Olhei para Avalanna e pude percebê-lá um tanto quanto decepcionada, conseguiu disfarçar sua decepção com um sorriso agradeçendo a minha mãe e saindo rapidamente com a desculpa de que teria de ajudar seu pai nas compras.
Passei por minha mãe olhando com certo desprezo, enfurecida por ela ter citado Avalanna como minha nova namorada, mal a conhecia e ela a mim muito menos. Que eu não sou de me importar com roupas e maquiagens isso todos sabem, mas ninguém nunca soube dos meus problemas amorosos e muito menos de tudo que já havia experimentado. Eu apenas parecia uma garota comum, mas sempre gostei de me aventurar. Na quinta série era como Avalanna, completamente desejada por qualquer menino, porém havia uma garota pela qual eu não sabia o que sentia, tudo começou com uma amizade claro, mas ela me ensinou coisas das quais eu nunca teria aprendido com qualquer um daqueles garotos banais da escola. Foi com Jenny que tive meu primeiro beijo lesbico, também minha primeira relação sexual, e foi ao lado de Jenny que tive minha primeira overdose causada por heroína. Não a culpava por ter me levado ao vício, até porque eu que pedi para que ela me deixasse experimentar. Meu pai segurou as pontas até onde conseguiu, eu era um problema e isso era visível a qualquer um que se aproximasse. Larguei Jenny depois de dois anos, disse que não queria mais aquela vida, não queria mais vícios, auto mutilações e nada mais que a envolvesse. Senti falta por um bom tempo, mas ter me mudado para cá com a minha mãe foi a melhor coisa para me desligar de tudo isso e me tornar outra pessoa.
Estava tudo indo muito bem até que Avalanna me desperta algo que não sentia a tempos, e que me fazia temer o que poderia acontecer se tudo aquilo se tornasse em um pesadelo novamente.
Pouco depois de me lastimar pelo acontecido, tomei coragem e liguei para Avalanna que me atendeu com uma voz que era perceptível seu sorriso. - Achei que estaria mal com o que deixei de contar. Falei em tom baixo. Avalanna disse que não se importava com isso, e que se realmente quisessemos levar aquilo a sério, uma de nós pelo menos já teria uma esperiência. Contei sobre Jenny para Avalanna, que com tom de brincadeira prometeu nunca me colocar em encrencas como Jenny fizera.
Comecei a me sentir confortável com a ideia de não ter mais de esconder nada de Avalanna, até porque ela não era uma simples garota e eu queria levar aquilo a diante.
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Sweet Avalanna
Teen FictionSweet Avalanna seria uma perfeita história de amor lésbico. Porém, alguns problemas de saúde e um garoto nerd irão atrapalhar todas as chances de fazer essa história ser apenas uma história de amor.