∆ Capítulo 24 ∆

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     Minha cabeça doía incessantemente, em nenhuma outra luta eu havia apanhado tanto. Vencê-lo foi realmente difícil mas com paciência o acertei quando o mesmo baixou a guarda. O clima na arena e em toda a boate estava pesado, como se uma nuvem espessa de mistério envolvesse todo o ambiente de forma palpável. Não houveram aplausos na minha entrada na arena, nem ao mesmo quando matei aquele homem. Ouvia-se apenas a voz do locutor anunciando outra vitória minha... Outra vida a qual eu havia tirado.

    Eu já havia apanhado minhas coisas do vestiário e feito alguns curativos quando cinco homens do Yonjun adentraram o cômodo.

- Algum problema? - Perguntei.

- Nenhum senhor Jeon, estamos apenas cumprindo ordens diretas, não é nada pessoal.

     Aquele ton de voz significava que eu ia apanhar um pouco mais. A cada oponente que Yonjun trazia era mais uma derrota dele, não havia ninguém capaz de me derrotar, eu era invencível. Treinado cruelmente para qualquer batalha, qualquer oponente, qualquer perigo ou risco. Sem falhas ou deslizes. Nem mesmo aqueles cinco homens seriam pario contra as minhas abilidades.

- Entendo... Espero que também não levem para o pessoal a surra que vão levar. - Disse pondo minha mochila sobre uma cadeira no canto da sala.

    Eles vieram todos juntos ao embate, o que tornou tudo ainda mais interessante. Incapacita-los não foi difícil, não havia harmonia em seus movimentos conjuntos, estavam tão certos que por estarem em maior número eu seria um alvo fácil que baixaram guarda patéticamente.

    Joguei o homem mais próximo à mim contra a parede sem fazer o mínimo esforço. Os outros três caíram com alguns socos igualmente ao quinto homem. Mas Yonjun ainda não satisfeito havia enviado um sexto homem. Não era um de seus capangas como os outros, sua postura indicava experiência na arte da luta e seu jeito observador e calmo me deixou tenso.

- Peixes pequenos Sr. Jeon? - Perguntou ele observando os homens desacordados aos meus pés.

- Diga-me de uma vez, Yonjun não está satisfeito com o meu trabalho? Ou está querendo ficar sem seu maior lutador? Eu não gosto de rodeios seja você quem for.

- Eu sou Radik Isayev e...

- Não me importa, seja breve.

- Eu vim matar você Jeon. - Disse e começamo a lutar ferozmente.

    Ele era ágil, seus movimentos eram precisos e fortes. Eu já estava esgotado fisicamente, o que o pôs em certa vantagem. Fui acertado várias vezes até conseguir identificar seu estilo de luta, ao qual se assemelhava com os treinamentos que meu pai me passava quando criança, então assim que o mesmo vacilou o aceitei com o joelho e ele ficou atordoado, me aproveitei isso para o contra-atacar até incapacita-lo.

- Eu não vou matar mais ninguém hoje! - Gritei para ele que sangrava no chão. - E diga para o Yonjun que ele não deve perder mais tempo nem dinheiro trazendo assassinos para mim, não há ninguém capaz de me vencer, entendam isso. - Disse e sai.

     Era certo que eu sempre tive um ego bem inflado, mesmo tendo apanhado muito ainda fazia questão de me enaltecer e intimidar meu oponente. Não que não fosse verdade, mas dado meu cansaço físico o tal Radick Isayev teve vantagem sobre mim. No fundo eu só queria ir para meu apartamento ver Alice.

                    *************

¥ Alice¥

    Depois de muito tédio passei a vasculhar a cozinha de Jungkook, minha curiosidade me dizia para ir novamente ao corredor onde certa vez ele havia me dito para não ir, mas não o fiz por medo de irrita-lo. Como minha mãe foi chef de cozinha desde quando a conheci, ela me ensinou tudo que pôde.
Então resolvi cozinhar com as coisas que encontrei na geladeira, que não eram muitas por sinal. Acabei fazendo um risoto com queijo e brigadeiro de colher para sobremesa. Não acreditava que fossemos realmente comer tudo aquilo, mas cozinhar foi um ótimo passatempo.

     Eu estava terminando de secar a louça quando Jungkook chegou. Fiquei pasma ao ver seu aspecto. Parecia que ele havia sido atropelado ou coisa assim.

- Oi. - Disse ele quando me viu.

- Oi, o que houve? - Perguntei.

-  Quê? Não sei do que você está falando. - Disse ele em tom de riso.

- Parece que um trem te atropelou. - Disse rindo do seu estado. 

- Eu me sinto ótimo. - Disse ele rindo mas com as mãos no abdômen. Depois de alguns segundos pude ver que a região sangrava.

- Jungkook... - Disse chegando mais perto. - Jungkook você está sangrando!

- Nada que uma sutura não resolva. - Disse ele sereno.

     Fui até a bancada da cozinha á procura do kit de primeiros socorros e quando voltei meu olhar em Jungkook o mesmo já estava sem camisa, sentado sobre uma banqueta frente a mim. Seu físico me desconcentrou mais do que o corte que corria seu abdômen.

- Eu faço isso. - Disse ele abrindo o kit.

- Não, suas mãos também estão machucadas. - Disse trazendo o kit novamente para o meu lado da mancada.

     Sentei-me frente à ele em outra banqueta menor e depois de preparar a agulha comecei a fechar o corte. Já havia suturado Jungkook uma vez, mas nunca o havia sentido tão tenso, apreensivo.

- Achei que não era permitido usar facas onde você luta.

- Não é. Isso não foi durante a luta. - Disse ele e eu o olhei confusa. - Me atacaram no vestiário, nem ao menos vi de onde veio esse golpe.

- Desculpa. - Disse me sentindo culpada pois por minha causa todos estavam tentando machucá-lo.

- A culpa não é sua. - Disse ele erguendo meu rosto e me olhando fixamente.

     Desviei meu olhar voltei á sutura. Assim que terminei passei uma gase com álcool por cima dos pontos e passei a limpar suas mãos que estavam sujas de sangue e  inchadas. Jungkook pegou uma mecha do meu cabelo com a mão livre e começou a brincar, distraído. Estava tão focada em seus ferimentos que me assustei ao perceber sua mão em meu pescoço.

- Eer... Eu fiz risoto, você quer? - Perguntei sem graça.

- Não... - Disse ele com os olhos fixos em minha boca.

- Não está com fome? Eu posso fazer outra coisa, o que você quer?

- Shh, eu quero você. - Disse e selou nossos lábios lentamente.













Ooooolá meus amoooores, tb bão?

Um papinho sério aq agr ta. Eu nunca escrevi nada tão grande como essa história, muito menos algo desse tipo a qual eu deixasse as pessoas lerem, não me levem à mal, eu apenas sou um pouco insegura, enfim enfim... Pandemia ta uma merda, a escola não ta dando trégua, crianças em casa e adultos tbm, ta td bem tenso e estressante, mas o q eu qro dizer é q eu to completamente perdida em relação a fic, não faço idéia de como continuar to com um bloqueio horrível. A verdade é eu não imaginava q pessoas além de algumas amigas minhas leriam. Enfim não sei se vou continuar escrevendo e se continuar não sei bem se vai ficar bom e coerente.
Enfim é isso...
Lavem as mãos, usem máscara e até a próxima...






Ou não.

•Amor Clandestino• (Jungkook)Onde histórias criam vida. Descubra agora