A Intercambista

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Allie

Atualmente.

Mantinha meu sono profundo, estava realmente cansada já que na noite passada fiquei até mais tarde assistindo filmes policiais, até que de repente sinto um peso sobre meu corpo e minha cama mexer repetidamente. Ao abrir os olhos vejo minha irmã caçula de 5 anos pulando em cima de mim, gritando "acorda" sem parar.

— Sai de cima de mim sua peste. – Digo irritada, mas nada adianta. Esse menina nunca me respeita, como pode?

Ouço batidas na porta, ao olhar a minha direita vejo meu pai entrar em meu quarto.

— Não grite com a menina, sabe que ela é seu despertador particular. –Meu pai diz.

— Então pra que serve o meu celular pai? Eu não preciso dessa monstrinha. – Seguro minha irmã fazendo ela parar com seus pulos.

— Ah, não precisa? Então por que tocou três vezes e você não acordou? Eu ouvi lá do meu escritório. – Meu pai na maioria das vezes trabalhava em casa, ele desenvolvia alguns projetos para uma empresa da cidade, ele mesmo optou por ir somente uma vez a empresa e o restante da semana trabalhar em casa no seu escritório. Ele realmente prezava pelo silêncio.

— Então você mandou ela?. – Aponto pra figura em meus braços que morria em gargalhadas, ela via graça em tudo aquilo.

— Adivinha?. –Ele sorri da minha cara de indignação. — Agora levanta, se não quer que eu pule junto com sua irmã pra te acordar. — Vejo meu pai sair fechando a porta do meu quarto.

— Eu posso pular de novo?. – Minha irmãzinha pergunta.

— Não, agora sai!. – Aponto pra porta e a mesma corre ainda dando sua risada escandolasa.

Após ser acordada, alegando que era algo que eu não queria, decido me arrumar para o colégio. Assim feito toda minha higiene pessoal coloco meu uniforme e meus All star's vermelhos que praticamente já fazia parte de mim de tanto que eu uso, mas enfim, quem nunca né?.

Sinto cheiro forte do café chamando minha atenção, então resolvo ir até a cozinha.

— Fiz torradas, aproveite. – Meu pai diz enquanto toma seu café.

Faminta, não penso duas vezes e vou em direção às torradas.

Dou somente dois goles no meu café e ouço meus amigos gritarem por mim.

— Filha, acho que são seus amigos que estão aqui na frente de casa. – Meu pai me avisa.

Os dois não me deixam tomar um café, muito pontuais, credo.

— Ok pai, a Mãe já foi para o trabalho né?. – Pergunto antes de ir com algumas torradas em mãos ainda.

— Sim, hoje ela está de plantão. – Minha mãe é médica cirurgiã de um hospital que fica no centro de nossa cidade, vejo ela com pouca frequência na semana já que ela sempre está de plantão, porém, em compensação ficamos juntas o final de semana todo.

— Tudo bem, beijo pai te amo e beijo pra você também monstrinha. – Digo para minha caçula.

[...]

Finalmente eu e meus amigos chegamos ao nosso colégio, assim que ficamos perto do pátio principal percebemos uma movimentação estranha, todos falavam mais alto do que o costume e o pior pareciam que todos falavam do mesmo assunto, como se tivesse surgido uma nova fofoca por aquele lugar.

— O que será que rolou dessa vez?. – Yejin pergunta.

— Também queria saber amiga. – Curiosa demais pra saber o que era, pergunto para a primeira pessoa que passava em minha frente.

Cupido ColegialOnde histórias criam vida. Descubra agora