♡. capítulo cinco.

194 22 72
                                    

Harry colocou Louis para dormir no canto vazio de sua cama naquela noite, arrodeado por uma pequena porção de lençóis para o manter aquecido — seu corpo tinha tremido contra o do mais velho ao saírem do carro e Styles achou, mais uma vez, que tinha esquecido quão sensíveis híbridos poderiam ser.

Em seguida, ele sentou-se no colchão — pouco depois de tomar banho e se trocar — e também o observou por alguns segundos.

Podia notar com uma facilidade quase dolorosa como o menor estava se esforçando para ficar, para conquistar um pouco do lugar que queria ter consigo e como tinha se apegado à sua personalidade autoritária e instável, apesar de tudo.

Tudo isso enquanto Harry estava... sendo ele mesmo. E ser ele mesmo queria dizer a versão de alguém que não é acostumado com afeto e palavras calorosas e contato físico. Alguém que tem uma porção de barreiras. Ele sabia que não estava oferecendo-o tudo que Louis precisava e agora aquela era uma das principais razões para não mantê-lo — apesar de Louis ter, sim, um poder bastante persuasivo com suas orelhas macias e expressão delicada.

Segurando um suspiro cansado — a maior parte das suas emoções e expressões se resumiam a uma exaustão que quase o engolia inteiro — Harry só saiu de seu devaneio auto-depreciativo quando viu um movimento vir da pilha de tecido.

"Mmm." O Pocket meio resmungou e meio grunhiu com suas pequenas sobrancelhas franzidas, girando sobre a cama. Seus braços esticaram-se como se procurasse algo e sua cabeça estivesse no meio de um sonho ruim.

Sem pensar muito sobre o que fazer, Styles apenas estendeu uma das suas mãos, a colocando entre as do menor para que ele pudesse abraçá-la. E ele fez isso sem hesitar, quase como se, mesmo inconsciente, Harry fosse a primeira coisa que procurasse.

"Louis?" Chamou baixo, encaixando o indicador na curva do seu pescoço, sentindo-o levemente morno. "Ei."

Não houve uma resposta além de um novo tremular de seu pequeno corpo inquieto e, desajeitamente, — principalmente porque nunca precisou consolar alguém antes — tudo que Harry conseguiu fazer foi juntar Louis próximo ao seu peito, sentando-se contra a parede e com uma preocupação nova o inundando.

"Está tudo bem. Você só tem que acordar." Pediu num tom baixo. "É apenas um sonho ruim."

"Harry..."

"Aqui." Ele o encaixou contra seu pescoço – o lugar favorito de Louis – enquanto o via tentar acordar. "Pronto."

"Vão me mandar embora", disse num soluço que fez seu peito balançar. "Eu não quero ir."

Embora?

"O que quer dizer? Embora para onde?"

O híbrido agarrou-se no pescoço de Harry como se toda a sua existência dependesse daquilo. Como se, agora mesmo, estranhos o fossem puxar para longe e o levar para sempre. A imaginação de Harry o fez, mesmo sem pensar, odiar a ideia com afinco.

Louis não tinha respondido outra vez, estava ocupado demais garantido que seu corpo permanecesse seguro naquele cantinho de Styles. Sem movimentos bruscos.

"Tudo bem." Repetiu, para os dois. "Você está aqui agora."

Ele se perguntou como era a vida do menor antes de o conhecer. Sem música, sem nada vindo do mundo real. Ruim o suficiente para dá-lo pesadelos que o deixavam tremer de medo. Seu estômago deu outro nó. E outro e outro. Até achar que pudesse vomitar.

Louis não tinha nem mesmo trinta centímetros de altura ou mais do que dezenove anos (em uma idade humana e física). Ele se irritava quando tocavam suas orelhas sem autorização e gostava de assistir televisão. Ele ficava triste quando Harry não lhe respondia sua porção de perguntas, porque tudo que queria era conhecê-lo melhor. E ficar.

Você leu todos os capítulos publicados.

⏰ Última atualização: Oct 02, 2020 ⏰

Adicione esta história à sua Biblioteca e seja notificado quando novos capítulos chegarem!

little pocket love ♡ larry stylinsonOnde histórias criam vida. Descubra agora