o convite de Tewksbury

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Após o momento em que eu, e meu amigo nos direcionamos para a saída da biblioteca, nós  ficamos apreciando a paisagem deste dia.
Ela se representava por si só. Como algo triste e dependente, com suas grandes nuvens cinzas, e com uma leve e acentuada coloração de sépia em suas extremidades carregadas de segredos e mistérios  quase indesvendáveis. logo é se visível  que uma duradoura tempestade irá cair sobre nós.
Então, sem racionar muito meus pensamentos, eu apenas paro nossa calma e suscita  caminhada e inicio  um diálogo entre nossos olhares que se fixavam, eu tentava me expressar de alguma maneira, mas nem mesmo falar eu conseguia, creio que tal evento ocorreu, pela minha falta de concentração em minha mente.
Após  esse momento de extrema apreciação, eu apenas  consigo pensar em começar uma conversão, para assim quebrar tal silêncio  constrangedor que estava a reinar entre nossos olhares entrigados tentando desvendar a feição um do outro , palavras não ditas, e corpos próximos  o bastante para se tornarem um só.

-Então Tewksbury, para onde vossa senhoria está me levando?- digo após a volta de meus pensamentos em minha mente.-

-Bom, no momento creio que não será possível eu lhe levar a lugar nenhum, como pode notar uma tempestade se aproxima.- ele diz direcionando o seu olhar para o céu tempestuoso daquela tarde intrigante.- Acho melhor nós nos direcionarmos para minha residência, já que está mais perto de nosso alcance. - diz ele voltando olhar e se direcionar para sua mansão, que se encontrava a poucos passos dalí.-

- Eu não sei se devo, já está ficando tarde.- eu digo com meus olhos fixos no grande relógio de Londres, que soava seus sinos para indicar o horário de quatro horas da tarde.-

-Por favor Enola, se você chegasse em sua moradia, molhada, ou ficasse com algum resfriado, eu nunca me perdoaria. - ele fala olhando com pureza e cuidado, para comigo.- Até porquê isso é uma ordem minha, para com sua pessoa senhorita.- ele diz em meio risadas de ambos nós ali.-

- Então o senhor agora me manda ordens. - faço uma careta de surpresa.-

- Para ser sincero, eu sempre tive tal poder em posse, a questão é que você nunca o seguiu.- eu dou-lhe um sorriso divertido.- Porém Enola Holmes não negaria tal pedido de um de seus poucos amigos.- ele termina falando já quando nós estamos em frente a sua residência, então ele estica sua mão para mim, como um convite, e eu confirmo segurando a mesma que a mim foi oferecida.- 

- Eu apenas aceito por pura empatia por você, meu caro amigo.- Eu digo já na entrada de sua gigantesca casa, indo na direção que o Marquês me guiara através de sua mão em contato com a minha.

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CONTINUA

Enola Holmes um mistério em pessoaOnde histórias criam vida. Descubra agora