A aula de matemática está na metade, normalmente a representante de turma do segundo ano estaria atenta a tudo o que a professor diligentemente explicava diante do quadro negro. Em seguida, ela iria voltar sua atenção para a lista de exercícios e ajudaria alguns amigos a resolver também.Mas hoje... foi um dia atípico.
Ela suspirou olhando para os problemas no quadro enquanto batia a caneta colorida de ponta fina contra a espiral do caderno repetidamente. Todos aqueles números e letras juntos pareciam uma língua estranha sempre que tentava olhar para o quadro.
A cabeça estava muito longe dali para sequer pensar em se preocupar com as equações de trigonometria. Ainda estava muito cansada devido às noites sem dormir, após presenciar e descobrir tantas coisas estranhas nos últimos dias.
Contudo, ela não podia se importar menos com esses fatos naquela hora. Ela revirou os olhos, quando a calda da estranha serpente roçou em seu tornozelo abaixo da cadeira.
A garota estava ansiosa pela hora do almoço. Imaginando seu encontro com Rin para não focar muito no que estava acontecendo ao seu redor, pensando em milhares de coisas divertidas para contar a ele hoje e ver seus olhos azuis tão lindos e fofos brilharem enquanto ele a escuta. Ela mal podia esperar para se sentar ao lado dele comendo a comida deliciosa que o próprio garoto havia preparado e ouvi-lo contar a respeito de seus dias com os amigos ou os mangás de romance do irmão mais velho com entusiasmo.
Ela corou levando as mãos no rosto e abriu um sorriso abobalhado balançando os pés para frente e para trás. A amiga sentada à sua direita na fileira do lado lançou um olhar de reprovação em direção a sua conduta negligente, sabendo bem que ela estava sonhando acordada com alguma paixão ao invés de prestar atenção na revisão do próximo teste.
A outra garota parou a lista de exercícios e encarou a menina sonhadora com um olhar severo, perguntando a si mesma quando aquilo havia começado... de novo. Brava por não estar por dentro da mais nova fofoca.
A jovem deu de ombros e mostrou a língua disfarçadamente quando a amiga sussurrou que ela deveria contar tudo o que estava acontecendo. Ela iria, mas apenas mais tarde.
Céus, ainda não podia se esquecer de quando o beijou naquele dia! Foi como se seus lábios fossem feitos um para o outro e se encaixassem perfeitamente. Ela se questionava a todo tempo se o garoto também havia sentido aquele prazer caloroso no peito quando seus lábios se encontraram pela primeira vez. A garota esperava profundamente que sim, afinal, havia sido tão bom.
A conduta fez com que ela mesma acabasse repreendendo posteriormente por agir tamanha ousadia logo em seguida, afinal, se ele resolvesse a rejeitar no momento da demonstração de afeto seria tão constrangedor, mas... Rin não pareceu desgostar! Muito pelo contrário.
E eles estavam inclusive almoçando juntos todos os dias desde de terça feira! O que assim... totalizava cerca de pouco mais de uma semana. Mas já era um avanço. Para quem esperava ser totalmente rejeitado, aquilo já era o suficiente para que pudesse aproveitar e fazer com que ele se apaixonasse de volta! Não podia ser tão difícil, né?
Ela balançou os pés abaixo da cadeira, dessa vez mais rápido e mais animadamente, soltando um leve goleiro esperançoso e sorriu. Então, logo em seguida abandonou o torpor de sua felicidade e deixou contra o caderno na mesa.
Afinal, talvez... fosse difícil sim. E talvez estivesse sendo um pouco otimista demais com toda aquela situação complicada, era um horário de almoço compartilhado, só isso.
Nesse momento, ela relembrou da garota loira a quem viu de longe no dia do festival com seu rostinho redondo, olhos verdes brilhantes e cabelos loiros tão bonitos. Toda enrolada em um quimono colorido com vários detalhes em cores pastéis, carregando um punhado flores. Um amargo na boca e fez uma caretinha, ela parecia uma fada da floresta, tão bonita e doce que enjoava seu estômago...
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Slow Burn - Okumura Rin Imagine
FanfictionRin finalmente recebe a confissão de uma garota pela primeira vez em todos os seus quinze anos de vida e as coisas, infeliz ou felizmente, não acontecessen extamente como o exwari imaginou. |imagine| |Rin Okumura| |Hiato|