14. Um Guinomio e Um Traíra

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Vejo vcs nas notas finais.

#BoiolaAmoureux

Acordar em sua casa depois de uma noite de bebedeira é algo inédito para Jeon Jungkook, ele geralmente saia com os amigos e amanhecia na casa de um deles ou na de algum desconhecido aleatório que conheceu numa de suas noitadas. Ele é o tipo de policial que só te faz acreditar que é um se te mostrar o distintivo. Jimin, por outro lado, sempre foi um homem muito cuidadoso, sempre se preocupou com a própria saúde e segurança, sua responsabilidade era uma das suas principais características e ele se orgulhava muito disso.

Mas, tal como um adolescente virgem perderá a característica necessária para se encaixar neste adjetivo algum dia, para tudo há uma primeira vez.

Jimin abria os olhos com fúria, o sol no seu rosto criava uma sensação de ardor em seus lumes e instigava uma fagulha de raiva a crescer dentro de seu ser. Em alguns minutos de uma breve tentativa de aquietar-se ele conseguiu, finalmente, abrir os olhos verdadeiramente e observar o lugar em que estava. Ele sequer lembrava de como chegara lá, tal como não sabia que lugar era aquele. Sua única e dolorosa certeza era a de que não deveria estar ali, mas isso foi antes de entender a realidade ao seu redor e concentrar-se em observar cada canto da residência em que se encontrava. Até descobrir, logo em cima da mesinha ao lado do sofá no qual acordou, algo que não queria ter visto. Aquela visão o fez notar que não era uma dolorosa certeza, era uma desesperadora dedução que dizia:

Estava na casa de Jeon Jungkook.

Deitado no sofá de Jeon Jungkook.

Coberto por um lençol de Jeon Jungkook.

Encarando uma fotografia de Jeon Jungkook.

E sendo observado por Jeon Jungkook.

Seus olhos desceram para o chapéu com pena de pavão que se encontrava no chão escuro da casa e sobressaltou ao ver o homem moreno com roupas limpas e cabelos molhados sentado com as pernas cruzadas e os olhos curiosos analisando cada uma de suas expressões, sem emitir nenhuma reação. Aparentava uma vítima de hipnose.

Jimin, em reflexo, puxou o lençol mais para si a fim de cobrir qualquer coisa que o dono da casa pudesse ter visto de seu corpo, em absoluto desespero. Jeon sorriu fraco, pela primeira vez dando sinal de compreensão da situação e levantando-se devagar, enquanto Jimin se encolhia cada vez mais contra o sofá.

— Eu não vou te tocar, Jimin, eu não sou esse tipo de pessoa. — ele disse indo em direção à cozinha e, ao voltar, trazendo dois pratos cheios de panquecas — A menos que você queira, é claro. — e riu.

— Por que eu estou aqui? O que você me deu? — perguntou, totalmente apavorado.

— Eu sou um policial, Jimin, não te dopei, nem tem como eu ter feito isso. Pare de agir como se eu fosse um sequestrador. — disse, no fundo, realmente ofendido. O riso que antes acompanhava sua feição se desfez na mesma rapidez em que apareceu.

— Então como eu vim parar aqui? — perguntou, intencionalmente desafiador e assustado na mesma intensidade que a firmeza de sua pergunta.

— Simples, você estava bêbado e dormiu, eu não sei o endereço da sua casa então paguei um táxi até a minha. — respondeu, colocando manteiga em cima de um dos pratos de panqueca e preparando uma xícara de café — Se tem tanto medo de mim assim, confira por si mesmo. Eu tirei apenas o seu blazer e seus sapatos, o resto de suas roupas estão todas no seu corpo.

— Como posso ter certeza de que não as tirou e colocou depois? — perguntou, dessa vez em provocação, sabia que Jungkook não havia feito tal atrocidade.

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