— Olha Okumura-kun uma carta! — Shima saiu totalmente do assunto da conversa, animado e surpreso, muito surpreso, apontando para o armário de sapatos do Okumura, aberto enquanto o dono estava parado ao lado ainda discutindo algo "suuuper importante" com Suguro. O olhar de Rin se virou imediatamente para seu par de sapatos dentro do armário depois de cortar sua própria fala.— Nossa! — ele exclamou iluminado e também surpreso, talvez cético. Seria dessa vez, de fato, finalmente uma de suas admiradoras tomando coragem de se declarar?! Rin sentiu o rosto corar e olhou, mesmo estando com medo do que poderia encontrar.
O papel bem dobrado estava lá mesmo! Okumura o pegou e então a rodinha de meninos de repente estava em volta dele, todos curiosos, até mesmo Bon. O meio demônio olhou bem, não estava escrito nada, apenas tinha alguns pequenos desenhos estranhos na folha - daqueles que alguém faz quando está no tédio -. Ele franziu o cenho e estalou a língua, não iria cair nessa mais uma vez, hoje não.
— Tenho certeza que é outra carta do idiota do Mephisto. — Rin deu um muxoxo e todos os meninos fizeram careta se lembrando da última vez. Um arrepio subiu a espinha do adolescente ao cogitar a possibilidade de estar ganhando mais uma carta do diretor esquisito e excêntrico, Mephisto - o qual também era um demônio de alto nível e seu meio irmão mais velho, mas isso nao vem ao caso agora.
— Você não deveria falar assim do diretor geral. — Ryuji advertiu severamente.
— Bah, não seja tão rígido papai. — Okumura deu de ombros prestes a guardar a carta, estava curioso porém ainda assim receoso de a abrir.
— Para com essa merda de papai, porra! — Bon deu um tapa na nuca de Rin, todo esse caralho de "papai" já tava passando dos limites.
— Nossa, não precisa se irritar assim papai. — foi a vez de Renzou, como o apaziguador nervoso e covarde que era, tentar acalmar seu patrãozinho.
— Cala a boca também, Shima.
— Papai, o que você falou não foi legal.
— Até você Koneko? — Ryuji olhou para o amigo pocesso, totalmente irritado com o menino. Konekomaru engoliu seco. Talvez fosse mesmo a hora de parar…
— Desculpa, patrãozinho. — ele riu sem graça, ajeitando as lentes grossas na frente do rosto.
— Rin, eu não tenho certeza se é do Sr. Phieles... ela está muito... bom, simples? — Shima observou ainda muito curioso, no fundo no fundo, com um tantinho de ciúmes da nota no armário do amigo, aquilo era coisa de garota, seu sexto sentido estava falando isso para ele. O Okumura-kun até que era legal, mas parecia um delinquente folgado e isso não era o que as garotas da escola procuravam, e é claro que Shima, como amigo de muitas meninas, tinha uma mínima noção do fato. Logo, ele cria que não era exatamente justo Rin ter uma admiradora e ele não. Shima queria logo saber o que estava escrito.
— Então, Shima você acha que pode ser uma confissão?! — Rin perguntou com um fio de esperança. Sua cauda balançou de um lado para o outro sem que ele percebesse.
— Não. — Renzou foi direto. — A carta tá muito simples pra ser de uma garota. Nem sequer tem o cheiro adocicado de uma dama apaixonada.
— Acho que você quer demais Shima. — Bon estava concentrado no papel, podia ser algo importante, afinal da última vez que havia uma carta junto aos sapatos de Rin era do vice-diretor e ele estava anunciando que o julgamento do seu amigo no Vaticano havia sido suspenso.
— Patrãozinho, uma carta de amor sempre tem o cheiro doce de uma garota. — Shima tentou se justificar, o garoto tinha um ar de sabe-tudo ao falar. Ninguém prestou atenção nisso. Ninguém queria saber.
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Slow Burn - Okumura Rin Imagine
FanfictionRin finalmente recebe a confissão de uma garota pela primeira vez em todos os seus quinze anos de vida e as coisas, infeliz ou felizmente, não acontecessen extamente como o exwari imaginou. |imagine| |Rin Okumura| |Hiato|