Enlace infernal (1933)

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         Ao completar dezessete anos Adalberto de Freitas engravidara a cartomante Ágata, uma integrante do circo de apenas quinze anos.  Temendo reprimendas do pai da garota, o atirador de facas Damião Rocha, eles se casaram dois meses após a descoberta da gravidez da jovem.
          Quando Catarina nasceu descobriu-se que a menina tinha uma grave doença e que devido à brancura de sua pele jamais poderia se expor à luz do sol por mais de quinze minutos. O curandeiro argentino Tito Salles, diagnosticara que a menina tinha vampirismo e que não sobreviveria por muito tempo contanto que tomasse todo mês um copo de sangue animal, assim como faziam os vampiros.
         Catarina viveu reclusa e sempre protegida pelo pai. A mãe havia desaparecido quando Catarina estava com cinco anos. Na época imaginou-se que Ágata havia fugido com Gegê, um charmoso palhaço peruano, que havia se apresentado por alguns meses no circo Freitas.  Gegê foi embora na mesma época do desaparecimento de Ágata, e por isso presumira-se que os dois artistas fossem amantes e que haviam abandonado o circo durante a madrugada. Mas o que jamais souberam era que o simpático Gegê e a cartomante Ágata foram às primeiras vítimas de Adalberto. Sendo enterrados em profunda cova, numa espinhenta mata na região de Curvelo. Onde aconteceram as primeiras mortes. Gegê e Ágata só não foram atirados ao leão Nero porque Adalberto não podia levantar suspeitas, chamando a atenção para a sua pessoa. 
          Em ensebado mapa, escondido no fundo falso da maleta, ele marcava com uma pequena cruz, os locais onde ele havia enterrado a cabeça das vítimas. Estranhamente, o desenho maldito dera forma a uma sinistra cruz. Apelidada por ele de Cruzília da morte. Uma cruz formada por crânios enterrados no estado de Minas Gerais.

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