Durante o Luto

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Betty Pov

Acho que agora não faz muito sentido ficar falando sobre o que aconteceu ontem, só teve choros e lagrimas e coisas do tipo.

Eu estava em minha casa no meu quarto, sentada na cama com os olhos fechado, minha cabeça doía e eu estava me concentrando na dor para fazer ela passar.

Hoje Archie vai em bora e Cheryl ficará sob responsabilidade minha e da Veronica, pelo menos quando a mãe dela não estiver e quando estiver também.

Essa semana não haverá aula por conta do luto, vou tentar descansar a mente e quando as aulas voltarem semana que vem, eu vou estar forte e pronta para ajudar Cheryl, mas essa semana NÃO!

Toc toc.

O barulho da porta tira minha concentração, abro meus olhos com um suspiro, passo as mãos em meu rosto limpando meu olhos.

-B: Pode entrar - me ajeito na cama

-J: Oi Bets, como você tá? - Jellybean entra no quarto com um sorriso grande porém com muito esforço

-B: Oi Bean, eu tô bem, acabei de acordar - sorrio de volta mais com um sorriso pequeno

-J: É eu sei, aquele estado de transe quando a gente acorda - ela gargalha e me faz rir de verdade - Bom, mamãe está te chamando para tomar café

-B: O FP tá la em baixo? - me levanto da cama

-J: Ele teve que sair cedo, ele disse que tinha que investigar um assassinato - ela passa a mão na minha penteadeira - mais não é o de Toni

-B: Porra - me corto com papel do meu bloco de notas

-J: O que mamãe falou de não xingar na minha frente Betty? - ela cruza os braços

-B: Foi sem querer e isso quando você tinha 6 anos, vc ta bem grandinha ja sabe o que são palavrões - Reviro os olhos

-J: Claro que não, aliás o que é Porra? - ela coloca a mão no queixo pensativa

-B: Quando você crescer uns 3 anos ai você vai saber mocinha - me levanto e vou até o meu banheiro - fala a mamãe que já já desço

-J: Tá, tanto faz - percebo que ela revira os olhos e desce

Lavo meu rosto, me olho no espelho e não conseguia mais me reconhecer, minha falta de expressão era nítida
Não havia nem um tiquinho de felicidade em meu rosto ou dentro de mim

O dia estava tão nublado e sem sal, a brisa fria que batia em nossos rostos arrepiava até os ossos do corpo

Ajeitei meu cabelo e desci

-B: Bom dia mãe - falo baixinho e me sento na cadeira do balcão

-A: Bom dia filha, você está melhor - não respondo apenas balanço a cabeça em sinal negativo - infelizmente não sei o que te dizer meu amor, eu também me sinto muito perdida - ela se senta na minha frente, porém eu estava com a cabeça baixa olhando para a madeira do balcão - Vou na Marie depois, se quiser vir

Depois de 2 minutos busco palavras para responder

-B: Não mãe, não consigo ver Cheryl nessa situação - olho para ela - semana que vem será melhor

Unexpectd love- varchie Onde histórias criam vida. Descubra agora