Cap.1

19 4 0
                                    

Meu nome é Rina Kutsuonagi, sou uma general de divisão (3º maior patente do exército). Perdi meus pais com 14 anos em uma operação militar no shopping center.

"Foi um erro. Sinto muito."foi o que me disseram quando acordei no hospital.

Era meu aniversário, fomos ao shopping para celebrar, em conjunto, a polícia começara uma perseguição(que acabou por ser uma emboscada) ali por perto. Os malfeitores esconderam 15 bombas no shopping e depois causaram uma baderna para chamar a atenção das autoridades e atrai-los para a emboscada.

Quando a polícia percebeu, com urgência contataram o esquadrão anti-bomba, mas infelizmente já não havia mais tempo o suficiente para desativa-las.

BOOM!BOOM!

Foi a única coisa que eu escutei antes de meu mundo se encher de desespero, medo e pânico.

Um grande bloco de concreto despencou. Mãe e pai me jogaram para frente e começaram a correr.

"Corra!" disse minha mãe instantes antes da lateral de seu corpo ser atingida por um fio elétrico que a arremessou para longe. Antes que ela pudesse pegar fôlego, um bloco enorme a esmagou. Meu pai nem estava mais ali.

Fiquei fora de mim, eu não sabia o que fazer, só chorei e esperei meu fim. Eu não podia fazer nada.

Senti alguém me puxando e abri os olhos. A figura estava borrada por causa das lágrimas mas parecia um menino pelo tom de voz e a silhueta.

" O que pensa que está fazendo?"ele perguntou. 

A pergunta (por mais que seja estranha, dada a situação), cutucou minha linha de raciocínio.

'O Que estou fazendo?' perguntei-me.

Sempre fui forte, nunca me acovardei ou baixei a cabeça para nada, então, por que faria isso naquela hora? Minha família nunca me perdoaria se eu me deixasse morrer de tal forma. Se for para morrer, que seja para morrer lutando.

'Calma.'

Precisava estar acalma.

' Serei forte, sem sentimentos desnecessários por hora. Limpar a memória e me focar. Certo.'

Em uma análise rápida, (fora eu e o garoto) existiam cerca de 6 outras pessoas. Todos correndo sem um destino concreto, apenas fugindo dos destroços. É óbvio que se seguisemos assim iriamos morrer.

Assim que me organizei mentalmente, tentei lembrar do mapa do shopping que ficava na parede da entrada. Por mais ruim que minha memória possa ser, funcionou.

Seguindo o mapa em minha mente, estavamos, mais ou menos, perto do parque infantil no segundo andar.

Não termos desabado era quase um milagre. Tentei achar uma escada ou porta de emergência olhando para todos os lados em quanto seguia o grupo.

"Tem uma saída alí!" Uma voz rouca e feminina soou, fazendo todos do grupo direcionarem seus olhos para a porta vermelha do outro lado da praça de alimentação.

Fomos em sua direção.

Estávamos perto, quando escutamos o barulho de uma lâmina rangendo. um pedaço de metal que estava grudado na tubulação dobrou e quebrou com o atrito de várias pedras enormes.

A lâmina foi disparada em nossa direção, em específico, para uma mulher atrás de mim. assim que percebi, chutei a mulher para trás(ação gerada pela adrenalina, sem um pingo de raciocínio) assim, me posicionando em seu lugar.

A dor era absurda. O metal rasgou carne e pele, formou uma linha agonizante que, saía da parte inferior esquerda do meu quadril e acabava em meu ombro direito. A voz rouca escapou-me pelos lábios, incapazes de impedirem meus lamentos.

Uma história mal contada- Por QHOnde histórias criam vida. Descubra agora