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Kihyun suspirou ruidosamente, mal havia entrado na própria casa e tido tempo para relaxar um pouco, quando recebeu uma mensagem de seu pai

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Kihyun suspirou ruidosamente, mal havia entrado na própria casa e tido tempo para relaxar um pouco, quando recebeu uma mensagem de seu pai.

'Precisamos conversar'

Era sempre assim, Kihyun já sabia o que provavelmente o senhor Yoo queria conversar. Iria falar sonre as responsabilidades que Kihyun teria que assumir, sobre empresa, negócios e várias outras coisas que o mais novo sempre disse que não tinha nada haver. Porém, Yoo Jongin era um cara que não entendia as coisas facilmente. E só de pensar que teria sua noite estragada mais uma vez, depois de um dia tão divertido, quase fez com o que o Yoo tivesse mais um de seus pequenos surtos de raiva.

Pegou um casaco bem mais grande e fofinho, pegou uma bolsa e pendurou sua câmera preferida no pescoço, pois, decidiu ir à pé já que a casa do pai era perto dali, e Seoul que estava quase no inverno já se demonstrava bastante fria e encantadora.

O Yoo mais novo caminhou por alguns minutos até chegar à mansão do pai, foi ao interfone e esperou que Jongin permitisse sua entrada, quando os portões se abriram Kihyun entrou quase que apressadamente para saber qual seria a discussão da vez, para que pudesse ir embora outra vez.

—Olá, filho. —Jongin cumprimentou assim que Kihyun entrou na sala de estar, vendo o mais velho sentado em uma das grandes poltronas da casa.

—Oi, pai. — O mais novo sentou em um sofá, querendo que o pai prosseguisse com o assunto.

—Bem, Kihyun. Você já deve saber porque te chamei aqui.

—Provavelmente...

—Kihyun, não seja infantil, você é meu único filho e sabe que logo vou me aposentar. Preciso de você para assumir a empresa.

—Pai, o senhor sabe o que já disse, não quero ter que repetir tudo novamente, você pode entregar a empresa para o Jeonghan. — Kihyun suspirou se encostando contra o sofá, mencionando o primo mais velho que já era o vice-presidente da empresa dos Yoo.

—O que você acha que irão pensar? Você é o meu filho, você que deveria assumir, pra que irá servir o que aprendeu com a faculdade de administração?

—Vai servir para quando eu abrir minha própria empresa, e nem adianta falar nada sobre isso, o senhor praticamente me forçou a fazer essa faculdade.

—Você não deve abrir sua enpresa, deve assumir a da família, por quê não entende de uma vez?

—E por quê o senhor não entende de uma vez que não quero ser dono de uma empresa, que isso não é em que eu quero trabalhar para o resto da minha vida? — Kihyun lutava contra a vontade de ir para a própria casa, antes de sequer resolver as coisas com o pai.

—Isso é ridículo, sabe que fotografia nunca vai te dar muito dinheiro, e status na sociedade.

—Não dou a mínima para dinheiro e muito menos para status, o senhor sabe que sempre quis ser fotógrafo.

—Você pode ser, como um passatempo. Tenho certeza de que já é maduro o suficiente, para saber que seu lugar é na empresa. Não te criei tão bem para me decepcionar agora, que mais preciso de você. — E então Kihyun irritou-se mais, o pai já estava começando a apelar para chantagem emocional.

—Papai... De verdade, eu não quero a empresa.

—Por quê? Me dê bons motivos, porque não aceito isso, vai deixar eu dar a empresa para Jeonghan e perder tudo que pode conquistar algum dia? Me poupe, Kihyun.

—O senhor fala que eu fico causando discussões, mas olha só quem está falando que nem uma criança.

—Não me falte o respeito. Você está querendo ser fotógrafo por quê? Por causa daquela idiota que você nem ao menos deveria chamar de mãe? — Jongin cerrou as sobrancelhas, seu rosto irritado por ter que mencionar a mulher que mais lhe causou dor na vida.

—Papai não vamos falar sobre isso...

—Tenho certeza de que é por isso, espera ai... — O mais velho se colocou de pé, e num instante estava na frente de Kihyun, que arfou em surpresa quando sentiu a câmera que estava em seu pescoço, ser puxada para longe. —Essa câmera... Essa câmera era dela não era Kihyun? O que você faz com isso?

—Me devolve, isso é a única coisa que tenho dela, e foi a vovó que me deu quando a fui visitar. Ela disse que minha mãe deixou para mim.

Porquê mesmo que a senhora Minji o tivesse deixado logo que nasceu, continuava sendo sua mãe, e Kihyun ainda queria descobrir se tinha algum motivo para o que ela fez, ou se apenas o odiava desde que estava em sua barriga. Mas a segunda opção não fazia sentido, para que ela iria deixar sua câmera preferida nas mãos da mãe, afim de que a mais velha entregasse para Kihyun quando este já estivesse com idade o suficiente para aprender a manuseá-la?

—'Minha mãe' Do jeito que você fala parece até que prefere ela do que à mim, parece até que foi ela quem cuidou de você por todos esses 23 anos. — Kihyun evitou olhar nos olhos do pai, porque não queria ver a tristeza que deveria estar estampada neles, naquele momento.

—Para com isso, vou ser fotógrafo por que eu quero, mas também queria saber da minha mãe, não entendo porque o senhor se recusa a dizer.

—Não, só de lembrar dela me dá raiva, e não quero que lembre também. — Kihyun levantou-se de supetão quando viu sua câmera preferida, a única lembrança que tinha da mãe, sendo jogada no chão e quebrando em vários pedaços.

—Por quê fez isso?! Pai, não acredito que o senhor a quebrou... — O mais novo sentiu seus olhos enchererem, correndo juntar os pedaços, segurando contra o peito e afastando-se de Jongin que o olhava com total descrença.

—Só quero voltar a falar com você quando finalemmte entender onde deve estar, e pare com essa vontade idiota por causa daquela mulher! Se ela fosse sua mãe, estaria aqui ao nosso lado. — Kihyun nem ao menos terminou de ouvir tudo que o homem tinha a falar, colocou todos os pedaços da câmera na sua bolsa e saiu correndo para fora da mansão.

Só percebendo que estava chovendo ao sentir as gotas geladas caindo fortemente contra sua pele. Mas isso não mudou a vontade que tinha de poder chegar na própria casa, e chorar o quanto pudesse.

Olhou para a rua e não viu nenhum táxi por perto, sem pensar mais acabou decidindo ir na chuva, não iria mudar muita coisa de qualquer forma. O mais novo olhava para os lados e via as pessoas por perto correndo com seus guarda chuvas paar chegar em algum lugar onde pudessem sentir-se quentes e seguras, mas Kihyun não conseguia saber onde seria esse lugar para si. Caminhando lentamente, percebendo que quando chegasse em casa não teria ninguém o esperando, e não iria incomodar Minhyuk aquelas horas, passava as mãos levemente pelo rosto às vezes, apenas para que pudesse enxergar melhor, já que não teria sentido algum enxugar o rosto enquanto o corpo continuava totalmente encharcado.

Quando finalmente chegou em casa, jogou sua bolsa em algum canto qualquer, e jogou-se no sofá desejando que o estofado macio o puxasse para dentro e diminuisse toda a melancolia que sentia naquele momento.

♥︎ 。

Percebendo aqui que esse capítulo soou bem mais dramático do que eu queria, mas faz parte.

De qualquer forma, espero que tenham gostado e até o próximo!❤

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