•Amor Clandestino• (Jungkook)

^^ Capítulo 26 ^^

*JungKook*

          Estava ansioso para ir á casa dos meus pais. Minha mae havia me dito que meu pai estava doente, então precisava ve-lô para saber melhor do que se tratava. Soo Min também estava ansiosa para treinar comigo.

         Durante todo o caminho só conseguia pensar em Alice; nosso beijo... Não esperava que ela me rejeitasse. Há anos sei do interesse dela por mim, mas considerei algo do passado. Apesar de ainda desconhecer os verdadeiros motivos, preferi acreditar que sua rejeição foi devia ao caos do presente, e não cogitar a possibilidade de ela ter perdido seu interesse em mim. Também me colocava em seu lugar, imaginando a falta que sentia dos pais, os quais eu ainda não tinha certeza absoluta que estavam realmente mortos. Então após pensar decidi vasculhar novamente a casa onde ela morava com os pai antes do incêndio, assim que meu treino com Soo Min acabasse.

         Logo ao chegar pude ver Soo Min bem no meio da vaga onde iria estacionar meu carro, mesmo ela estando terrivelmente brava por conta do meu atraso, seus traços ainda eram incrívelmente doces. Mesmo com seu olhar furioso me fuzilando pelo vidro do carro. Dei duas buzinadas e abri um grande sorriso a qual ela nunca resistia. Mas ela somete deixou a vaga sem sorrir.

- Esta atrasado Jeon. - Disse ela séria, assim que sai do carro.

- Jeon? Não me chama mais de Kook?

- Quando você chegar no horário combinado eu te chamo do que quiser.

- Meu Deus, quantos anos você tem garota? - Perguntei, fingindo uma falsa incredulidade.

- O suficiente para saber que você esta atrasado.

- Nossa, eu criei um monstro.

- Sshh. Vem, a mamae quer te ver.

       Adentrei a casa e segui para o quarto onde imaginei que meu pai estaria, mas apenas minha mae estava lá. A abracei e sua feição era preocupada e tensa.

- Onde ele esta? - Perguntei á ela.

- Treinando, querido.

- Achei que estava doente.

- E esta.

        Fui até uma pequena área de treinamento nos fundos da casa e ali fiquei por alguns minutos vendo meu pai esmurrando o velho saco de pancadas. Sua postura não era correta, seus movimentos eram lentos e seu rosto cintilava pelas lágrimas que escorriam.

         Anos atrás, quando Soo Min ainda era um bebê, ele havia ficado muito doente. Precisava ir rotineiramente ao hospital e seus cabelos caíram. Na época e não fazia ideia do que estava acontecendo, mas após um tempo compreendi que meu pai estava acometido de um câncer. Minha mae se dedicava integralmente á ele, e Soo Min ficava sob meus cuidados, talvez isso explique nossa forte ligação. Um tratamento o fez melhorar. Em apenas alguns meses tudo havia voltado ao normal, mas isso não era 100% eficaz, a doença podia ou não voltar. Mas como o tempo passou e ele permaneceu bem, achávamos que nunca mais teríamos que nos preocupar com isso.

         Meu pai jamais deixou transparecer qualquer sinal de fraqueza, independente da situação. E sabia que era exatamente o que ele estava fazendo agora. Se passando por forte.

       Me aproximei dele, tirei meu casaco e segurei o saco de pancadas para que ele pudesse bater.