49 - Transferência

453 45 2
                                    

Continuação...

Médico: Bom, eu posso sim dá um jeito de liberar a transferência Dela para o Brasil. Por tanto que seja com proteção ao bebê. Vou explicar o pq dos cuidados. Quando o bebê nasce com 28 semanas pode sobreviver, no entanto, deve ficar internado no hospital, como já expliquei várias vezes. Então até que os seus pulmões estejam completamente desenvolvidos, permitindo que respire sozinho. Por isso ela não tem a respiração normalizada ainda, principalmente depois de ter uma parada cardiorrespiratória. O pulmão está reconstruindo, Por isso não consegue respirar sem os aparelhos.
O bebê só vai para casa depois que estiver igual ou próximo de um recém-nascido não prematuro ( 9 meses). Os prematuros extremos chegam a ficar de dois a três meses internados. Normalmente, eles vão para casa quando atingem 2,000 kg, em média. Se a Sofia atingir os 2,000 kg antes dos 2 meses de vida, são justamente os 2 meses que faltava para completar os 9 meses e se tiver com a respiração normalizada, ela já pode ser liberada.

Lulu: Então quer dizer que para ela ser transferida, ela vai ter que ir ligadas nos aparelhos e em uma incubadora improvisada não é isso?

Médico: Sim, isso mesmo!

Lulu: Então Se eu fizer tudo certinho e organizar todos os aparelhos, o senhor libera a autorização?

Médico: Líbero sim... Pois a Sófia, já pode tá tendo algumas liberações, uma delas é já tá recebendo visitas, porém só de vocês 3 ou de médicos. Lá no Brasil ela não vai precisar ficar mais na UTI, só no berçário mesmo, porém com os aparelhos ligado. Lembrando Luane, que as responsabilidades vai ser totalmente suas, depois que a Sofia sair daqui e eu também não sou mais responsável por ela.

Lulu: Confie em mim doutor, eu tenho uma equipe médica de total competência e de inteira responsabilidade e Confiança. Pode fazer um termo de responsabilidade. Pode providenciar os aparelhos e se tiver algum custo, eu vou arcar. Vou entrar em contato com o responsável do jatinho e mandar ele vim.

Médico: Tudo bem, vou organizar os documentos. Mas uma coisa que eu queria dizer a vocês e coisa boa.

Olhamos para ele, esperançosas

Médico: Acho que vocês não perceberam, mas já na 28ª semana de gestação o bebê consegue reconhecer a voz da mãe e reagir a barulhos fortes e música alta, por exemplo. E o coração já passa a bater num ritmo mais acelerado. O bebê também já começa a ter ciclos regulares de sono, respiração e deglutição.

Lud: Então quer dizer que quando eu e a Brunna falamos no primeiro dia com ela, ela pode ter reconhecido?

Médico: Sim, reconheceu e foi por isso que ela se movimentou.

Bru: Fico muito feliz de saber que ela já reconhece a nossa voz.

Médico: Alguma dúvida?

Bru: Você falou que só quem pode visitar a Sofi é eu e a Lud, qual a importância disso?

Médico: A presença da mãe é fundamental para a recuperação dos bebês prematuros. São crianças que estão a toda hora sendo picadas por agulhas ou cercada de aparelhos que pressionam ou apertam. Sentir o toque dos pais, o afago, é essencial para o bem-estar emocional deles. , só que no caso de vocês são duas mães “O bebê precisa dessa experiência, desse toque, para entender o que é carinho”, pois como falei acima, ela sente que é os pais que tá fazendo esse contato, por isso a liberação das visitas de vocês.

Lud: Uma outra coisa, quando eu fui amamentar, eu tive dificuldade e vi que não tinha muito leite também, isso tem algum problema?

Médico: Bom isso atrapalha você e a vida dela é a comum falta de aleitamento materno. Como essas crianças ficam dois ou três meses internadas na UTI e a sucção não é adequada, as mães não conseguem ter leite para amamentar e consequentemente, protegê-la das doenças infecciosas. Isso deixa as portas abertas para o contágio de doenças, principalmente as do sistema respiratório. E atrapalha você, pois terminar te machucando, faz você ter dificuldades para fazer ele sugar e o pouco de leite que tem sair. Mas isso só acontece se você não tiver leite nenhum, mas no seu caso, ainda tem.

Brumilla - Ameaçada Para MatarOnde histórias criam vida. Descubra agora