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Dois dias foram suficientes para que Victoriano ficasse ranzinza, por não falar muito com Inês, pois ela não queria dar muito para ele desconfiar que ela estaria indo para o México ficar uns dias com eles. No hospital somente os mais próximos sabiam que ela estava indo para o lá, os demais somente que ela estaria fora para uma capacitação de Trauma. E era o correto, mas ela não iria para essa capacitação dessa vez, somente a sua equipe de reabilitação. E nada foi falado sobre a ausência dela.

— Mas que inferno que ninguém sabe quando Inês saiu ou sairá dessa cirurgia! – esbravejava ele.

— Pai, é uma operação planejada, isso pode durar até 12 horas, ainda mais sendo na coluna, minha mãe já ficou com duas equipes em uma operação por 15 horas, é o prazo máximo que um paciente pode ficar sedado para esse tipo de operação. — falou Alejandro.

— Calma pai ela avisou que ligaria quando acabasse, Alê vem para a cidade comigo, tenho uma reunião depois do almoço e tenho a tarde livre e podemos passear?

— Vou sim!

— Isso, vão ser felizes, eu tenho uma reunião daqui a pouco na empresa e depois volto para cá.

— Oi bom dia, meus amores. – falou Cassandra entrando caminhando tranquilamente junto com o fisioterapeuta que foi junto com eles. – Olha quem já consegue caminhar um pouquinho.

A felicidade foi imensa ao ver a jovem entrando na sala com as próprias pernas. Constanza filmava tudo, pois tinham falado com Inês, e ela queria ver a evolução dela e quando os primeiros passos fossem dados ela queria ver.

— Ah minha filha, que alegria, que bom que está ficando melhor.

— Inês disse que tinha que começar, e hoje eu tomei coragem com a ajuda de Rafael e dos demais fisioterapeutas. E claro de vocês.

— Inês mandou um vídeo lindo hoje de manhã com a equipe dela, mandando vibrações para Cassy. – disse Constanza.

— Falou com ela hoje? – perguntou Victoriano.

— Não hoje, falei com ela ontem a noite, antes do senhor Pai, depois não falei mais, o vídeo ela disse que fez com a equipe antes de irem para o centro cirúrgico, mas acho que não foi de hoje. – a jovem mostrou o vídeo para o pai.

***

Inês estava sentada na sala de espera do aeroporto junto de Julia, estava aflita, ansiosa e apreensiva. Olhava para o relógio como se o tempo fosse a engolir.

— O relógio não é uma máquina do tempo para que fique olhando para ele a todo o momento para que algo mude. – falou a Julia.

— Eu não sei, acho melhor não ir. — disse Inês.

— Se não enfrentar nunca passará!

— Mas e se eu...eu não conseguir?

— E se é muito para quem ama, para quem sabe que estará e segura, e que nada vai acontecer lá, Inês e se não for? Alejandro a espera, a menina Constanza a espera, bom não espera, mas ficará imensamente feliz com a sua chegada. E tem um senhor charmoso que falou com ele ontem por vídeo.

— O pai de Victoriano, Antônio Carlos, achou ele charmoso?

— Inês por favor. – elas sorriram e ficaram sentadas até a hora de entrar no avião.

Inês estava impaciente na sala, se levantou e começou a caminhar de um lado para o outro, Júlia a observava. Quando viu que Inês estava pronta para desistir de ir, ela se levantou e caminhou até ela.

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