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7 anos depois :

Josh Beauchamp

-Papai! Papai! Papai ! - A voz aguda de Jany ecoava forte pelos corredores da casa , e em questão de segundos pude a ver a minha pequena Jany , assim que ela entra em meu escritório correndo.

-Oi minha princesa...- Me levanto da cadeira e assim eu pude pegar a minha princesa no colo. _ Como foi o primeiro dia de aula no segundo ano ?

-Muito legal ! - Ela abraça meu pescoço e deposita um beijo em minha bochecha , uma mania que ela tem desde muito cedo.

-Se a sete anos atrás alguém me dissesse que eu amaria uma criança mais do que tudo no mundo eu riria como se fosse a melhor piada do mundo , e duvidaria até o fim. Mais como diz o ditado " nunca diga nuca" Jany e tudo que eu tenho , tudo que eu quero para viver, minha filha , meu Porto Seguro. Eu me lembro até hoje do quão assustado e arrasado eu tinha ficado quando eu me vi sozinho com um bebê em minhas mãos. Eu não sabia o que fazer , eu não tinha experiência , eu pensava que a qualquer momento eu iria surtar ou deixar na adoção. Foram muitas noites mal dormidas, muitas crises de choros de Jany , e toda vez que ela chorava de cólica eu sentia uma dor de culpa me consumir. Eu me sentia inútil e incapaz , e tudo isso por não conseguir cuidar de um bebê. Mais hoje em dia eu me sinto orgulhoso por ter chegado até aqui , por não ter desistido dela , que mesmo na época eu não ter experiência eu continuei a cuidado e a amando cada vez mais. Tantas coisas aconteceram durante esses sete anos ..

Flashback on :

     -A mãe desse bebê ! - Aponta para a minha filha

-Como e que e ?!

-Em questão de segundos eu já me via correndo pelo longo corredor branco do hospital , com a menção de encontrar o quarto 365 , eu tentava acreditar que aquela enfermeira estava enganada , que ela apenas se confundiu de pessoa , que ela não estava se tratando da Any , a que a cacheada que sumiu não é a minha Any. Isso não pode acontecer! Ela não pode ter fugindo ! Any seria incapaz de abandonar um filho , ela podia estar com medo , mais isso ela não faria. Minha Any não faria isso. Essa enfermeira apenas se confundiu , ela não esta falando da Any , isso não pode acontecer de jeito nenhum ! 

-Entro brutalmente no quarto procurado, e assim vendo a cama do lugar vazia. Sinto meu coração palpitar como nunca , eu não podia estar vendo aquilo ! Isso não faz sentindo nenhum ! Onde ela pode ter ido ? Ela estava em repouso , ela não conseguiria sair daqui sozinha. Meu Deus do céu , me diz que isso é só um pesadelo e que vou acordar percebendo que tudo isso não passou de um simples pesadelo? Meu rosto demostrava total pânico e ao mesmo tempo confusão e medo , eu estava com medo do o que poderia ter acontecido com ela , eu estava confuso por não entender de como isso foi acontecer, e pânico por agora eu me imaginar sozinho com aquela criança! Eu não tenho experiência com nada disso ! Será que eu nunca vou ter paz ..?

-Minha primeira opção foi começar a vasculhar o quarto , eu encarava todos os cantos tentando encontrar alguma simples pista , nem que seja pequena. Minha cabeça já estava cheia o suficiente para que mais isso aconteça , passo a mão no cabelo sentindo meu corpo mole e sem forças e minha cabeça doendo horrores como nunca. Encaro novamente os cantos e assim me dando de cara com a janela aberta ! Me apresso até a janela , e encarando o exterior e assim não obtendo nada , além de uma simples vista da rua. Mais porque está janela esta aberta ? As janelas sempre tem quem estar fechadas !

-Porra ! - Chuto forte a parede me sentindo cada vez mais sem forças para qualquer coisa. _ Porra Any ! Onde você está ?!  - Eu andava de um lado para o outro no quarto, com as minhas mãos posicionadas em meu quadril , tentando me acalmar , mais isso é tudo que eu menos tenho agora.  O barulho de telefone tocando ecoa pelo quarto e assim sinto algo vibrar em minha calça e puder tirar rapidamente o objeto de meu bolso , com a esperança de ouvir a voz da cacheada..

ᴇsᴄᴏʟᴀ ᴅᴇ ᴍᴀғɪᴏsᴏs. Onde histórias criam vida. Descubra agora