IN LOVE WITH YOU

16 - 18 anos de Julie

Julie acordou em cima do tapete do loft, fazia frio e ela não lembrava bem o que tinha acontecido.
Ela se levantou devagar e viu o Cd que ainda tocava, desligou o som e saiu do loft com um pouco de dor de cabeça.

- Estamos de volta!! - Reggie continuava a repetir isto durante todo o tempo que Julie estava desacordada no chão
- Mas ela não pode nos ver! - Luke falou passando a mão na cabeça - Eu já estava me acostumando com a sua ausência, agora voltamos e não podemos ter contato com ela? O que é isso, uma pegadinha? - luke falou bravo
- Luke, você sabe que Rose não fez isso, ela foi clara quando disse que não voltaríamos! - Alex falou
- Eu sei, mas então quem foi? - ele falou indo perto dela e olhando ela de perto
- Foi ela. - Alex falou indicando Julie
- Ela cresceu, está maior diferente.. - Ele falou olhando ela e seus olhos brilhavam, ele tinha sentido saudades dela.
- Hoje é o aniversário dela de 18 anos, se passaram 8 meses desde quando nós fomos pro outro lado. - Reggie disse
- Muito tempo.. - luke sentou no chão perto dela.

Ele olhava pra Julie e via a jovem mulher que ele amava. Desde quando foram para a outra parte tentaram se conectar de novo com ela, mas não conseguiam.
Ele passou os primeiros meses triste chorando e com raiva, mas depois tentou esquecê-la, mas não conseguia, e agora estava aqui de volta.
Ele ficou olhando pra ela, seus cabelos estavam presos em uma trança embutida, e seu corpo estava mais evidenciado porque ela estava de leggins é um moletom curto onde deixava sua barriga aparecer. Ele ficou com vontade de tocar sua pele macia e morena, de cheirar seus cabelos, e de beija-la, mas não podia.

- Não fique assim, vamos conseguir. - Alex falou - Willie disse que iria nos ajudar lembra?
- Sim. Você teve sorte, podia ver ele sempre. - Reggie falou
- Verdade! - ele riu

Julie se levantou, desligou a música e saiu do loft sem ao menos ver os meninos.

- Ela simplesmente não consegue nos ver.
- Sim Reggie, a gente sabe. - luke disse saindo atrás
- Onde vamos? - Reggie perguntou
- Vocês fiquem aqui, Willie pode vir e não achar ninguém. Eu vou atrás dela, vou tentar me comunicar de algum modo. - Luke falou e saiu atrás de Julie.

Já era hora de se arrumar pra sair com Flynn, ela não ia contar pra ninguém que estava tendo esses flash de luzes de vez enquanto. Ela escolheu um vestido tubinho preto curto, uma bota de salto grosso e cano curto, passou um perfume e se maquiou. Ela se olhava no espelho e viu que tinha crescido bastante, não só seu corpo mas seu rosto parecia mais sério. Pra uma pessoa de 18 anos ela tinha já passado por muitas coisas, e agora talvez chegou a hora só de curtir.

"Parabéns a mais linda parceira de dança!" Era uma mensagem de Nick, ele não havia desistido dela, se via que depois daquele dia na sua casa ele tinha voltado a ser se de novo ele mesmo porque não lembrava do beijo e a final nem mesmo Julie lembrava.
Ela sorriu, a final Nick era e sempre foi legal pra ela. Ela escutou um barulho, o perfume dela tinha caído no chão.

Luke esperou Julie se arrumar e depois entrou no quarto, ela estava linda com o vestido preto e seus cabelos longos e enrolados caídos, seu sorriso ao olhar pro espelho, o perfume, enfim tudo.
Ele só não gostou o fato de Nick esta escrevendo pra ela, e não gostou o fato que ela sorriu então tentou jogar alguma coisa no chão mas não consigo seguiu, se concentrou e conseguiu jogar o perfume.
Ele riu quando ela olhou assustada, e olhou ao redor do quarto.

- Meu amor, não sorria assim pra Nick.. - ele disse sorrindo e olhando pra ela, como ele queria que ela visse ele naquela hora.
Ela então pegou o perfume o colocou de novo na penteadeira e se abraçou.

Ela sentia muita saudades de algo, mas não sabia o que era, com certeza era o carinha da música Perfect Harmony.
Mas agora era hora de esquecer um pouco toda essa história, e ir curtir a noite.

Flynn veio buscá-la, foram primeiro para um bar tomar um drink, e depois foram para Orpheum.

