10. Jungkook-ah

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A partir do momento que o azul e o vermelho se fundem em roxo é impossível separá-los, ponto. Nada no mundo é capaz de impedir algo que está destinado a ser ou a acontecer, anotado? Anotado.

Mas o ponto ao qual eu quero chegar é: o que acontece com as pessoas que atrapalham ou atrasam um acontecimento que está destinado a ser realizado? E a minha resposta para essa pergunta é: eu não sei. "E se essas pessoas forem, justamente, aquelas que estão diretamente relacionadas a esse acontecimento?" Aí a coisa piora cem por cento. Como eu sei disso? É, experiências.

Jimin saía de seu apartamento já vestindo seu jaleco, com um sorriso protuberante e toda a possível felicidade da manhã, sim, possível, ele não contava com a possibilidade de Jeon acabar pegando uma gripezinha e faltar o trabalho hoje, sabia que não aconteceria. Numa escala de 0 a 10, a possibilidade era -1, se levarmos em consideração a sua "falta de sorte" - para eufemizar um pouco. Mas ele estava decidido, nem o policial tarado o tiraria do sério hoje neste dia tão majestosamente ensolarado.

Seus cabelos loiros brilhavam com os raios ainda fracos do sol, que pareciam atraídos pela beleza do homem tão confiante. No caminho de seu carro puxou o máximo de ar que seu peito permitia e, junto com o ar que havia inspirado, expulsou todas as sensações ruins que afligiam seu ser, para, finalmente, abrir as portas de seu Jeep e dirigir até o Departamento.

Ao chegar lá estava tudo tranquilo, o mais calmo possível, nenhum carro no estacionamento além do seu e a calmaria reinando no Departamento. Foi entrando que ele começou a desconfiar que o lugar estava quieto demais e a imagem sorridente de Lalisa não estava lá para receber o legista.

— Ela é a única que têm a chave além de Seokjin, será que ele chegou mais cedo? — foi direto para a sala de seu chefe só para contrariar sua teoria de que ele havia chegado mais cedo, a sala estava vazia — Será que alguém invadiu o Departamento?

Instantaneamente, um barulho vindo do outro corredor se fez presente e a sua primeira reação foi procurar a arma que Jin guardava numa das gavetas fechadas a chave de sua sala, que só eles dois tinham acesso. Carregou-a e a direcionou para o chão antes de olhar pela janela e não ver ninguém, saiu da sala aos poucos e foi se escondendo em cada um dos cantos disponíveis até chegar no lugar de onde o barulho vinha, sua sala. Tremendo um pouco mas com coragem o suficiente para avançar, ele abriu a porta de sua sala e apontou a arma para a primeira coisa que se mexeu dentro dela.

— Jeon? O que faz aqui a essa hora da manhã? — disse assim que reconheceu a silhueta do homem que, apesar de estar com as mãos levantadas, sorria, quase sádico.

— Eu pergunto o mesmo, Park? O que faz aqui a essa hora da manhã, docinho? — com toda a ousadia do mundo ele se referiu a Jimin como "Docinho", ainda com aquele sorriso capaz de derreter, mas que, a Jimin, só causava ódio.

— Docinho? — seu rosto foi de confusão para indignação na mesma rapidez de uma bala — Você é bipolar ou algo do tipo? É algum palhaço que gosta de mudar de personalidade para brincar comigo? — Jeon riu.

— Acha que sou um palhaço, Park? — aproximou-se aos poucos, ainda com as mãos acima da cabeça e a voz tão rouca quanto Park já havia tido o prazer de ouvir, chegava a arrepiar — Realmente acha que eu sou algum tipo de palhaço? Acha que eu preciso ser um palhaço para brincar com você?

— Não se aproxime. — levantou a arma na direção do homem.

— Não, Jimin, você não vai atirar em mim. — abaixou as mãos e, rapidamente, tirou a arma das mãos de Jimin com um chute fraco, fazendo-a cair embaixo de sua mesa, longe do alcance do loiro — Sabe por quê? — prensou Jimin contra a janela da sala, este deixou um arfar sair de sua boca e se praguejou imensamente por isso — Porque você adora isso.

The Perfect Solution •Jikook•Onde histórias criam vida. Descubra agora