Capítulo 3

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Capítulo 3
Sidney

Depois te der tomado uma dose de uísque, estava indo até o bar pedir outra bebida e Max bem atrás de mim. Antes que eu pudesse chegar lá, Sara entrou bem na minha frente e começou a me beijar, não correspondi, tentei ser o mais cavalheiro possível, tentei me desvencilhar dela e foi aí que notei, Judy estava bem ali na porta me olhando com uma cara de nojo, empurrei Sara e tentei chamá-la, mas ela não me ouviu, saí correndo fui atrás dela pois não poderia deixar que pensasse que eu e Sara tínhamos alguma coisa.

A encontrei agachada na calçada em frente ao pub, não pude deixar de perceber o quanto era frágil. Conversamos e eu a levei para casa, no início percebi a hesitação dela em falar comigo, mas logo deixei bem claro que não tinha nada com Sara. No carro ela me perguntou porque eu estava cursando jornalismo, essa era uma pergunta que não conseguiria responder com honestidade. Poderia ter falado que qualquer curso serviria só pra deixar meu pai irritado, mas não queria falar de assuntos ruins enquanto ela estava bem ali do meu lado, tinha que aproveitar cada segundo. Enfim, dei uma resposta menos complicada e falamos sobre porque ela tinha escolhido o curso, já ela demonstrou tanta paixão pela profissão de jornalista que fiquei super sem graça de saber que eu estava lá por motivos não tão apropriados.

Quando chegamos à sua casa, ela se despediu de mim com um beijinho no rosto e entrou. Fiquei ali por algum tempo pensando o quanto queria mais um tempo com ela, mas depois de ter visto Sara me beijando, não me deixaria entrar.

Quando cheguei em minha casa vi que o carro de papai estava estacionado na garagem, então entrei depressa pronto pra defender minha mãe de outra discussão.

Mas não estavam discutindo, estavam se beijando. Então mamãe o perdoou?!

- O que está acontecendo aqui? - Perguntei.

-Querido, não é maravilhoso? Seu pai voltou, estamos juntos de novo.

Dei meia volta, voltei até a garagem, entrei no carro de novo, como ela pôde perdoá-lo, depois de uma traição e tantas lágrimas derramadas? Eu que me senti traído. Queria vê-la feliz e ultimamente só via minha mãe chorar, como as pessoas podem se humilhar tanto e sempre escolher o que não e bom pra elas?!

Saindo da garagem, vi papai vindo até mim, então acelerei e não olhei para trás.

Fui direto para a garagem de Max, então me lembrei que ele ainda estava no pub, desliguei o carro e fiquei ali esperando que ele chegasse.

O caminho de volta ao lado de Sidney foi tão confortável, como estar tomando um banho quente no inverno, tudo bem que só falamos sobre profissão e faculdade, mas nunca tive alguém que realmente se interessasse pelas coisas que eu fazia ou queria fazer, era bom conversar com ele, ele realmente prestava atenção em cada palavra que eu falava.

Estava super empolgada porque ia vê-lo de novo, tínhamos combinado de irmos ao cinema e eu estava mais que ansiosa para que a noite passasse logo e o dia também.

Acordei assustado, alguém batia no vidro do carro. Era Max.

-Cara, o que você está fazendo parado aqui em frente minha casa?

-Não tinha para onde ir.

-O que aconteceu? Seus coroas estavam brigando de novo?

-Pior, estavam juntos, não posso acreditar que mamãe o perdoou depois de tudo o que ele fez, queria entender porque ela gosta tanto de ser infeliz.

- Vamos entrar, você pode ficar aqui em casa se quiser.

-Olha, me desculpe por ter vindo embora e não ter avisado.

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