Depois de tantas decepções amorosas e encontros nada legais, Carlota começa repensar sobre a sua vida profissional e amorosa para tentar achar o erros e concerta-los.
Mal sabia que para começar ela deveria conhecer a si mesmo.
Que sorte a Minha ter...
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Aplicativos de namoro.
São uma grande enrascada e mais uma vez estava me questionando por que ainda marcava encontros com homens desconhecidos. O homem da vez era pra ser um cara sexy e inteligente como descrevia no aplicativo, mas pelo que parece os shakes de academia e suplementos acabaram com o cérebro de Rodrigo, se algum dia ele teve um.
O cara simplesmente foi um verdadeiro babaca ao me questionar sobre meu peso ideal e que pela minha altura era pra ser cinquenta e cinco quilos, para descontrair até brinquei que aquele peso era apenas o da minha bunda e o idiota não deu uma risadinha se quer, essa piadinha funcionava sempre.
- Então... Gosta de malhar? - tentei puxar assunto mas Rodrigo estava interessado na mulher de vestido branco da mesa ao lado.
- Gosto de cuidar da minha saúde... Você deveria tentar Carlota! - o rato de academia mais uma vez me deu uma indireta direta sobre o meu peso não estar agradando a população brasileira.
Eu era gostosa!
Talvez nem tanto, mais na maioria das vezes me achava gostosa...Bem era raro mas quando minha auto estima estava no auge, me dava esse privilegio.
Não tinha nada de errado comigo, cento e dois quilos distribuídos em um e cinquenta e nove de altura. Essa era descrição de Carlota Alencar, uma jovem de vinte e três anos, com uma lista enorme de romances que não deram certo, que vivia em um apartamento pequeno no centro da cidade na companhia do seu gato Netuno e que trabalhava como assistente administrativa em uma multinacional do ramo de bioenergia.
Olhe ai!
Nada de errado, a não ser por ser abandonada no meio do encontro o qual achava que ia acabar no motel e mais uma vez tinha me depilado pra nada, nenhum sexo oral ou dedada levaria naquela noite. Nada que planejo da certo. Na vida amorosa? Profissional? Nadinha saia como o planejado.
Rodrigo já estava em outra e nem tinha se despedido, só me disse que ia buscar mais uma cerveja pra nós, a cerveja que e agora esta sendo consumida pela mulher do vestido branco.
Babaca!
Vou até o balcão e peço um baldinho de cerveja, mando colocar na comanda da mesa a qual esta no nome de Rodrigo. Uma pequena vingança, enquanto o babaca esta de conversinha, bebo e como que nem uma condenada no corredor da morte, como se aquela fosse a minha última refeição. Poderia ser! Não sei o dia de amanhã.
