1.Uma onda

503 65 50
                                    

Olha quem chegou com coisa quentinha saindo do forno???

Boa leitura pessoinhas ♡♡♡

~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~

Cap 1

Após uma viagem longa de horas, finalmente estou em Maui, no Havaí.
O clima é quente, como eu imaginava, as planícies são belas e a vista é incrível.
Como vim aqui para estudar, estou num bangalô próximo a praia. Fica à menos de um minuto do mar.

.

-Bom sr. Kim, espero que esteja bem alojado, a palestra sobre biologia marinha começa às seis horas, até lá! -diz a moça que faz parte do programa no qual me inscrevi e fui recrutado para estudar a vida marinha.

-Muito obrigado, srta. Lee. -com um breve aceno ela some pela porta.

Desfaço minha pequena mala e me jogo na cama. Dez horas da manhã marca no relógio colorido a minha frente.

A decoração é típica e muito aconchegante.
A uma cama, um sofá pequeno, uma TV, um banheiro com banheira no chão, a cozinha ao lado do quarto, tudo junto. O bangalô tem madeira em quase toda sua construção.
Na parte da pequena varanda tem uma rede cor amarela e uma escada que dá para areia da praia.

Levanto pensando se não devo dormir, a viagem foi cansativa e preciso estar atento a palestra mais tarde.

Encaro o mar lá fora e não consigo dizer não.
Tomo um banho rápido e mudo minhas roupas.
Uma bermuda azul e uma camisa brana. Calço meu chinelo, pego meu óculos de sol, o chapéu, um pequeno bloco de notas, caneta, as chaves e o celular. Guardo tudo na pequena bolsa e saio.

.

Cada passo que dou pelos limites da praia, mais bonito e agradável sinto que é o lugar.
Vejo pássaros ao longe e aproveito da brisa fresca, que leva embora um pouco do calor.

Me aproximo dos arrecifes, já que a maré está baixa, para procurar por caranguejos.
Após estudar biologia marinha, adentrei no curso de carcinologia, que estuda os crustáceos, mas o meu interesse sempre foi apenas nos caranguejos, porém tenho que aprender de tudo para estar nesse ramo.

Não demora até encontrar vários caranguejos pequenos, de várias coisas diferentes.
Enquanto os observo, anoto no bloco tudo o que percebo sobre eles, um pouco do comportamento, as cores, o jeito que andam, o tamanho e demais coisas que alego ser importante.

Após alguns minutos começo a ficar com mais calor, então sinto que é minha deixa para voltar ao bangalô ou quem sabe andar pelo hotel onde seria a palestra. Quem sabe comer algo típico da ilha.

Me afasto dos arrecifes, dando tchau aos meus companheiros marinhos e sigo pela água, que já não está mais tão rasa quanto quando entrei, as ondas pequenas batem na metade da minha perna.
Aproveito da água fria para me sentir mais refrescado.

Continuo saindo do mar enquanto as ondas vem, e uma delas me acerta em cheio, me fazendo cair.

Sinto a água me ensopar completamente, levanto em desespero segurando a bolsa no alto, e em seguida abrindo a mesma, vendo a água sair por todo lado, sentindo alívio por lembrar que guardei meu celular dentro de um plástico.

Sinto o lado do meu corpo doer e ao me virar, percebo que não foi apenas uma onda que me acertou.

-Que tal um pedido de desculpas? Eu sinto muito, não vi você... -os olhos azuis me encaram e um sorriso breve adorna os lábios do rapaz a minha frente.

O rapaz bronzeado tem cabelos loiros, estes que estão molhados e jogados para trás, mostrando sua testa.
Ele veste um wetsuit* vermelho enquanto segura sua prancha também vermelha, onde tem um avião verde desenhado no meio.

"Peculiar..."
Não deixo de pensar.

Percebo a confusão em seu rosto, então noto que não o respondi.

-Pedidos de desculpa são bem vindos... -murmuro endireitando minha postura.
-Olhe por onde surfa, da próxima! -tento sorrir, mas sinto desconforto, porque dói.

Ele acaba por rir do que falei e mesmo chateado, não consigo ficar irritado com ele, não como eu deveria.

-Eu vou lembrar disso. Realmente sinto muito, me chamo...

-Não me diga seu nome. -retruco dando um passo pra trás.
Ele faz um breve bico e franze a testa.

-Não quer cobrar quem te causou problemas? -nego com a cabeça.

-Tchau! -digo enquanto corro pra longe dele, sem olhar pra trás. Meu coração palpita de modo diferente e sinto uma euforia estranha e boa.

Sim, eu queria saber o nome do "olhos azuis", mas se tivermos que nos encontrar novamente, isso será um sinal que ele deve estar, de alguma forma, ligado à mim e então eu poderei cobrar o estrago que ele causou ao me derrubar como uma onda.

*roupa de borracha para praticantes de esporte aquáticos, ou qualquer coisa na água.

Meu amor das Ondas (KNJxJHS)Onde histórias criam vida. Descubra agora