A cada ano na estação primaveril, as cinco grandes montanhas de cultivo imortal da Terra reuniam seus discípulos mais veneráveis no Banquete das Mil Flores de Pêssego.
As divindades descem à Terra para contemplar a habilidade dos discípulos enviado...
Oi amores! Trazendo mais um capítulo fresquinho pra vocês!
Na próxima semana teremos atualização dupla!
Boa leitura! ♥️
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As notas límpidas e solitárias de uma guqin soaram na escuridão do céu sem estrelas. A água ruidosa entre as montanhas se dispersaram sobre as pedras e umedeceram o gramado onde o Segundo Imperador de Jade repousava com seu instrumento espiritual em mãos.
Seus dedos longos e finos dedilharam as cordas e se esvaíram com o soprar do vento gélido noturno. A lua estava alta no céu e não havia ninguém para compartilhar a beleza do astro ao seu lado. HanGuang-Jun inspirou e suspirou, soltando com sua respiração o peso carregado em suas costas.
Uma coruja piou mais alto, recebendo a atenção do jovem cultivador. Os olhos da coruja brilharam pousando sobre ele, como uma incógnita a ser resolvida. HanGuang-Jun parou os dedos nas cordas, subindo o olhar para aquela pequena criatura acima dele.
—Você não teme ser uma presa fácil estando visível em um galho alto?
A coruja piou mais alto, como se fosse capaz de responder a pergunta do cultivador. HanGuang-Jun suspirou fundo, cerrando os olhos quando a brisa fresca trazendo as gotículas frias de água beijou seu rosto.
Passos tranquilos soaram no gramado farfalhante, um sonido próximo e limpo. HanGuang-Jun não se deteve para olhar, sabia de quem se tratava.
—Wangji. —a voz límpida como o orvalho soou atrás de si. HanGuang-Jun pode ouvir como o tecido das vestes balançavam contra o vento e sentiu como o olhar do visitante estava sobre ele.
—Irmão. —HanGuang-Jun o cumprimentou em resposta. Não o estava vendo e ainda sabia que Zewu-Jun XiChen poderia estar sorrindo brilhantemente atrás dele. Nenhum outro passo foi ouvido e nem outra presença sentida. Estavam a sós.
—Eu posso me unir à você? —Zewu-Jun falou com clareza e suavidade na voz. HanGuang-Jun apenas assentiu. —A noite está mesmo bonita.
—Hm. —afirmou balançando a cabeça.
—Amanhã é seu décimo oitavo aniversário, Wangji. Eu gostaria de lhe dar isso.
O cultivador mais velho tateou a manga de sua túnica, tirando de dentro do tecido um pequeno embrulho de seda. Entregou-o para o irmão mais novo, que deixou a guqin ao lado de seu corpo para segurar o embrulho. Seus dedos ágeis desfizeram o nó duplo, abrindo com cautela o pacote tão fino, como se pudesse desaparecer sob um toque grosseiro.
Dentro das folhas de seda, uma fita branca estava devidamente posicionada. Padrões de nuvens foram bordados no tecido e um belíssimo centro de prata cintilava na luz da lua.
—Eu tenho uma fita de testa, irmão.
HanGuang-Jun nunca removeu sua fita de testa. Um tecido branco e simples preso perfeitamente no meio, segurando algumas mechas de seu cabelo negro para trás. Zewu-Jun sorriu como a obviedade.
