Twenty Fourth

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𝔼u queria segurar aquele pescoço atraente dela e a apertar até matar aquela desgraçada.

A Cabello não podia fazer isso comigo! Eu queria sacudir ela e...

Sim... Era isso que eu ia fazer...

Eu estava com raiva dela, queria a fazer pagar por achar que pode me descartar como uma qualquer coisa quando aparece uma pessoa nova.

E sabia exatamente o que fazer para a deixar afetada... ah Cabello, você não devia dar tão pouco valor para mim... Você não sabe com quem está mexendo...

— Você vai se arrepender Camilinha, oh se vai —  foi a única que eu disse antes de seguir para a diretoria por culpa daquela infeliz.

[>>>]

— Vou indo lá parceira! —  Clau e eu trocamos um High Five, ela piscou para mim —  Até segunda-feira Cubaninha! Cuidado por aí, ia ser uma pena machucar a belezinha que você tem —  riu.

— Isso definitivamente não vai acontecer, minha bebê tem proteção divina —  devolvi a piscadela sorrindo.

O motorista dela buzinou fazendo Clau revisar os olhos.

— Mamãe leva a sério horários, até
Baixinha! —  levantei meu dedo do meio.

— Até barraqueira! —  ela acenou e caminhou até entrar no BMW e o carro dar partida, eu somente me levantei limpando minha calça jeans, já que estava sentada nos degraus da entrada do colégio junto com Clau e arrumei minha mochila nos ombros caminhando calmamente até o estacionamento da escola.

Estava pensando no que faria pela noite, talvez chamasse Clau para sair, talvez ir comprar umas identidades falsas, ela tinha cara de saber onde se arruma esse tipo de coisa, ri com o pensamento e tirei as chaves do bolso da minha calça, para ligar a moto. Porém quando cheguei onde a deixei cai de joelhos no chão, com os olhos marejados.

— NÃO! —  me levantei desesperada e fui até ela, a avaliando enquanto lágrimas caiam pelo meu rosto —  Quem fez isso com você, meu amor? Está me ouvindo? Não! Me perdoa... isso foi minha culpa —  alisando seu
tanque, antes tão reluzente e sem nenhum arranhão, agora todo amassado e arranhado, se não bastasse, suas outras partes estavam todas manchadas com tinta amarela, amassada e arranhada... Ela ainda estava caída no chão, jogada como um lixo... a abracei manchando meu rosto com a tinta, um pouco fresca ainda.

Foi Lauren, eu sabia.

Ela não tinha coração, era um ser humano horrível, quem faz esse tipo de coisa?! Eu amaldiçoava o dia em que coloquei meus olhos nela, se não tivesse a conhecido, Jureima estaria perfeita, me levando para casa, enquanto os seus pneus no asfalto provocavam um som semelhante a um cantarolar divino.

Passei muito tempo, chorando sobre ela, só me levantei quando ouvi uma conversa animada, era as garotas da torcida saindo do treinamento, Lauren estava entre elas, se despediu das garotas que entraram em seus carros, logo saindo alheias a minha presença, já que o lugar onde se deixava motos e bicicletas era um pouco mais afastado do estacionamento dos carros, e praticamente ninguém nessa escola usava.

Lauren acenou e entrou em seu carro, eu tirei forças do fundo do meu ser, e corri até o Jaguar vermelho, antes que ela saísse, por sorte a porta estava aberta, eu entrei sem dizer nada. Lauren estava retocando o batom e me olhou surpresa.

— Já está com saudades Camz? —  perguntou com deboche, me olhando de cima a baixo —  Você está pior que eu, e olha que era eu que estava treinando a quase uma hora —  revirou os olhos.

— Eu.vou.matar.voc-você —  falei com a voz cheia de raiva em meio aos soluços.

— Está louca? Saía do meu carro, Cabello, antes que eu grite—  falou neutra, eu não pensei duas vezes, travei o carro, perante seu olhar avaliativo e confuso, e tirei a chave da ignição — O...

Eu subi em cima dela, distribuindo tapas e socos, consegui acertar um soco no seu maxilar antes que Lauren colocasse as mãos na frente do rosto para se defender, mas eu não me dei por vencida, queria a ferir como ela feriu meu amor.

Mas não consegui, obviamente, mesmo cheia de raiva. Lauren, uma verdadeira louca, segurou meus braços e tentou me beijar, mas eu mordi seu lábio, a fazendo se afastar com uma das mãos sobre eles.

— Você está louca, Cabello?! Porquê fez isso...?

—  Você não deveria ter tocado nela...

— Eu não fiz nada sua maluca! —  avaliou a mão, percebendo que a mordida foi forte, tanto que os seus lábios até estavam sangrando —  Olha oque você fez!—  enfiou a mão no meu bolso e tirou a chave do seu carro de lá, após isso me jogou para o banco de passageiro ligando o carro e dando partida.

— Para agora esse carro Lauren!

— Não vou parar porra nenhuma! —  eu pensei em tentar a fazer parar, mas já estávamos em rua movimentada e eu não queria morrer, tinha apenas 17 anos!

— Você está louca! Eu quero sair! Vou ligar pra polícia ! —  Tateei meus bolsos e então me lembrei que estava sem, o celular estava na mochila, que eu larguei quando vi o estado de Jureima —  Para o carro Lauren!

— Cala a boca!

— Vai me sequestrar?! Ou fazer o mesmo que fez com Jureima?!

— Quem...?— Perguntou confusa.

— Minha moto, sua desgraçada!

— Eu não sei de nada sobre isso —  olhou para a frente, confirmando que foi ela.

— Sua... Sua... —  falei com a boca aberta —  Quando esse carro parar Lauren... Eu vou ligar para a polícia por tentativa de sequestro e vou te bater tanto... mas tanto... ela... não merecia isso!

Lauren revirou os olhos, enquanto eu olhava para a estrada, tentando localizar um semáforo, quando ela parasse, eu ia gritar, alguém ia me ouvir e não tinha risco dela me matar pois estaríamos paradas, mas Lauren me surpreendeu ao rodear o colégio, e seguindo uma rua que estava pouco movimentada, para meu azar.

— Para onde... —  falei assustada, após minutos, quando parei de tentar pedir socorro pois não tinha ninguém na rua e percebi que ela estava indo em direção  da saída da cidade —  Lauren...?

Ela não respondeu, só acelerou o carro ainda mais, entrando em uma estrada de terra e seguindo entre as árvores, eu nunca tinha estado aqui, era um lugar deserto, parecia uma floresta.

— Lauren! Para onde você está me levando?! Eu quero sair! SOCORRO —  voltei a gritar desesperada —  SOCORROOOO....

Tentei desesperadamente abrir a porta do carro, mas ela estava fechada, então, como última alternativa, pulei sobre Lauren tentando fazer ela parar o carro.

— Para Camila! Vai me fazer bater o carro! —  falou tentando me jogar para o lado com uma das mãos, o carro estava em uma velocidade considerável, e conforme ela ia Tentando se livrar de mim, ia acelerando ainda mais, mas eu não podia deixar ela me levar para sabe Deus onde, vai que ela era um psicopata? Nunca se sabe quem é, e agora vendo ela me levar para um lugar isolado era totalmente aceitável essa ideia —  Porra! —  foi a última coisa que eu ouvi antes do carro dar um solavanco.

A Vadia Da Minha CrushOnde histórias criam vida. Descubra agora