Amanhecer Sangrento Vol.1

Oliver

Oliver recobrou mais uma vez sua consciência nesta manhã. Fora torturado por 6 dias seguidos. 3 vezes ao dia, tendo seus dois braços e pernas presas por uma corda altamente forte e com algum líquido estranho, que queimava seu corpo, impedindo-o de se movimentar. E lá estava ele de novo, Marcus com duas estacas nas mãos, olhando para mim e dizendo: - Até que fim, pensei que não acordaria mais! Agora vou lhe dar a última chance! Fale quem te enviou para me matar! Fale! - os olhos de Marcus brilhavam de raiva, ódio, dor, algo indescritível, e Oliver percebera isso. - Não fui lá para te matar. - começa Oliver. - Fui para matar a moça, Sasha. - Sasha? Mentira, não há motivos para isso ser verdade. Fale a verdade ou lhe mato! Juro que lhe mato! - Marcus exclamou erguendo a estaca em sua mão direita. - É um homem de palavra, senhor...? - Oliver quis saber seu nome. - Marcos. - diz o jovem, enfurecido. - Sou sim, por que? - Falo tudo oque você quiser, desde que me solte. - E matar a Sasha, nada feito. - Não, não. Não farei nada com ela, apenas quero começar uma vida nova. Eu nem mesmo sabia da existência de bruxos... - E nem deveria, nós usamos feitiços de memórias, mas eu ainda não sei fazê-los, essa é a sua sorte, vampiro. - fala Marcus, agora um pouco calmo. Mas ta certo, se você me contar tudo eu lhe solto, e se você voltar a nos perturbar, eu lhe mato, sem mais nem menos! - Ok. - confirmou Oliver, começando a falar. - Eu estava preso até poucos dias atrás, na Inglaterra. Quando fui solto, recebi uma proposta de trabalho muito boa de um vampiro que eu nunca tinha visto antes. Ele me ofereceu muito, muito dinheiro mesmo pela morte da Sasha, dinheiro o bastante para eu começar uma vida nova, que é tudo oque eu preciso agora. - E quem enviou o vampiro que lhe contratou? - perguntou Marcus. - Eu não sei. - Conte mais sobre você, já que estamos aqui sozinho... - Marcus sentou-se num banco, relaxando, ouvindo Oliver. Meu nome é Oliver, nasci na Alemanha em 1973. Filho de dois fazendeiros da época. Ao completar 18 anos de idade, fui para o exército, lutei em guerras e no dia em que completei 21 anos, fui enviado para uma batalha sem volta. Todos os meus companheiros tinham sido mortos por um grupo de 5 pessoas, era estranho. 29 soldados contra 5 e mesmo assim nós perdemos. Eram feras, velozes e fortes, assassinos. Após o ataque, eu por sorte ou por azar, ainda não sei, eu fui o último a ficar vivo. Desmaiei e quando acordei, eu sentia uma sede insaciável, estava em um cemitério, minha garganta queimava e havia um homem em minha frente. Disse sobre eu ter sido transformado em vampiro, deu algumas dicas de como eu poderia sobreviver e sumiu! Simplesmente sumiu. Saindo do cemitério eu matei 2 pessoas inocentes. Me senti perverso, não conseguia me controlar e com o passar dos dias, meses fui pegando o controle. Um ano depois, conheci uma bela moça, me apaixonei. Rosangela. Nós começamos a namorar, e não era certo eu namorar ela e ela não saber do perigo que corria, então eu contei sobre a existência dos vampiros para ela. - disse Oliver, abaixando a cabeça, deixando escorrer uma lágrima, mas não era água que saia de seus olhos, e sim sangue. Forçou a voz, continuando a falar: Entrou alguns homens dizendo-se ser soldados da LEI. A LEI é uma organização criada a alguns séculos atrás para manter a existência dos vampiros longe dos humanos. Eles me pegaram e pegaram minha linda Rosangela. Me julgaram, condenando-me a 20 anos de prisão, devido eu ter contado a Rosangela sobre os vampiros e sentenciaram ela a morte. - Oliver terminou, fungando. - Consegue ver aquele pequeno colar ali no chão? - perguntou Marcus, apontando para o objeto. - Sim, estou vendo. - disse Oliver, fitando um colar com pingente triangular, uma grande pedra de esmeralda verde no meio. - Isso é um colar mágico, pertencia a minha avó. Ele fica vermelho quando alguém conta mentira diante dele. E ele permaneceu verde o tempo todo. Você diz a verdade. - falou Marcus, olhando agora diretamente para Oliver e continuando. - Cara, você está à procura de uma vida nova. Pode ficar aqui, em casa até arranjar um emprego e seguir a sua vida. Seria legal ter uma compania, pra variar. - Marcus terminou de falar levantou suas mãos e recitou um feitiço ''Funnem Estila!'' e as cordas que prendiam Oliver se soltaram. - Mas e a questão da alimentação? - pergunta Marcus. - Eu me alimento tanto de animais, quanto bolsas de sangue, não mais de humanos. - disse Oliver, olhando para os pulsos curando-se lentamente, e com isso percebeu que estava com fome, precisava se alimentar para restabelecer sua força.