Elas sentaram em uma mesinha bem na frente, Julie não estava acostumada a beber por isso pediu somente um drink analcolico, e ficaram curtindo a banda que estava tocando quando alguém veio até ela e tampou seus olhos. As mãos que sentiu sobre si eram quentes mas pequenas: Nick.

- Parabéns Julie!! - ele disse sorrindo e a puxando para um abraço
- Hey Nick! - ela disse sorrindo - Obrigada!
- Você está linda! - ele falou olhando ela de cima pra baixo , enquanto isso Flynn ria com um amigo de Nick
- Obrigada! - ela repetiu
- Vai falar só isso? - ele disse em seu ouvido
- Você veio com Carrie??- Julie sabia que eles tinham voltado
- Não voltamos como todos dizem. - ele falou sério
- Ah, não sabia! - ela deu os ombros

Um música agitada começou a tocar
- Vamos dançar!! - Flynn disse puxando Julie e os meninos pra pista e eles ficaram ali dançando.

- Não consigo, ela está dançando com ele! - Luke disse dando um soco na parede do Orpheum!
- Calma! Você escutou Willie, ela tem que cantar de novo uma música e vamos conseguir de novo nos ancorar aqui.
- Eu sei, mas Nick está sendo uma distração pra ela! Ela não vai querer nunca cantar hoje na frente de todo mundo. - Luke falou olhando a cena de longe
- Com certeza deve ter algum fan nosso por aqui. - Reggie disse olhando ao redor
- Podemos fazer alguma coisa pra que eles vejam ela e peçam pra ela cantar. - Alex falou dando os ombros
- Ela não vai querer! - Luke falou certo
- Não custa tentar! - Alex completou - Ela precisa se ancorar a nós, pra lembrar de tudo, e nós precisamos nos ancorar nela para que ela possa nos ver.
- Sim Alex, ok. Então fala o teu plano. - Luke se sentou na cadeira perto do bar
- Vou escrever em um papel que Julie está aqui, e dar na mão daquela mulher da outra vez, ela com certeza vai correr pra pedir a Julie que cante ao menos uma música. - Ele falou escrevendo em um papel.
Luke não estava acreditando muito se ia dar certo esse plano. Mas não custava mesmo tentar.
Depois de terem deixado a folha com a mulher ficaram olhando pra Julie e Flynn curtirem o show que estava tendo. Nick e o amigo ficaram perto delas o tempo todo, mas as duas pareciam que estavam ali só porque uma tinha a outra, elas riam se abraçavam e dançavam juntas. Era linda a amizade delas, Luke até tinha esquecido quanto gostava também de Flynn, mesmo ela sendo contra o relacionamento com Julie, mas ele sabia que ela sempre iria está do lado da amiga , e isso o confortava.

- Elas estão indo embora.. - Reggie disse se levantando do sofazinho e olhou elas pegando as bolsas

Mas então a organizadora de eventos foi até Julie e os meninos se materializaram perto delas pra escutarem tudo.

- Obrigada pelo convite mas não estou mais em uma banda, não canto mais por enquanto!
- Que pena Julie! Você sempre será bem vinda aqui! - ela falou insistindo - Quer cantar só uma? Temos um piano
Julie olhou pra Flynn
- Vai amiga, por favor. Hoje é teu aniversário, curta teu dia. - Flynn sorriu
Julie não tinha nada a perder, seria a hora que ela tomasse coragem pra voltar pra música na frente de todo mundo! Ela sorriu e então concordou.

- Meu Deus, estou temendo olha! - Flynn disse
- Imagine eu!? Não sei mais como se faz isso! - ela disse rindo
- Teu talento é inato dentro de você, não importa se ficou esse tempo todo sem cantar, vai arrasar! - Flynn sorriu

Julie foi pra trás do palco onde estavam a banda e algumas outras pessoas, cumprimentaram ela dizendo que a música dela era muito boa cm a banda, ela agradeceu e começou a se arrepender de ter aceitado.
Subiu ao palco, se posicionou, e começou.

Ela não tinha pensando em qual música cantar quando aceitou, ela sabia que seria automático quando ela subisse ela saberia o que tocar e cantar.
Ela sentiu sua alma queimar dentro de si quando começou a tocar suas primeiras notas, ela faria uma versão mais lenta de Bright, sua música favorita dentro de si ela sempre cantava ela.

"Sometimes I think I'm falling down...I wanna cry, I'm calling out..." Ela começou a cantar e não acreditava que sua voz saia com tanta facilidade e amor, e liberdade.

Nesses 8 meses de escuridão ela achou mesmo que iria cair e não levantar mais, ela se sentiu perdida, se sentiu sozinha, mas ela tinha que lutar contra a escuridão agora. Era chegada a hora de ela levantar , se erguer e recomeçar.