The Wolf - Diabolik Lovers

Hate or Not

Capítulo 22

  Assim como havia prometido para Selene, Ruki procura saber qual é o endereço atual de KarlHeinz, já que isso é sempre enviado para ele para que possa manter o rei dos vampiros informado de tudo o que acontece. Infelizmente algo que não era esperado pelo moreno acontece: nenhum endereço ou resposta é enviada para ele. Desconsiderando o fato, Ruki novamente procura um dos servos de Tougo e pede que para que ele diga ao vampiro que o envie sua nova localização, mas como antes, nenhuma resposta é enviada. O que poderia estar acontecendo? Será que ele havia se irritado ou não gostou de algo que ele e os irmãos tivessem feito?... Mas eles não haviam feito nada fora das regras impostas pelo rei dos sádicos. Por que ele está ignorando seu pedido então?

  Enquanto isso, em uma outra parte da mansão Sakamaki, Selene encontra-se deitada embaixo de uma grande árvore. A morena está de olhos fechados e com uma feição serena, sua respiração tão incrivelmente calma. Ela havia adormecido enquanto tentava ter um momento de paz. Por estar dormindo tranquilamente, a garota não tem a chance de perceber ou sequer imaginar que há alguém perto de si, observando-a.

  Shu se aproxima a passos leves e surdos, atento a feição serena de Selene e que parece tão chamativa para si. Após observar a menor, ele se aproxima até estar consideravelmente perto dela, deitando-se ao seu lado na grama fofa. O loiro apoia seu cotovelo na grama e usa a mão desse mesmo braço para apoiar sua cabeça, deitando-se de lado para poder observar melhor a loba. Correndo seus olhos azuis por todos os mínimos detalhes do rosto dela, admirando como ela parece ainda mais bonita quando está dormindo. O motivo de ela me odiar e ter ser afastado foi meu sadismo, meu orgulho... Não vai me fazer mau se, pelo menos dessa vez, eu deixar isso de lado e for sincero. Com esse pensamento, o vampiro desapoia seu braço e se deita por completo, ainda estando de lado. Ele passa os braços ao redor da menor e a abraça, trazendo o corpo dela para perto do seu, respirando profundamente o perfume característico dela que ele tanto gosta, os sentimentos estranhos de felicidade o invadindo novamente, mas dessa vez, ele não os afasta e continua com o abraço. Nesse meio tempo, Selene vira para a direção de Shu e retribui o abraço, ainda dormindo e não tendo plena consciência do que está fazendo. O mais alto fecha os olhos, dando um sorriso pequeno. Mesmo dormindo ela parece ter me reconhecido e me abraçou de volta. Contente e com seu ego inflado por "tão pouco", o loiro acaba pegando no sono também.

  O mais alto é o primeiro a acordar tempos depois, agradecendo mentalmente por isso, já que provavelmente a garota iria empurrá-lo e afastar-se de si, o que novamente o faz voltar a ter o pensamento de que no momento ele ainda não está tão pronto assim para lidar com a negação dela. Ele olha o rosto tranquilo de Selene por mais alguns minutos e, a contragosto, levanta sem acordá-la e se afasta, indo para algum canto distante na mansão.

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  Selene dá mais uma volta nos arredores da mansão, treinando sua corrida como fazia antigamente – antes de ir morar com os Sakamakis –, afinal é essencial manter a forma quando se é humano, mais ainda quando se é um ser sobrenatural que tem que estar preparado para qualquer possível luta ou confronto, principalmente em uma época que parece estar se tornando complicada a cada dia que passa.

  A garota, apesar de estar entretida e concentrada em sua corrida, percebe uma movimentação diferente no ambiente e olha para um dos lados, vendo Yuma andando e parando perto de uma pedra, olhando-a com um olhar estranho, que ela não consegue entender o que se passa na cabeça do moreno para olhá-la assim e nem que tipo de olhar é.

  – Oi, Yuma.

  Parando de correr no mesmo instante, ela caminha até o vampiro, este que estende hesitantemente uma garrafa de água em sua direção, seus movimentos tão travados que poderiam ser confundidos facilmente com uma tentativa falha de imitar um robô, sendo engraçado aos olhos de Selene e a fazendo rir baixo, mais confusa do que já estava com o jeito nada comum no qual ele está agindo.