XVII

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Era pra ter att ontem mas eu fiquei ocupada e esqueci de atualizar, a.




Boa leitura e perdoem os erros!!



















Dois meses depois. Fim da colheita.








Harry.






As temperaturas já estavam mais amenas e quase não haviam folhas nas copas das árvores, Louis dormia ao meu lado finalmente depois de uma semana longe dele.


Ele ressonava baixinho, dormindo um sono pesado depois da noite longa que tivemos, através da pouca luz que as lanternas proporcionam, posso ver suas costas brancas e as linhas das cicatrizes que se sobressaem na sua pele macia.

A cada dia que passa ele fica mais e mais confortável de me deixar vê-las, tocá-las, a cada dia que passa ele se liberta um pouco mais das sombras do seu passado deixando a luz entrar, é um processo lento mas, cada dia que o vejo sorrir sei que é uma batalha que foi ganha.


Traço uma linha que parte do ombro até quase o fim das costas com meus dedos acariciando sua pele, deixo beijos nas marcas do seu tormento mas, também é ao mesmo tempo são marcas da sua força de continuar vivendo sem jamais perder a doçura que há em seu coração, sem deixar que o ódio e a maldade entrassem em seu coração.

Não sabia que era possível porém, conforme o tempo avança e os meses passam me sinto cada vez mais apaixonado por esse garoto tímido que eu conheci em um matsuri a um longo tempo atrás.

Ele resmunga um pouquinho durante o sono e se mexe na cama virando o rosto em minha direção, assim eu posso apreciar um pouco mais de seu sono pacifico.

No tempo que passei cuidando do fim da colheita pelas nossas terras, dormir ao seu lado foi uma das coisas que mais senti falta, além é claro de todas as coisas que fazem o meu dia melhor e mais feliz só por estar com ele.

Como ver seu rosto sonolento ao acordar, seus sorrisos que estava mais e mais frequentes, seu cheiro ou a forma tímida com que demonstra seu amor, senti falta de todos os pequenos detalhes que compõem Louis formando uma linda pessoa.

Me sentia a pessoa mais feliz do mundo por tê-lo como minha família, ainda posso lembrar dos invernos frios na pequena vila próxima a fronteira na qual cresci, quando éramos só eu e okaasan Sora vivendo em uma pequena casa de madeira afastados do centro populoso e das casa quentes e abastadas de kamuna, desde que posso me lembrar sempre fomos somente ela e eu.

Quando era criança não tinha ideia de como o mundo funcionava ou de quão desigual o tratamento poderia variar se você fosse um ômega, okaasan Sora sempre fez de tudo para colocar comida na mesa e não me deixar passar frio mas, mesmo assim para a sociedade conservadora e hipócrita ela era uma vergonha para a sua família por ter tido um filho sem estar casada.


Por tudo o que vivemos e por tudo o que ela me ensinou eu me esforçava sempre para ser justo no meu tratamento para com os ômegas, eles já carregavam o pesado estigma de serem domados e submissos as castas mais fortes. Deixo os pensamentos sombrios irem embora conforme vejo Louis se aninhar contra meu peito passando seus braços ao redor da minha cintura.

O observo um pouco antes de começar a acordá-lo, ultimamente Louis anda muito sonolento e um pouco mais sensível que o normal.

Esse é o último dia da colheita, e também o dia no qual oferecemos agradecimentos aos deuses e fazemos um matsuri de fim de colheita.

Belong ||Larry Version|| ABOOnde histórias criam vida. Descubra agora