Capítulo Dois

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Houveram discordâncias? Sim. Mas inacreditavelmente, tudo aquilo a que se propuseram a fazer juntos se saíram bem.

[...]

No último dia de cruzeiro pelo evento da grande rede de postos de gasolina, Flávia e Otaviano já haviam se tornado amigos. Já sabiam bastante um sobre o outro. Ela morava no Rio de Janeiro e ele em São Paulo. Ambos eram solteiros (para a felicidade de ambos também hehe) e Flávia Alessandra tinha uma filha de 6 anos, Giulia.

[...]

—Foi ótimo! - um dos maiores patrocinadores exclamou. —Vocês foram incríveis. Todos foram!

—Foi uma honra. - Otaviano sorriu, o cumprimentando, e Flávia repetiu o gesto.

[...]

—Isso aqui tá muito Titanic. - Otaviano riu, comentando, enquanto voltava com Flávia para os quartos do navio. E não, não estavam dividindo o mesmo quarto por lá.

—Credo. - Flávia se benzeu na hora.

—Relembre as partes boas do filme. - andou com ela para mais perto da ponta. —Vem. - estendeu a mão por detrás dela.

—Eu não acredito que eu tô fazendo isso. - lhe deu as mãos e ficaram como na pose dos protagonistas do filme Titanic.

—A frase. Fala. - Otaviano já estava completamente envolvido na brincadeira e totalmente embriagado pelo perfume perfeito de Flávia.

—Ah. - riu alto. —Estou voando! - quando estavam prestes a desfazer a pose, se olharam nos olhos por quase um minuto. Os olhares nem tampouco os rostos dos dois haviam ainda ficado tão próximos.

E antes mesmo que pudesse acontecer algo — beijo, Miguel chegou no local, e só se segurou com suas piadinhas depois que viu a cara de bunda de Otaviano por ele ter chegado lá.

—Nos vemos. - Flávia sorriu para os dois, e saiu.

—Puts... - Miguel resmungou.

—Custava esperar mais uns cinco minutos, cara? - deu um leve tapa na cabeça dele.

[...]

Eram músicas, bebidas, conversas, danças, risadas, brincadeiras. A descontração era grande naquele navio.

Os olhares entre Flávia e Otaviano já estavam gerando comentários entre os amigos deles, mas apenas entre eles. Ou Flávia olhava e disfarçava, ou olhava e ria, ou olhava, disfarçava e ria. Tudo ao mesmo tempo. Se considerou péssima nisso e, em alguns momentos, jurou que se pudesse colocaria sua cara num buraco para não reaparecer.

Miguel e os outros amigos de Otaviano o deixaram por um instante, e foi a deixa perfeita para que ele passasse a admirar Flávia sozinho, enquanto tocava a música Beautiful Day, de U2. Reparava cada olhar dela, cada sorriso, cada gesto.

Quando enfim só sobrou Cláudia ao lado de Flávia, foi como se todo o clima implorasse e o universo conspirasse, para que Otaviano a chamasse para dançar. Quando ela o viu vindo em sua direção, pensou consigo mesma se tudo aquilo estava muito clichê, mas deixou de se importar com aquelas ideias quando ele a cumprimentou, e Cláudia simplesmente se afastou dela também.

—Quer dançar? - riu, estendendo a mão para ela, que riu.

—Que cavalheiro! - achou graça na cara dele e do quão sério fingia estar.

Como a música que ainda estava tocando não era tão calma, aproveitaram para dançar tranquilamente, e Otaviano segurou a vontade que tinha de dizer que a olhava o tempo todo, e como ela estava completamente linda.

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⏰ Última atualização: Oct 09, 2020 ⏰

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