1 O Arabizá

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NARRADOR POV:

12h45min.
- Mãe cheguei!

Gritou Louis e bateu a porta da sala entrando apressado pelo recinto. O jovem ômega jogou a mochila do colégio em cima do sofá e subiu as escadas correndo em direção ao seu quarto. Já no quarto Louis abriu o guarda-roupa rapidamente. Estava eufórico! Esperou por aquele momento o semestre todo. Pegou uma grande mala de viagens e colocou-a aberta em cima da cama. E foram cuecas, meias, cintos, perfumes, escova de dente, toalhas, e quase todo o armário de Louis pra dentro de sua mala de viagens:

- Preciso enfiar tudo isto aqui nesta mala! Tem de caber aqui. O mais
importante eu levo na mochila.

Dito isto, Louis continuou enfiando roupas na mala. Finalmente depois de muito esforço e pressa ele conseguiu arrumar tudo o que queria e precisava para viagem. Em seguida o ômega brigou um tempo com o zíper porque não podia fechá-lo. Alguns instantes depois Louis ganhou a briga com o zíper e olhou para mala estufada e finalmente fechada em cima da cama.

- Pronto.

Ele deu um suspiro de alívio, mas lembrou de relance que faltavam
muitos preparativos ainda. Saiu do quarto, correu para o banheiro no
final do corredor, tirou a roupa e quase abriu o chuveiro.

- Não posso tomar banho aqui, minhas coisas estão no outro banheiro.

Vestiu novamente a roupa, passou pelo corredor, entrou no quarto
de seus pais, abriu o guarda-roupa de sua mãe ômega e adentrou a porta falsa de acesso a suíte do casal. Tomou banho, vestiu a única peça de roupa limpa sua, que não foi pra dentro da mala e desceu voando as escadas.

- Mãe, mãe, cadê a minha câmera fotografica? Não vi nada lá em
cima!

- Tenha calma Louis vai almoçar primeiro! Acho que está no escritorio de seu pai.

- Mãe eu vou levar todas as câmeras!

- Pra quê Louis? Leva só uma.

- Preciso levar as quatros! Vou ficar muitos dias no Arabizá, pode
chover, dar barro, poeira, vaca comer.

- Deixa de ser maluco meu filho. O Arabizá fica só oito quilômetros da cidade. Se precisar de alguma coisa seu pai coloca no carro e leva pra você domingo no dia do jogo do seu primo. Já inventou celular, sabia?

- Mas assim vou ir pra vários lugares tirar fotos até o fim de semana!
Se caso acontecer algum acidente?

- Olha, eu é que não posso esperar mais meu filho. Já fez seu prato?

- Sim, mamãe!

- Então vai almoçar lá na sala de jantar porque eu estou sem empregada hoje e preciso arrumar esta bagunça que a Lottie e a Félicité fizeram.

- Posso comer na sala de TV mamãe?

- Não! Não na sala de visitas, nem à sala de som, tão pouco na sala de estar, nem na varanda em frente à piscina, no escritório, na cozinha, na
despensa, na área de serviço, na garagem, em nenhum destes lugares
Senhor Louis. Que mal a sala de jantar lhe fez?

- Pode deixar mamãe! Mas a senhora vai ver só. Hoje eu sou um simples fotográfo de Alegrete, mas um dia vou ser um fotográfo de respeito e renomado. Quero ver a Senhora me impedir de comer na sala.

- Você pode ser oque quiser, mas vai continuar almoçando na sala de jantar campeão!

Depois de engolir a comida, quase que sem mastigar Louis correu para a sala de visitas. Lá pegou a mochila com o material escolar e levou para seu quarto. Chegando ao quarto ele esvaziou a mochila com o material da escola, em seguida correu para a área de serviço da casa com ela. Desobedecendo as ordens da mãe Louis colocou os todas as câmeras e o equipamento de filmagem na mochila. Tudo pronto o garoto correu para o carro de sua mãe na garagem. Acomodou a mala no porta-malas e a mochila ficou em seu colo.
Seguiram-se minutos de aflição para Louis. Aguardava ansioso dentro
do carro o pai alfa chegar do serviço na câmara de vereadores e a mãe terminar de embalar quitutes, guloseimas e outros mimos que seriam entregues para avó de Louis no Arabizá.

The Mystery of Blue Light | ABOOnde histórias criam vida. Descubra agora