Franz
Estava na cozinha abusando dos meus dotes culinários quando meu celular toca. Era Max, meu irmão.
-A garota do 103 se chama Maria de Castro, 24 anos e é fotógrafa. Está aqui desde a semana passada para fazer a cobertura de um casamento, que vai ser daqui a dois dias! Abre seu e-mail, te enviei um relatório completo sobre ela.
Imediatamente abri meu e-mail e vi o relatório sobre a garota. Os pais morreram em um acidente de carro a dois anos, desde então mora sozinha em um apartamento em Porto. Não tem namorado, nem muitos amigos, os únicos parentes moram em Lisboa e havia também um anexo com algumas fotos dela.
- é uma pena que esse casamento não vai ter a presença dela, a garota é boa!
-Sim, e você? Já sabe o que vai fazer com ela?
- Ela me pediu ajuda pra sair do hotel. A coitada está desesperada!
-Também pudera, ninguém normal é testemunha de um assassinato e fica bem.
-está me chamando de maluco Max?
- Isso é meio óbvio!
Voltei minha atenção para a TV e vi algo que eu não gostei nada.
-Quero alguns homens no prédio do lado, os Santoro estão tentando quebrar o acordo!
-já estou mandando.
Desliguei o celular e fui para meu quarto, peguei minha Glock-18 e fui para o apartamento da garota!
Maria
Levantei do sofá e fui tomar um banho, não adiantava eu ficar deitada e chorando a noite inteira eu preciso pensar em uma forma de sair daqui e precisava achar uma forma de ir ao casamento ou conseguir alguém muito bom para me substituir. Enrolei o roupão no meu corpo e saí do banheiro indo na direção do guarda-roupa, mas antes que eu chegasse até ele olhei para a janela e então eu vi uma luz direcionada a mim, apenas deu tempo de eu agachar para ouvir o estrondo. Saí do quarto andando de quatro até o sofá onde estava meu celular e encontrei um cara de preto e com uma arma em mãos, reconheci de imediato sendo o cara do elevador. Não era possível que esse seria o meu fim, apenas fechei os olhos e supliquei.
-Por favor não me mate, eu juro que não falo nada do que eu vi para ninguém! Eu tenho família e eles vão chorar a minha morte. Por favor não faça minha mãe chorar pela minha precoce morte!
Supliquei com as mãos juntas.
- Eu não vim te matar Maria, vim matar quem está atacando o meu hotel. E não jure por algo que você não tem!
Dito isso o homem entrou no meu quarto e eu ouvi alguns tiros e voltou então
- Vamos, não é mais seguro aqui!
- Como eu vou saber que você não é um deles?
- Simples se eu tivesse a intenção de te matar teria feito isso quando você chegou no hotel.
- Você não iria me matar na frente de várias pessoas.
- Claro que não, te levaria para o subsolo.
- E pra onde quer que eu vá agora?
- Vestir uma roupa primeiro, ou prefere ficar assim? Confesso que estou apreciando a vista.
Olhei para baixo e vi meu roupão aberto, fechei imediatamente e senti minhas bochechas corar de vergonha.
- Eu vou me vestir!
- vá rápido , não temos o tempo inteiro.
Entrei no quarto parcialmente destruído, vesti uma roupa e peguei algumas que me sobraram. Voltei para a sala lá peguei minhas câmeras, celular e notebook e acompanhei o homem para fora do quarto.
- Qual o seu nome?
- Franz.
- Pra onde vai me levar?
- um lugar seguro.
- Você também é envolvido com essas coisas?
- Não cansa de fazer tantas perguntas?
- Também faria se estivesse no meu lugar.
- Não, não faria!
- Faria sim!
Ele me deu um olhar que gelou meu Coração e então para o meu próprio bem parei com as perguntas.
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Família Bertolini- Livro 01
RomanceSinopse ● Eleonora ○ Cheguei a Itália faz exatos três dias para uma sessão de fotos. Confesso que esse país sempre me fascinou, a bela toacana e a casa de Julieta foram os lugares que mais gostei de visitar e fotografar, lugares com grandes e belís...