15. O Ódio do Contrário

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Bem vindes de volta, votem e comentem nas suas passagens preferidas.

Vejo vocês nas notas finais.

#BoiolaAmoureux

Duas da manhã. Duas da manhã e os olhos caramelo só se fechavam para piscar, apenas isso, a necessidade biológica do corpo humano porque a necessidade da alma era descanso e ele se recusava a descansar. Todos e cada um dos centímetros visíveis de seu quarto já foram observados e, mesmo sabendo exatamente onde estava, se sentia perdido nas emoções e nas sensações destrutivas que tinham como ele próprio a base. Ele se sentia o próprio caos.

Desde que chegou em casa na manhã do dia anterior ele se sentia caótico, mas hoje, mais do que nunca, ele se sentiu assim e desejou profundamente extinguir o caos do mundo. Desejou extinguir a capacidade destrutiva das palavras e transformá-las em nada mais do que apenas combinações de símbolos. Desejou amaldiçoar todos aqueles que fizessem o que ele fez a Jungkook e, principalmente, desejou extinguir a si mesmo. Ele sabe que em algumas horas precisaria acordar para se vestir e ir para o trabalho, ver o Jungkook entrar e obrigá-lo a ter que passar um dia inteiro de trabalho dividindo sala com um arrogante como ele.

Ele se sentia a escória da escória, sua cabeça doía e seus pés ardiam do dia anterior, o quarto estaria totalmente escuro se a luz da lua não estivesse iluminando parcialmente os cantos do quarto. Ele não conseguiu pregar os olhos desde que chegou em casa, tomou um banho, não comeu nada o dia inteiro e, mesmo assim, ainda não está com fome.

Pegou o celular e mandou uma mensagem pra Yoongi:

Yoon🐱

Yoon, eu fiz uma besteira sem tamanho|
Por favor, eu preciso da sua ajuda|

E desligou o aparelho logo depois de enviar, sem força de vontade o suficiente para encarar a tela que, mesmo no mínimo de iluminação da tela, ainda era muito brilhante para os olhos cansados do rapaz.

Voltou a encarar o teto, depois o guarda-roupas, depois a porta do banheiro e a cômoda da televisão, corria os olhares como uma criança curiosa entrando num parque de diversões pela primeira vez, mas a única montanha russa era a sua própria mente, entre subidas e descidas, giros e gritos e tudo parecia ainda mais confuso a cada segundo. Sim, ele se sentia culpado, mas não pronto o suficiente para admitir isso, pelo menos não em voz alta, não para Jungkook.

O toque do telefone começou a soar e ele nem se preocupou antes de apenas direcionar o próprio telefone ao ouvido, tendo certeza de que a voz que ouviria seria a de Yoongi, seu olhos se arregalaram quando a voz ouvida não era do seu amigo.

Oi, Jimin. — a voz familiar soou e sua cabeça virou ao avesso tentando lembrar de onde ele a havia ouvido — Podemos conversar? — e ele finalmente lembrou a quem pertencia o vocal.

Jung Hoseok, amigo de Jungkook, quase namorado de Yoongi.

— Sim, podemos sim. — sentou-se na cama pra impedir-se de se distrair com qualquer coisa ao redor, concentrando-se apenas no que o rapaz do outro lado da linha tinha a dizer para ele.

Eu conheço o Jungkook há quase quatro anos, talvez eu o conheça mais do que ele próprio. — ele iniciou com uma conversa mais pessoal, provavelmente usando-a para iniciar a verdadeira pauta da conversa e essa percepção só deixou Jimin ainda mais nervoso — Mas eu não precisei desses quatro anos de amizade para saber que o Jungkook está mal como nunca esteve antes, porque as lágrimas não deixam dúvidas disso.

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⏰ Última atualização: Feb 11, 2021 ⏰

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