The Wolf - Diabolik Lovers

The Plan

Capítulo 36

  – Não! NÃO! – Uma figura masculina esbraveja escondido nas sombras da residência escura e fria em que se encontra – Ela eliminou Konran e agora está cada vez mais perto de encontrar aquela velha maldita! – O ser masculino é interrompido ao escutar as portas se abrirem e um de seus vários servos adentrar o recinto a passos inseguros.

  – M-Meu se-senho-or! – O servo gagueja em um tom de voz baixo, olhando amedrontado para a figura raivosa.

  – O que é dessa vez, Lumen?! Fale logo! Não estou com paciência para enrolações. – Exclama ainda muito irritado, porém tentando controlar-se pelo menos o mínimo para poder escutar com clareza o que o jovem tem para falar.

  – Me perdoe pelo meu atrevimento, mas gostaria que o senhor me mandasse para acabar com a princesa. – Com muito esforço, a jovem figura consegue formular uma frase longa, sem gaguejar e sendo um pouco mais audível do que antes.

  – E por que eu o faria?

  – Já participei de batalhas perigosas antes. Sou forte e tenho experiência em combate. Se a princesa é um empecilho para que o senhor consiga completar seu plano, ficarei mais do que feliz em ser mandado como instrumento para pará-la. – Sua voz que antes era insegura, no momento é firme, acompanhada de um olhar determinado.

  O mais velho olha-o com ar de superioridade, mas extremamente satisfeito com o que escutou dele, balançando vagarosamente sua cabeça em um sinal positivo.

  – Está bem. Tem a minha permissão. – O jovem finalmente o encara diretamente, em choque com a aprovação, mas visivelmente contente.

  – Está certo quanto a isso, mestre?

  – Se eu disse, é porque sim. Agora vá de uma vez antes que eu mude de ideia!

  – Certo.

  – E lembre-se: se falhar... – Os olhos do mais velho se tornam mais perversos do que naturalmente são – Sofrerá a pior das consequências.

  Assustado e sem dizer mais nada – sabendo que a ameaça será cumprida sem sombra de dúvidas –, o rapaz se retira do local o mais rápido que consegue, rumando diretamente para onde Selene e o restante se encontram atualmente.

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  Um silêncio estranho toma conta do pessoal enquanto eles caminham pela pequena estrada de terra de tom caramelo.

  Carla e Yuma se mantêm indiferentes, mas por dentro sentem uma grande alegria por terem visto que, a preocupação que a garota tem com eles é tanta, que fora capaz de retirá-la daquela situação caótica, ficando divididos entre sentirem seus corações aquecidos por terem tanta importância para ela e sentirem-se culpados por terem gostado da preocupação dirigida à eles.

  Já Selene e Reiji, apesar de não contarem um para o outro, são invadidos pelas memórias da conversa e beijos que aconteceram: Reiji lembrando-se do que Rui presenciou e Selene lembrando-se do que a outra Selene e ela mesma presenciaram. A vergonha está totalmente presente nos dois, sendo as bochechas levemente corada de ambos o que revela a situação. Reiji, que sempre foi altivo e de uma postura tão firme, se encontra caminhando de cabeça abaixada, confuso com as memórias que vagam por sua mente e sentindo uma timidez que nunca sentira antes em todos os seus anos de vida, não sabendo como lidar. O fato não passa despercebido pela loba, mas que por estar tão envergonhada quanto ele, se mantém igualmente quieta e presa em seu próprio mundo.