Capítulo 21

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"A Hoody já deu com a língua nos dentes sobre o que fiz ontem, certo?"

"Eu estive tão ocupada que não tive tempo de agradecer você por tudo."

"Eu falei que cuidaria de você não é mesmo?"

"Mas sou só a sua secretaria, não havia necessidade de tudo aquilo."

"Entramos nessa conversa de novo, achei que já tivesse entendido que aqui somos uma família e um cuida do outro, além disso, não quero você apenas como minha secretaria, mas não precisa se preocupar, não vamos ter essa conversa hoje. Me leve na sua casa."

"Achei que o assunto seria outro."

"O Gray vai junto, queremos dar uma olhada se você precisa de um sistema de segurança."

"Por que, já passou, não vai acontecer novamente."

"Não há garantias, prefiro não correr o risco."

"Jay não precisa de tudo isso, ele não arriscaria o cargo de prestigio para ir tão longe."

"Algumas pessoas são capazes de certas coisas que são de dar medo. Mas a escolha é sua, é claro que se não optar por isso, acho que terei que passar alguns dias na sua casa até ter certeza que você está segura."

"Você não está falando sério?"

"É claro que estou."

"Você está exagerando."

"O cara tentou te seguir até em casa, tem certeza que estou exagerando?"

Ao final da tarde estava eu e Jay em um carro, e Gray no outra rumo a minha casa, agradecia que tinha arrumado minha casa a alguns dias atrás e ainda não tinha tido tempo de bagunça-la. Chegamos no prédio, e avisei ao porteiro que os dois estavam autorizados a entrar, mas só os dois, ele deve ter ficado surpreso, durante todo esse tempo nunca tinha trago ninguém até minha casa, e agora aparecia dois homens me acompanhando.

Mal abri a porta e Tomoyo veio me receber feliz, era minha cachorrinha de estimação, quando vim para a Coreia meu pai havia me dado ela para que eu tivesse companhia quando estava em casa, durante o tempo que estive aqui ela cresceu, e eu agradeci por ter comprado um apartamento maior, ela teria destruído todo o local se fosse diferente.

"Que linda, qual o nome?" Gray

"Tomoyo."

"Agora entendo a animação de voltar para casa." Jay

"Cuidado ao dar muita atenção para ela, daqui a pouco não vai querer deixar vocês irem embora."

"Sua dona podia ser assim também Tomoyo, mas ela é tão maldosa diferente de você." Disse Jay enquanto brincava com ela, tive que ri da situação, ele mais parecia uma criança.

"Jay, comporte-se estou aqui ainda." Gray

"Você tem um quarto para ela?" Jay

"Como você acha que mantenho a casa a salvo enquanto estou no trabalho."

"Já sei onde o Jay vai dormir." Gray

"Espero que Tomoyo seja uma boa companhia." Jay

Revirei os olhos na brincadeira, se tivesse que trazer ele não seria com Tomoyo que ele dormiria.

Gray rodava a casa, e eu só desejava que nada estivesse fora do lugar além da bagunça de Tomoyo. Quando terminou avisou que tinha avisado a um amigo que trabalhava com segurança para que viesse e indicou os locais que ele mexeria, assim teria a segurança de que não fosse algum lugar inapropriado, que tirasse minha privacidade.

"Você vem comigo Jay?" perguntou Gray quando estava saindo.

"Não, Lorena vai me levar." Jay

"Deixa a garota descansar." Gray

"Tenho uma dívida a pagar com ela." Jay

"Não vou me meter na treta de vocês dois, nem vou perguntar o que é para não correr o risco. Uma boa noite para ambos." Gray saiu rindo antes mesmo de respondermos ele.

"Então vou ter meu jantar hoje?"

"Ele e o que mais quiser."

"Apenas a comida já está ótimo."

"Vou te convencer o contrário." Ele pegou a chave do carro da minha mão e saiu falando. "Dessa vez eu dirijo."

"Finalmente, achei que nunca ia passar essa preguiça."

"Detesto dirigir, e gosto de você no volante, fica extremamente sexy."

"Mais algum momento para colocar na lista de vezes que fico sexy?"

"Vários, mas o principal é quando você geme meu nome." Senti a tensão no ar, seu sorriso sacana de volta a seu rosto, o que me deixava ainda mais fora de me mim, essa noite seria uma guerra para resistir a ele.

Não consegui responder, e ele notou, o que o fez ficar ainda mais empolgado. Durante todo o trajeto ele insinuava que iria me tocar, mas não chegava nem perto disso. O que me deixava ainda mais aeria.

Quando chegamos a sua casa ele chegou muito próximo, seu rosto tão perto que podia sentir sua respiração.

"Não vou te tocar, a menos que você queira isso, até lá vou te fazer desejar me ter em você." Disse ele abrindo meu cinto e saindo do carro logo em seguida.

Percebi que não respirava, e que me coração estava disparado. Se eu resistisse essa noite, não haveria mais nada que ele fizesse que pudesse mexer comigo. "Não acho que vale a pena voltar para casa agora, mas leve o tempo que quiser para entrar, tomarei um banho enquanto isso." 

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