Além da canção - Max Stendell

De volta a Los Angeles

         Acordamos cedo depois do alvoroço da noite passada, um alvoroço bem gostoso por sinal!

        Meu trem para Los Angeles iria sair as 9:00 AM. Em poucas horas eu devia estar na estação. Como já havia dito será coisa de uma dia, vou pegar meus pertences, é hoje mesmo volto para Malibu(...)
 
         Em casa estou novamente. Nada está diferente, porém todos nós sentimos uma sensação estranha após voltar de uma viagem, não encontramos nem o próprio banheiro da nossa própria casa quando chegamos. Não havia barulho ou um sequer sussurro no local. Começo a gritar pela casa esperando a resposta de alguém. Até que minha perfeita é belíssima avó aparece cabisbaixa, sem seus olhos brilhantes de tanta energia ou sorriso largo pelo amor a vida.

          Eu a vejo e a abraço com todo amor que podia dar naquele momento, eu estava com tanta saudades. Porém meus pais pareciam não estar em casa, eu os caçava com os olhos porém não achava, até que ela disse:

        - procurando pelo seus pais Max?
     
        - sim onde eles estão?
       
         - foram ao encontro de alguem que necessita mais nesse momentos!
        
         - a senhora se refere a mim como se eu não fosse mais importante.
       
          - você sempre será, porém  quando estiver com suas raízes e com seus amores em uma balança reta é não torta.
         
           - vó me desculpa, mas eu não tenho tempo para isso, não hoje. Eu estou com tantas saudades e nem meus pais estão em casa para me ver, é logo hoje você me vem com um sermão em enigmas.
          
           - só não se arrependa tarde demais meu sobrinho! _ ela sai pela porta da frente logo após me dar um beijo na testa.

         Eu passei minha tarde sozinho em toda aquela casa, que era mais estranha do que o menino que eu conheci em um mês. Como sempre fiquei martelando as palavras da minha avó em minha mente, tentando descobrir quem era a pessoa que meus pais foram ver e se dizia mais importante que eu.
  Arrumei minhas coisas logo no fim da tarde. Decidi que iria me desculpar com Lucas. Eu sentia falta dele e ficar longe dele me trazia uma certa tortura, foram anos de amizades e eu não iria jogar tudo fora  em um piscar de olhos.
Cheguei em sua casa porém não tive resposta, tudo estava escuro me levando a crer que ninguém estava em casa, sendo assim não seria dessa vez que faríamos as pazes.

         Era hora de voltar, meus pais ainda não haviam chegando então deixei apenas um bilhete avisando que estive ali e que estava com saudades...
  
          Já chegando em Malibu eu podia sentir meus dentes se abrindo de tanta felicidade em saber que ficaria com Austin por tanto tempo apartir de agora. Apesar de não termos assumido um status de relacionamento eu podia crer que era algo serio que nós teríamos.

         Passei no estúdio para me despedir de Jordan, ele era especial para mim e sem ele eu não teria aguentando tanto tempo  com o Diretor. Conversamos e fui ao apartamento de Austin.
      Austin havia criado uma copia da chave para mim, assim eu já podia me sentir mais em casa  é seguro.
    Quando cheguei a casa dele, ela também parecia estar vazia. Larguei meus pertences no sofá e fui procurar ele em outros cômodos do AP. Em Silêncio eu o procurava até chegar em seu quarto que havia murmúrios e pelo visto seria a voz de Couti's, decidi não interrompe alias eles eram parentes e meriam um tempo a sós.

         Deixei a curiosidade falar mais alto e me acheguei a porta com muito cuidado para não me ouvirem.
Cada palavra que saía me surpreendia mais. Na conversa eles citaram Emmy a Professora de música dizendo que ela estava preocupada comigo e que a qualquer momento isso daria problemas para ele. Na mesma frase citou em fazer ameaças a Jordan que era outro que sabia muito sobre minha história.
    Não entendia tudo oque eles conversavam, mas pouco tempo depois, disseram que iriam  roubar e regravar minhas músicas e depois arrumariam algum jeito de me descarta como se eu fosse um brinquedo.

      Eu sentei na porta do quarto e chorava baixo como todos nós fazemos em banhos ou nós quartos de madrugada. Eu estava com medo e sozinho. Não havia ninguém, quem iria acreditar em mim ? Começei a digitar o número da Polícia do local mais proximo da cidade, Até que Austin cita Lucas na conversa dizendo:

"      - E o amiguinho dele? Os pais não param de ligar e dizer para Max ir ve-lo.
       
        -  Aquele tal de Lucas? Bom a uma hora dessas ele deve estar chegando ao fim da vida, pena que é muito joven jovem. Max com ele era um trouxa, separados agora ele será patético. _ Os dois fazem uma risada sem empatia e estranha.

          Enquanto eu me levanto desesperado, abro a porta com furia exalando por toda a parte, e digo...
                 

                     Continuação: