Nem todos...

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Após se afastarem do Carnotauro eles chegaram a um descampado onde puderam se recompor. Carter estava agonizando de dor, havia marcas de dente em meia-lua do seu ombro até o seu peito.

- Temos cuidar desse ferimento. - Disse Clarie. - Tem bandagens na minha mochila, pega pra mim Robert.

Ela começou a tratar o ferimento ali mesmo, por sorte a mordida não tinha sido muito profunda e não sangrava tanto, em poucos minutos o ferimento já estava coberto.

Todos estavam ofegantes, Clarie estava curvada com as mãos sujas de sangue nos joelhos.

- Os pequenos tudo bem, mas como eles deixaram uma coisa daquele tamanho para trás? - Perguntou Robert.

- Eu não faço ideia, só sei que ele esta faminto. - Respondeu Jones. - De qualquer maneira, temos que ir embora desta ilha.

- Mas e a missão? - Questionou Clarie, Jones percebeu sua exaltação.

- Aquela coisa quase me comeu que se dane a missão!

- Mas precisamos do dinheiro!

- Se vocês quiserem ficar vão em frente, eu vou dar o fora daqui! - Disse Carter se levantando.

- Vamos todos manter a calma está bem. - Disse Robert tentando acalmar a todos. - Olha Clarie ele tem razão, não podemos continuar a missão sabendo que ainda tem dinossauros nessa ilha, nós nem se quer sabemos quantos deles tem aqui.

- Mas você sabe da nossa situação, precisamos desse dinheiro. - Rebateu Clarie.

- Nós vamos conseguir de outra maneira.

Enquanto eles conversavam Jones começou a olhar o mapa.

- Oque está procurando? - Perguntou Carter.

- Estou olhando onde ficam os cercados.

Ele viu que a ilha tinha um enorme cercado principal, e outros cercados menores. Ele presumiu que o grande cercado era onde ficavam os herbívoros, e os carnívoros ficavam em cercados separados.

- Certo! - Jones fechou o mapa. - até eles mandarem o nosso resgate vai demorar no mínimo 12 Horas, e eu não sei quanto a vocês mas eu não estou nem um pouco afim de passar a noite ao ar livre.

- Então qual o seu plano doutor? - Perguntou Clarie.

- Vamos para a área de serviços, lá devem ter dormitórios, com sorte até mesmo mantimentos.

- Mas a área de serviços é do outro lado da ilha. - Indagou Cartér.

- Por isso é melhor irmos andando.

Jones deu as costas e saiu andando, o resto do grupo se encarou por um momento e então o seguiu.

A caminhada durou o dia todo e eles ainda não haviam chegado ao seu destino, a noite já estava começando, o sol se pondo atrás das montanhas e o som dos grilos deixava a ilha com um incrível ar de tranquilidade.

Enfim eles avistaram. Uma cerca de 3 metros de altura que se erguia a frente deles, as luzes no final de seus postes estavam desligadas, oque significa que não estava ligada.

- Vamos pular? - Perguntou Clarie.

- O Carter não conseguiria. - Respondeu Jones.

Jones olhava ao redor da cerca procurando um lugar por onde pudessem passar, ele ouviu os grilos cantando, o coaxar dos sapos, um ronronar de um gato...

Ronronar?...

Ele olhou a sua volta rapidamente em todas as direções e não viu nada de estranho, até que ele percebeu de onde estava vindo o som e o encarou...

Jurassic Park: As 5 mortesOnde histórias criam vida. Descubra agora