Por mais que não queira, as coisas se repetem,
As cenas se relembram,
Os medos amadurecem.Medo de talvez ser uma ilha deserta,
Não possuir companhia,
Não ser descoberta.Medo de ver pessoas que você considera, distantes o suficiente,
Que por mais que você demonstre através de sinais,
Poucos são aqueles que os compreende.Medo de hoje estar aqui, e amanhã talvez não mais,
Por livre e espontânea vontade,
Ou por um poder maior.Medo esse de não aguentar seus próprios tijolos,
Medo de não ser diferente,
E sim apenas mais um tolo.Tolo esse que deseja atenção,
Mas que seja sincera,
Que venha do coração.Tolo esse que ainda acredita no amor,
E que por mais doído que seja,
Nada é capaz de apagar o calor de sua esperança.Tolo esse que às vezes age como uma criança,
E que demonstra que ainda existem pessoas boas,
Enquanto para muitas outras só existem lembranças.Tolo esse que às vezes pensa em deixar de viver,
Pois ficar em eternas expectativas,
Só o machuca e o faz perder
A pouca esperança que ainda lhe resta,
E todo amor que dentro do coração vai diluindo
A paixão nesta vida já passa a desacreditar.Talvez só seja um garoto bobo,
Que do mundo conhece pouco,
Ou só deseje a quem amar.Ou então apenas um homem que acredita,
Nas histórias que um dia lhe foram ditas,
E que com alguém ideal um dia ele vá se apaixonar.
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Tripulação Cohen
PoesíaE que a embarcação para essa viagem seja repleta de sentimentos expressos através das palavras.