32. Verdades Sobre o Renard

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-Eu sabia

Nick abriu os olhos, Angel estava de braços cruzados, sentada na cama do hospital

-Eu sabia que ia parar no hospital de novo-ela o olhou-Sério, daqui a pouco todo mundo desse lugar vai me conhecer

O Grimm riu e se sentou, tinha passado a noite no hospital com ela, no sofá, depois de ajudar Hank em um caso, infelizmente a cupido só acordava agora

-Você me preocupou bastante

-Isso não é novidade-sorriu e voltou a se deitar-Estou com fome e meio tonta

-Porquê você não comeu dês que veio pra cá, ficou desacordada por dois dias, os médicos estavam preocupados mas Chrysaor garantiu que era normal, já que fazia tempo que...-parou e gesticulou-Usava seus outros dons... -Angel o olhou, franzindo a testa-Depois falamos sobre isso, você vai comer e depois chamarei o médico, com sorte você vai receber alta logo

Angel concordou, deixando para falar sobre oque aconteceu apenas outra hora. Depois dela tomar o café que as enfermeiras levaram, o médico veio a ver e contou como ela estava estranhamente bem e que poderia sair ao anoitecer, não demorou para Chrysaor invadir o quarto, contando ao Nick que ele poderia voltar ao trabalho que o cupido cuidaria da amiga. Depois de certa insistência dos dois, o Grimm cedeu e foi para a delegacia

Incrivelmente o dia foi calmo, tanto na delegacia quanto no hospital, Angel apenas conversou com Chrysaor e assistindo televisão, logo anoiteceu e recebeu alta, Nick voltou já com uma mochila com roupas e coisas para Angel, com uma jaqueta do detetive junto, oque deixou a morena mais animada com a ida no hospital

Chrysaor se despediu depois dela ter tomado banho e se vestido, imaginava que ela e o Grimm tinham de conversar um pouco a sós. Conversa que começou apenas dentro do carro

-Oque aconteceu exatamente?-ela olhou o detetive-Não tenho certeza se me lembro de tudo

-Ah, bem...-Nick continuou dirigindo, sem a olhar-Bud está bem, graças a você, ele ficou apenas com uma queimadura mas o médico disse que não foi tão seria

Foi impossível Nick não relembrar de como Bud estava, tremendo, confuso e assustado, mas totalmente preocupado com Angel e grato. As diversas tortas e cestas que ele levou no dia seguinte provaram isso, e ele provavelmente levaria mais ao saber que a garota acordou e voltaria para casa

-E...?

-E Ryan está morto

-Então, vou ter de ir na delegacia e falar que foi legítima defesa...?-não tinha certeza se era legítima defesa

-Não, a legista ficou confusa com o corpo, mas disse que poderia ter sido um ataque bizarro porém natural

-Porquê?

-Porque...-respirou fundo-Foi como combustão instantânea, mas ao invés de pegar fogo de dentro pra fora, ele foi destruído de dentro pra fora... E não só ele, o lugar ficou bem destruído, foi sorte o prédio não ter caído. Como fez àquilo?

-Não sei, senti raiva, preocupação... Mas só senti algo diferente quando prestei mais atenção na situação, como se aquela dor, o caos e o odio do Ryan... Tivessem forma... E isso me acalmou-murmurou-Senti calma, quis rir, e uma sentimento meio... Estranho, sombrio misturado com alegria... Senti aquela energia ao redor que fez barulho e o fez se afastar do Bud... Disse a ele pra se entregar, ele disse não... Então só aconteceu, o vi cair, com dor, ficou escuro, as correntes caíram... Foi um tipo de transe mas ao mesmo tempo sabia oque estava acontecendo, já aconteceu antes mas não assim

-Quando?

-Quando bati naquele primeiro comedor de sapos, na ambulância dele, eu tinha sentido que ele ia fugir, só deixei a sensação guiar-deu de ombros-Mas nesse caso eu sentia algo diferente, acho que esse outro lado dos poderes fica forte com caos e dor...

Damn Arrow- LostOnde histórias criam vida. Descubra agora