Other lives, Same love || N.B

35- The pain

NARRADORA P.O.V

Toda criança tem algum sonho, seja ele virar um piloto de avião ou um astronauta. Todo adolescente tem seus "objetivos" de vida, seja eles os mais rebeldes possiveis ou loucos, porquê a vida de um adolescente é assim, fácil porém cheia de dramas. E quando adulto, finalmente vė que a vida pode ser muito mais dificil do que realmente pensou, porque agora é você por você. Quando adulto você vė que seus sonhos durante a vida não passaram de fantasias que nunca se tornaram reais.

Quando criança, Noah queria ser um advogado. O mais conhecido da cidade, brincava até de incriminar sua irmā quando ela era repreendida por Wendy. E toda vez que fazia isso ganha algo que o dinheiro não poderia comprar, algo que o faz encher o peito, o sorriso orgulhoso do seu pai. Com o tempo aquele sorriso foi sumindo, aparecendo cada vez menos para si. E quando adolescente o alfa fez daquele sorriso seu objetivo de vida, agia como um verdadeiro robô apenas para fazer tudo certo e poder assim ter o que tanto queria. Mas com o tempo sua esperança foi sumindo de pouco em pouco. Passou a trabalhar escondido na padaria no final da rua apenas para poder alugar uma casa assim que fizesse dezoito anos. E quando chegava em casa ele apenas dava um beijo na sua mãe e subia para o seu quarto, ficando preso lá até o dia seguinte. Mas então tudo desmoronou quando seu pai o falou que ele nunca teria a empresa no seu nome pois não era uma pessoa boa para a comandar. Então apenas com 16 anos Noah conheceu um mundo que ele julgava muito melhor que o dele, um mundo que apenas a maconha era capaz de o apresentar. Se demitiu da padaria e gastou todas as suas economias com a droga.

Ele viveu nisso durante meses, até que a policia o pegou fumando, e como era menor de idade foi levado para a delegacia, e chamaram os seus pais. Ele se lembra do olhar desapontado que sua mãe o deu quando foi o buscar, e o olhar de raiva de Marco. Mas o pior aconteceu quando eles chegaram em casa, onde ele nunca apanhou tanto na vida, e ainda que fosse um tipos, doeu mas seu pai era mais forte, e doeu mais ainda porque era seu pai. Os Urrea conseguiram abafar o caso, dando uma boa quantia de dinheiro para os policiais não falarem nada, e assim conseguiram manter a boa reputação.

Claro que não foi nada fácil para o alfa conseguir acabar com o vicio, mas no final ele conseguiu, achando um novo vicio, o da fotografia. E então com 17 anos seu mundo começou a caminhar para frente, sua paixão pela fotografia o ajudou nisso, e foi nesse meio tempo que ele descobriu que seu avô havia o deixado de herança uma boa parte da sua fortuna, junto com metade da empresa, ja que a outra metade tinha ficado com seu pai. Mas ficar preso dentro de um prédio com todos a sua volta o bajulando não era para si, então ele decidiu dividir sua metade com Linsey, sendo ela que está ajudando seu pai atualmente. Obvio que essa sua decisão fez Marco odiar mais, o dando novamente o olhar de nojo.

O mesmo que o dava agora.

Noah jura que se sua mãe não tivesse o dado uma educação boa, ele teria voado na cara de Marco descontado nele toda a sua mágoa que ele guarda para si durante anos. Mas ele conseguia ser civilizado o suficiente para não partir para a agressão logo de cara.

- Marco, pode ter certeza que tudo o que você
conseguiu me ensinar foi como ser um babaca, que durante muitos anos eu achei que fosse o certo - Ele tinha a voz calma, podendo ver Des o olhar com fúria.

-Olha só, não é que o covarde teve mesmo a audacia de falar algo? - Marco se aproximou de Noah, não o vendo recuar como queria - Eu tentei te ensinar como ser um alfa de verdade. Como realmente agir para ter o respeito de todos, porém a culpa não é minha se você não quis usar o que lhe foi ensinado. Então eu exijo respeito de você pois é graças a mim que você tem o sobrenome que todos invejam - o moreno conseguia sentir a raiva consumir seu corpo, e o bafo de álcool do seu pai o deixar enjoado.

- Como você consegue cobrar respeito sendo que não respeita ninguém? E eu tenho o orgulho de dizer que sou sim um alfa, um alfa totalmente diferente de você, graças a minha mãe. Que felizmente sempre esteve ali comigo para me mostrar como agir.-  Seu maxilar travado tremia a cada palavra que falava.