Capítulo Um

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Já estavam todos no aeroporto esperando o anúncio do vôo. No avião, entre uma brincadeira e outra, se conhecendo, se divertindo e se apresentando, afinal, maioria ali não se conhecia pessoalmente, ou então sequer tinham ouvido falar um do outro. O que acontecia com Flávia Alessandra e Otaviano Costa.

Os dois não haviam interagido nenhuma vez até uma certa confusão por conta dos sobrenomes, na chegada do hotel.

Ambos tinham o sobrenome Costa, por alguma falta de atenção, confusão, troca, ou algo que poderíamos até mesmo chamar de destino, tudo estava registrado como Sr. e Sra. Costa.

—Hey, você é o Otaviano Costa, certo? - Flávia o chamou por trás, sendo ignorada com sucesso, por conta de o mesmo estar ligado demais na conversa com um amigo. Nem tinha reparado no que houve.

O amigo de Otaviano fez um sinal para que ele virasse para trás. Ainda não tinham reparado um no outro desde Brasil, menos ainda olhado um nos olhos do outro, o que Ota fez questão de facilitar, ao tirar do rosto seu óculos de sol.

—Sou eu, sim. - o (ainda) moreno respondeu, assim que saiu do pequeno transe causado pela mulher que seus olhos acabaram de admirar. —O que houve? Aconteceu alguma coisa?

—Ahm... - com ela não foi diferente. Se perdeu em seus próprios pensamentos, mas resolveu não trazer isso à foco principal em sua mente. —É que como nós dois temos o "Costa" no nome, houve uma confusão e registraram como se fôssemos casados. Estou avisando por conta do quarto. Se você quiser ficar com ele, eu vejo com alguma das meninas se podemos dividir.

—Não, não tem problema. Pode ficar com ele, acertamos tudo isso depois, acabamos de chegar. - pareceu não se importar nada com aquilo, enquanto Flávia já queria saber das coisas para que pudesse organizar tudo: uma mania.

—Tem certeza? Porque eu já quero deixar tudo organizado. Não vamos ficar por muito tempo, mas é uma espécie de mania minha, em viagens.

—Entendo... mulheres! - riu de lado. —Pode ficar tranquila, eu me arranjo depois.

—Vê se nesse seu "depois" você não fica sem um quarto, viu? - piscou pra ele e saiu, sendo observada de rabo de olho pelo mesmo.

—Mulherão, hein? - cutucou o amigo, que por um grande milagre ainda não tinha saído dali.

—Deixa de ser rodado, Otaviano. - riu.

[...]

Depois de uma tarde de conversas, a noite chegou e todos esperavam ansiosamente pelo amanhã, onde se dava início ao cruzeiro e ao grande evento.

Otaviano não tinha se arranjado ainda, como sempre, deixou para a última hora e nem mais quartos haviam disponíveis.

—Mas que merda, hein Otaviano. - riu sozinho, de sua própria desgraça.

Quando estava a caminho do quarto de seu amigo, para pedir "abrigo" só por aquela noite, um dos funcionários do hotel o identificou como Otaviano Costa e lhe entregou a chave de um quarto.

A princípio, ficou sem entender nada, e comemorou a "sorte" de terem encontrado um quarto para ele. Julgou que alguém tivesse comunicado o problema — ou sua falta de atenção.

Ele abriu a porta do quarto e se surpreendeu com o quê, ou melhor, com quem encontrou. "A" Costa.

—O que você tá fazendo aqui? - os dois interrogaram, ao mesmo tempo.

—Ah. - Flávia Alessandra, o encarando, riu com a lembrança. —Ficou sem quarto?

—É... - riu também, um pouco sem jeito. —E acabou que não foi nem por reserva, mas também por nem quartos disponíveis terem mais.

My Only One - FlavianoOnde histórias criam vida. Descubra agora