de ser pais, o Ícaro juntou o útil ao agradável e agora queremos saber... Você aceita carregar um filho nosso? Em troca receberá por tudo, inclusive darei o primeiro pagamento para que possa entregar ao hospital para o tratamento de seu pai.

Olhamos para a garota esperando por uma resposta, não sei por quanto tempo ficamos assim, apenas observo ela abaixar a cabeça e suspirar.

   — E depois que o bebê nascer? Poderei continuar com a vaga? – arregalo os olhos mas rapidamente digo um sim e ela me olha. — Eu quero aceitar, só tem o problema.

     — Qual? – meu esposo pergunta curioso.

     — Eu sou virgem.

Um contrato inesperado (Duologia - O inesperado)Onde histórias criam vida. Descubra agora