À Caminho da Morte

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"O medo pode sim ser quebrado em mil pedaços, e isso vai demonstrar o quanto alguém deixou de ser quem éra. Mas isso não é algo bom.

Devo calcular possiveis e futuras chances de revidar o pior, porque o mal calcula os passos de sua presa, esperando que ela pare ou volte...

Embora os estintos humanos revelem sentimentos, como o medo que se esconde dentro de cada um de nós, sempre terá momentos marcantes na vida e sendo ruim ou bom, vou ser sempre o protagonista principal da minha história, com força, sabedoria e coragem" - Trecho do Diário de Martos.

Sexta - feira, 00h42min

À caminho do endereço desconhecido, era a primeira vez que Martos ia ao bairro - "Falaram que é um bairro perigoso e um colete não vai me proteger, creio eu que estavam querendo colocar medo em mim, com essas estórias. O meu trabalho pode ser perigoso, mas o que aprendi em meus anos de estudos é que toda profissão tem um perigo. Sempre foi fácil pra mim - Vou chegar lá, bater na porta, entregar a pizza e receber a grana... Depois vou desejar boa noite e ir embora, como sempre faço".

"Devo estar na direção errada, a placa confirma que é o lugar certo, mas porque a primeira coisa que me vem à cabeça é Horror em Amityville? Aquela história sempre me deu medo"

Avistando a residência, Martos ficou pensativo.

A casa tinha um grande cercado com árvores de galhos secos e pontudos, era uma enorme e sombria mansão que parecia ser antiga, tinha madeiras desgastadas, mas a parte mais assustadora dela eram suas janelas que tinha manchas formando rostos de pânico. Para Martos, o melhor a se fazer era pegar a sua moto e voltar, ele poderia inventar uma bela desculpa, mas sua determinação, o fez seguir em frente.

- Eu devia saber que isso não vai ser nada fácil. bom... Já estou aqui, não vou desistir agora.

- Tok, tok...Olá?... Alguém em casa!? - disse Martos.

"Ahhh socorro!!" - "Ouvi bradar uma voz vinda da casa, bradando em desespero"

Preocupado Martos pensou no fato de ser uma armadilha. Martos consegue ver pelas janelas uma garota sendo arrastada a força por alguma coisa que a puxa bruscamente, ela estava em desespero. Desde a morte de sua mãe, Martos tinha um trauma de infância, ele estava preocupado e tenso, com medo, mas o jovem não podia deixar que aquela pessoa morresse.

"Droga! Oque está acontecendo lá dentro!? Vou ter que ajudar!"

Ele percebe que a porta esta destrancada. A única alternativa que restava éra chamar a policia, mas os gritos fazem ele ficar indeciso.

Logo Martos abre a porta entrando na propriedade alheia.

- Seja lá oque tiver acontecendo aí, eu vou chamar a polícia! - Martos grita bem alto, mas ao andar em direção aos gritos, nota se uma silhueta e ele é atingido na cabeça desmaiando.

- Ugh... - Algumas horas após o sequestro, Martos acorda com uma forte dor de cabeça - Merda...

"Onde eu estou? Não estou lembrando de nada. Tenho que sair daqui"

Ao andar pelo lugar ele vê correntes manchadas de sangue e uma substância estranha.

"Que porra de lugar é esse?"

Encontrando uma porta com marcas estranhas, ele percebe que são manchas de sangue, faz ele pensa...

"Como eu vim parar aqui!? Pra que alguém iria sequestrar um jovem como eu e abandonar aqui?"

Para Martos o mais estranho era acordar em um lugar misterioso e assustador, sem saber de nada. Paredes e teto de madeira podre, pela estrutura parecia ser um porão.

Contratados Para a MorteOnde histórias criam vida. Descubra agora