Eu Quero Você

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Paguei o dobro da passagem para ir embora naquele dia. Oh Deus. O que eu não faço por essa mulher! Não consegui encontrar ninguém no aeroporto. Até porque fui conseguir um da madrugada.

Sentei em uma poltrona do lado de uma mulher. Parecia conhecida.

— Vanessa? — Céus era aquela mulher.

— Oh... Amor, aaah que saudade — ela quis me abraçar. Tentei afasta-la.

— Caham. Vamos decolar — a aeromoça disse. Eu só passo vergonha.

O que essa mulher, está fazendo aqui? Estou sendo perseguido?

— Já arrumou uma namorada de aluguel? — ela disse baixo.

— Eu estou com uma namorada de verdade — falei. — Aquilo lá era só uma brincadeira. — Tentei inventar algo. Se isso se espalhasse eu estaria ferrado.

— Ah sei. Eu ainda estou disponível — falou.

— Ok! Mas não vou precisar.

— Se precisar, toma meu cartão — ela falou.
No cartão estava escrito "Vanessa, prazer pra todos os gostos". — Eu não queria ter entendido.

— Ok — falei.

Ela queria conversar, e eu tentava responder sempre o mais imparcial possível. Se eu dissesse um pouco a mais, ela não sairia do meu pé.

Ela acabou dormindo. Depois de ter contado sobre seu último trabalho. Foram quase doze horas ao lado de Vanessa, de certa forma, me simpatizei com ela.

Assim que cheguei ao aeroporto e Vanessa me deixou em paz, fui para o meu apartamento.

Eu não tinha ideia de onde Camila morava. Eu só tinha seu número.

Quando entrei no apartamento, lá estava Lucas caído no sofá. Bêbado. Eu mereço mesmo.

— Lucas, acorda cara — falei dando tapinhas no seu rosto.

— Eu quero me casar — Lucas falou do nada. E acordou tossindo.

— Poxa cara, você está mal hein.

— Luis? O que você está fazendo aqui?

— Ué. Eu moro aqui. Depois de todo aquele fuzuê que você causou. Glenda veio atrás com a Camila, e eu tive que vir.

— Nossa! A Camila não apareceu aqui.

— Estranho. Ela parecia estar disposta a vir atrás de você.

— Ela deve estar fazendo doce — Lucas resolveu não se preocupar.

— É, pode ser. Agora vai lá tomar um banho gelado. Você está fedendo a álcool. — Disse. Enquanto isso fui até a cozinha. Fucei nos armários, tinha café e mais nada. Resolvi sair para comprar algo.

— Lucas estou saindo pra comprar comida! — Gritei perto do banheiro. Peguei minha carteira e me dirigi até a porta. Assim que a abri, vi Camila parada.

— O que está fazendo aqui? — Camila questionou.

— É a minha casa — respondi.

— Ah tá, como se eu não soubesse. — Disse nervosa. — Onde está o Lucas?

— Tomando banho.

— A Glenda passou mal e está no hospital.

— É grave? — Fiquei preocupado.

— Não. Foi só um susto. Ela vai ficar bem — ela respondeu.

— Que alivio. Você está bem? — Questionei.

— Sim. — Ela se deteve em dizer só isso.

— Não vai me dizer mais nada?

— Sim. Nosso acordo está desfeito. Então, não precisa me pagar, ok? Avise ao Lucas sobre o que aconteceu.

— Camila, para com isso — falei e a segurei pelo braço.

— Você vai me machucar — ela falou tentando se soltar.

— Só vou te machucar, se você não parar quieta.

— Ok. O que quer?

— Quero que conversamos como adultos. Pare com essa graça e me fale o que aconteceu.

— Tudo bem.

Finalmente eu consegui. Eu não sei o que poderia ter acontecido para Camila estar tão nervosa comigo. O que eu fiz? Talvez ela tenha escutado minha conversa com a Vivi. Mas eu não havia feito nada demais.

— Entre, por favor — falei. Camila entrou e eu corri para tirar a bagunça do sofá.

— Então. Pode falar — ela disse.

— Eu quero que você fale. O que aconteceu para você sair daquele jeito da minha casa?

— Eu vim para acompanhar a Glenda — ela não estava a fim de abrir o jogo.

— Eu sei que não é só isso.

— Simples. Eu deixei você livre. Agora que a Vivi também está — falou.

Por que as mulheres complicam tanto?

— Camila. Se isso é ser livre, eu não quero liberdade. Eu quero você. Dá pra entender isso? Qualquer coisa que eu tenha sentido pela Vivi. Não existe mais, tudo bem?

— Isto é sério?

— É claro que é serio.

— Ela te beijou — falou.

— Ela beijou meu rosto. Foi um adeus dela Camila. Nada demais.

— Sei.

— Menina teimosa. Olha pra mim — falei. Ela olhou nos meus olhos. Seu rosto era tão bonito. — Eu quero você — falei. Dito isso, e antes mesmo que ela corresse. E segurei. E beijei sues lábios. No começo ela parecia querer resistir. Mas logo se acalmou.

— Te odeio — ela disse no final e depois riu.

— Eu sei — falei.

Certo. Situação resolvida. Mas sinceramente hein. Não era mais fácil ter conversado antes. Tsc, tsc. Mas eu entendo. Minha mãe é assim como meu pai. E a Glenda é assim com o Lucas, agora tá meio ao contrario né.

— Vamos ver a Glenda — falei. Levantei-me e corri para chamar o Lucas.

— Lucas sai logo do banheiro madame!

Ele abriu a porta.

— A Glenda está no hospital — tratei logo de dar a noticia.

— Por que não me falou ante? Droga! — ele disse e já saindo correndo.

— Antes trate de por uma roupa — falei. Ele se tocou que estava só de toalha. Assim que Lucas estava pronto nós saímos.

— Caramba eu não devia ter brigado com ela. — Lucas se culpava.

— Calma cara, ela deve estar bem — tentei acalma—lo. Poderia ser em vão, mas era uma tentativa.

Camila estava de carro, então já estávamos certos para ir.

Aluga-se Uma Namorada | Lumila Adaptation [✔︎]Onde histórias criam vida. Descubra agora