Capítulo 06

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Maratona pt1. 1/2

Ícaro pov's

Depois de quase oito anos casado com Apolo resolvemos ter a nossa própria família, é lógico que queremos adotar algumas crianças... Mas sabe aquela vontade de ter um filho que compartilha do seu sangue?

É essa a minha vontade e já fazia um ano que estávamos a procura de alguém que fosse boa o suficiente para não ver a ganância no dinheiro como muitas fazem, muitas estão a procura de dinheiro fácil e não é esse o tipo de pessoas que eu quero que carregue meu filho ou filha no ventre.

Foi por esse motivo que juntei o útil ao agradável quando escutei ela pedir para Apolo lhe deixar trabalhar por período integral, ela precisava do dinheiro para fazer um bom uso salvando seu pai e nós precisamos de um filho.

Quando ela nos disse sobre sua virgindade poderia jurar que algo dentro de mim vibrou e posso arriscar que Apolo sentiu o mesmo ou até mais. Se eu sentiria ciúmes dos dois juntos? Não, por incrível que pareça... Não.

Fizemos a primeira tentativa, sabemos que as vezes na primeira tentativa pode não dar certo e não iria perder a fé quanto ao meu sonho de ser pai.

Sabe quando você está animado com tudo?

Era assim que estava me sentindo até dois minutos atrás quando Avery disse quase chorando que não queria continuar os testes para carregar um filho meu e de Apolo em seu ventre.

Se eu a culpa?

Jamais, a culpa é toda de Apolo por tratá-la mal, ele sabe o quão sensível ela é em relação ao tratamento das pessoas com ela e faz questão de trata-la de maneira nada boa.

         — Apolo, saia daqui. – digo sério vendo seu olhar incrédulo para mim.  — Agora. – grito me irritando e ele fecha a cara saindo de onde estamos.

Olho para a menina ao meu lado e faço-a me olhar.

         — Está assim por causa do Apolo né? – pergunto e ela me olha tentando negar. — Não adianta pequena, eu conheço aquele filhote de mula e pode ter certeza que ele pode ter essa cara de quem chupou limão, mas não passa de um medroso e mantega derretida. – digo e ela ri baixo ficando levemente corada.

       — É que... Isso é tão confuso, ele uma hora me trata bem e em outro momento falta pouco me matar e eu não entendo o motivo.  – exclama chorosa balançando a cabeça em negativo.  — Eu juro que não quero atrapalhar o relacionamento de vocês se é isso que ele pensa. – me olha chorando e meu coração se aperta.

Puxo-a para perto lhe abraçando e de longe pude ver Apolo nos observando, nego com a cabeca e acaricio os cabelos, agora pretos, de Avery.

          — Faz assim... Fica esses dias em casa descansando e pensando em tudo, daqui uma semana você volta a trabalhar na empresa e nós fazemos uma reunião para saber o que decidiu... Se não aceitar não se preocupe, iremos te ajudar com seu pai e como pagamento iremos tirar apenas um pouco de seu salário. – digo calmo e ela assente.

Pego meu celular e chamo um uber, fico cerca de dez minutos ali com ela e quando meu celular apita avisando a chegada de tal carro, me afasto dela e a olho.

         — Vá para casa, já chamei um uber e ele está a sua espera lá fora, aqui o dinheiro da corrida. – digo lhe entregando tal valor e ela me abraça sussurrando um obrigado e sai de lá.

Suspiro fechando os olhos e me levanto indo até onde meu marido está e apontando - lhe o dedo aviso:

        — Trate de se despedir deste povo, iremos para casa agora mesmo e não quero nem saber. – digo rude saindo sem lhe dar brecha para responder - me e passo por todos sem ao menos me despedir.

Apolo que se vire com as mãos a partir de hoje, enquanto não voltar a tratar Avery bem novamente e deixar de ciúmes idiota ele não me terá na mesma cama que ele.

Espero impacientemente por Apolo e depois de uns cinco minutos o mesmo aparece com uma carranca, ignoro e adentro o carro assim que ele destrava o mesmo.

        — O que aconteceu? – pergunta e apenas lhe ignoro mandando uma mensagem para a garota perguntando se já chegou.

A

pós ver a confirmação dela de ter chegado bem, desligo o aparelho e fico calado o caminho inteiro sempre ignorando qualquer tentativa dele falar comigo.

Quando chegamos em casa subo para o quarto rapidamente e me troco vendo-o entrar no local.

       — Sente-se – aponto para a cama e ele assim o faz sem questionar. — Posso saber por que caralhos você está agindo assim com a Avery? – esbravejo e ele fica com o rosto vermelho demonstrando irritação.

        — E por que diabos se preocupa tanto com essa garotinha? – pergunta e o olho incrédulo.

        — EM ALGUM MOMENTO ELA JÁ DEU EM CIMA DE MIM DESREPEITANDO NOSSO CASAMENTO? – grito possesso de raiva. — De todas as mulheres, ela foi a única que disse achar lindo nosso amor, que sempre respeitou ao nosso sentimento, a você, a mim, a empresa... Ela é uma mulher feita, mas porra, é tão inocente quanto uma criança. – digo andando de um lado pro outro. — A menina está sozinha Apolo, ela não pensou duas vezes antes de aceitar a proposta de carregar um bebê no ventre dela para salvar o pai, já pensou se fosse alguém querendo comprar a virgindade da garota? Com certeza ela aceitaria apenas para salvar o pai...

Nem percebo que estou chorando até soltar um soluço, respiro fundo tentando me conter e olho pra ele que permanece calado.

        — Até quando vai agir assim Apolo? Até quando vai tratar ela tão mal quando na verdade tudo o que ela tem precisado é de um abraço e palavras positivas afirmando que tudo ficará bem...?! – não espero sua resposta e pego o lençol saindo do quarto e me tranco no quarto de hóspedes onde choro até adormecer.

Eita que esse Apolo apronta, né gente?
O que vocês acham que irá acontecer?
Será que a Avery vai Continuar o tratamento para engravidar?
E o Apolo mais o Ícaro? Será que ambos vão se resolver? 

Um contrato inesperado (Duologia - O inesperado)Onde histórias criam vida. Descubra agora