𝒱𝒾𝑜𝓁𝑒𝓉 𝐸𝓋𝑒𝓇𝑔𝒶𝓇𝒹𝑒𝓃

Capítulo 1 - Parte 1

Escrevo esta carta num país nórdico. Terras cobertas de neve são lugares tão silenciosos quanto a calada da noite. Como são tão frias, eu costumava ficar em casa, tornando-me assim num adulto que adora filmes e histórias de ficção. Que as imagens que imaginei na minha cabeça naveguem no vosso mar de palavras.

—Akatsuki Kana

"Boneca Automática de Automemórias". Muito tempo se passou desde a última vez que tal nome causou um escândalo.

O criador, o Professor Orland, era uma autoridade quando o assunto era bonecas mecânicas. A sua mulher Molly era uma romancista e o facto de ela posteriormente ter perdido a sua visão, foi o início de tudo. Tendo-se tornado numa mulher cega, Molly caiu numa profunda depressão por ser incapaz de escrever romances, coisa que ela teria tornado no propósito da sua vida, ficando assim cada vez mais fraca a cada dia que passava.

Não suportando testemunhar isto, o que o professor fez foi construir uma boneca automática de automemórias. Era uma máquina que transcrevia as palavras ditas por vozes humanas - noutras palavras, que fazia "escrita-fantasma".

Apesar de ele ter apenas primeiro pretendido fazer uma para a sua amada mulher, mais tarde tornou-se popular com o apoio de um grande número de pessoas. Na altura, bonecas automáticas de automemórias podiam ser alugadas por preços baixos e as empresas que as forneciam foram reconhecidas também.

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O Dramaturgo e a Boneca Automática de Automemórias

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Roswell era uma linda capital bucólica rodeada de verde. A cidade estava situada na base de montanhas altas, que representavam o território inteiro.
No entanto, entre pessoas de riqueza flexível, o nome Roswell era conhecido pelos seus refúgios de verão - por outras palavras, vilas.

Na primavera, as paisagens cobriam-se de flores e entretiam os olhos das pessoas; no verão, muitos procuravam descanso numa enorme cascata acompanhada de uma grande história como um lugar famoso; no outono, a chuva de folhas caducas atingia o coração das pessoas; e o inverno garantia uma quietude que tornava todo o lugar extremamente silencioso. Como o tempo de mudança de estações era muito facilmente distinguível, a terra tinha mais do que suficiente para divertir os olhos daqueles que a visitavam em qualquer estação para ver as vistas.

As vilas foram construídas ligadas à cidade no fundo da montanha. Eram cabanas de madeira pintadas com uma variedade de cores. Desde a mais pequena à maior, o custo de propriedade na área era uma grande soma então ter uma vila lá feita já era uma prova de riqueza.

A cidade estava cheia de lojas para os turistas. Aos fins de semana, a estrada principal com filas de lojas enchia-se de pessoas e eram ouvidas melodias agradáveis de fundo. Com tal variedade de produtos, ninguém poderia fazer piadas acerca do lugar apenas por ser no lado campestre.

A maioria das pessoas construía vilas em cidades por pura conveniência e quem quer que construísse a sua casa em qualquer outro lugar era tratado como estranho.

A decorrente estação era um outono de nuvens cirro-cúmulas que flutuavam alto no céu. Longe da Cidade Pé-de-Montanha, localizada perto de um pequeno lago, que não era considerado uma das atrações turísticas da cidade, estava uma imperceptível e solitária cabana.