23- The Cleaning

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Boa leitura

Pov Noah

Eu não sei ao certo que horas era agora, só sabia que eu não sentia mais tanto cansaço, parecia que eu tinha dormido por séculos. Eu sentia um corpo contra minhas costas, me abraçando por trás, e nem percebi quando deixei um sorriso nascer nos meus lábios. Me virei com cuidado para não acordar Josh, ficando assim de frente para ele, podendo ver seu rosto angelical de perto. Ele tinha alguns fios caídos em seus olhos, e ele soltava pequenos suspiros pela boca, essa que estava meio aberta. Ele parecia tão confortável ali, tinha uma perna por cima do meu quadril, uma mão de baixo da cabeça e a outra encostada no meu peitoral. Levei uma das minhas mãos
até sua coxa que estava por cima de mim e meu peitoral. Levei uma das minhas mãos até sua coxa que estava por cima de mim e tive que me controlar para não a apertar, então a acariciei de leve antes de tentar a tirar de cima de mim.

Porém, como tudo ao meu redor tem que dar errado, eu vi Josh dar um sobressalto e abrir as grandes safiras em minha direção. Ele me encarou durante alguns segundos antes de resmungar alguma coisa e se virar de costas para mim, voltando a dormir. Me segurei para não rir da situação que tinha acontecido e logo peguei qualquer camisa que encontrei no meio daquela bagunça e sai do quarto. Após fechar a porta do mesmo senti como se estivesse deixado um pedaço de mim lá dentro. Estava cada vez mais difícil se costumar com a ideia de estar, de fato, apaixonado por Josh. Muitas vezes eu me assustava com os tipos de pensamentos que eu tinha, porém eles sempre eram interrompidos pelo fato de Josh me odiar, como ele mesmo tinha dito. E isso também me assustava.

Quando Josh veio correndo na minha direção e falou que me odiava olhando nos meus olhos, eu tive vontade de chorar, aquelas palavras tinham machucado mais do que o tapa que ele tinha me dado. Me apaixonar por ele não estava nos meus planos, nunca esteve, e eu sabia que estava perdido pelo simples fato de que agora estava dependo dele para viver. Desde pequeno minha mãe me falava que eu iria me apaixonar por apenas uma pessoa na minha vida, e era aquela pessoa que eu teria que dedicar meus cortejos. Acreditei nisso durante toda minha infância, porém quando entrei na minha adolescência parei de acreditar nisso quando perdi a paciência para esperar essa tal pessoa chegar na minha vida.

E foi aí que eu comecei a ficar com várias pessoas, na esperança de alguma delas ser quem eu estava procurando. Porém nunca prestei atenção que quem eu estava procurando sempre esteve de baixo do meu nariz. Me lembro como se fosse hoje de quando vi Josh pela primeira vez na minha vida. Ele tinha acabado de chegar na escola, eu estava no oitavo ano, o boato que o ômega mais cheiroso da cidade estava estudando na escola corria de boca em boca. Eu ainda nem tinha o visto, porém já podia sentir seu cheiro pelos corredores da escola, e seu aroma sempre me atraiu. Eu já estava prestes a colocar ele na minha lista quando o vi. Na hora eu tive nojo dele com aqueles óculos e aparelho dentário, sua cara estava cheia de espinhas, e por isso não perdi tempo de ir zoar ele, e todos tinham gostado.

E nesse momento eu não me arrependo mais do que tudo de ter feito isso com ele, e eu merecia de fato aquele tapa que ele me deu. Mas a ideia dele me odiar ainda me assustou, eu queria fazer do nosso casamento uma relação saudável. Não uma relação onde nós ficamos no mesmo cômodo sem nos falar, muito menos ficar brigados por semanas. Eu queria conversar com Josh, mas eu não sabia o que se passava na cabeça dele, muito menos os sentimentos dele sobre mim. Por isso eu começaria a o cortejar, ter um espécie de "recomeço", mudar a ideia dele sobre mim.

Com esse pensamento eu desci as escadas, desejando levar um café na cama para Josh. Mas assim que abri a geladeira a mesma estava vazia, tinha apenas um pote de geleia e uma garrafa d'água. Eu não queria acordar Josh para o falar que iria ao mercado, então precisei pensar em alguma coisa e rápido. Então me lembrei que tinha um fastfood que entregava café da manhã, e não perdi tempo em subir para o meu quarto e pegar o telefone, garantindo que Josh ainda estava dormindo. Entrei no Ifood e logo pedi um café da manhã completo, com direito a tudo. Nesse instante eu percebi como o apartamento poderia ser comparado com um lixão. Só na sala tinha roupas e embalagens de comida espalhadas por todo o tapete, a cozinha tinha tanto roupas quanto cascas de frutas. Eu e Josh não passamos a semana apenas no quarto, de vez em quando não tinhamos tempo de chegar até o quarto, e o que eu não pude deixar de notar foi que o Josh por ser um ômega lúpus é bem mais insaciável do que os ômegas normais. E eu amava aquilo.

Other lives, Same love || N.BOnde histórias criam vida. Descubra agora