O Diário de Tory Adams • JJK

Chapter I

Chapter I
→ Uma nova luta se inicia

Olá, me chamo Victória, atualmente estou na faixa dos vinte e poucos anos, e recentemente ganhei um diário de um dos meus alunos da universidade, decidi nele contar a minha história de vida. Então, se sinta lisonjeado por estar aqui, o lendo e sabendo tudo e mais um pouco sobre mim!

Calma que em breve, vai chegar a atualidade, mas por enquanto, vamos voltar alguns anos, mais especificamente, onde tudo piorou para mim.

• Anos atrás •

Eu cresci em uma família muito unida, quem não diga perfeita. Morava na capital com minha família materna, enquanto a paterna se encontrava em outro estado, mais no interior, eu sempre fui bem tratada.
Tinha meu pai, mãe e minha irmã mais velha, eu me sentia a pessoa mais sortuda pela família que tinha, afinal, sendo criança, eu ainda não tinha passado por quaisquer problemas.

Meu pai ficava comigo e com a minha irmã na maioria do tempo, e minha mãe ficava trabalhando, e no horário que meu pai ia para o serviço, minha mãe que cuidava de nós, então eu passava mais tempo com meu pai, e por mais que soasse estranho, eu nunca senti que não tive a presença materna, minha mãe sempre deu amor e carinho, mesmo trabalhando e quase não ficando conosco na maior parte do tempo, ela fazia seu papel como mãe e hoje eu admiro isso e de como eu não fui infantil em ver problema aonde realmente não tinha!

Sempre fui uma criança sorridente, falante e bem Extrovertida, até certa idade sofri com a dificuldade em fazer amizades e muitas vezes ficava sozinha na creche ou escolinha, mas após prática e persistência da minha parte, passei a fazer amizades com mais facilidade. Mas aonde eu tinha uma qualidade, aparecia um defeito e que me atrapalhou muito no futuro...

A minha ingenuidade...

Eu era enganada com tanta facilidade, colocava confiança, botava amor e botava a mão no fogo por tanto e tantas pessoas, que isso me rendeu ser uma pessoa facilmente ingênua, e sempre usavam isso contra mim, e eu tola, deixava...

Eu por muitos e muitos anos, me moldei no padrão de todos os meus grupinhos de amigos, por mais que fizesse amigos rápido, eu queria os ter para sempre, e achava que os obedecendo, iria conseguir... Mudei meu estilo musical, meu cabelo foi forçado a ser alisado, minhas roupas foram mudando para de encaixar nas roupas das garotas e passei a deixar fazerem comigo o que queriam, para não ser taxada como chata, pois é...

Voltando a falar da minha família...

Meus pais brigavam por coisas bobas, o que desde pequena me dava medo, eu os amava juntos e temia que se separassem, mas eles sempre falaram ser bobeira e aquilo so fortalecer o amor entre eles, e eu acreditava, e realmente fortalecia... Mas muita coisa piorou, mas talvez eu tenha percebido tarde demais...

Eu e minha irmã mais velha sempre brigamos muito, ela sempre foi temperamental demais, brigava direto com meus pais e eu sempre recebia em dobro toda aquela raiva cumulada, mas ainda criança, tentava esquecer e seguir em frente...

Mas é... Não foi bem assim!

Meu pai de repente começou a ir para o hospital, fazendo exames atrás de exames, e eu não questionava, e até hoje me perguntava o motivo, de não ter perguntado, talvez muita coisa estaria clara para nós.

Me lembro como se fosse Ontem. Eu com meus dez ou onze anos, aparecendo na porta da cozinha e vendo meu pai, tremendo, tentando tomar um copo d'água, mas não conseguindo, me pedindo ajuda e eu segurando o choro, preocupada, ele debaixo de duas cobertas, dando nem cinco minutos que tomo água e já foi colocar tudo para fora... Minha mãe mais preocupada comigo pelo fato de ter ficado doente de preocupação.