Fique Comigo

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Quando chegamos ao hospital, atordoado Lucas já havia corrido para saber em que quarto Glenda estava.

Era mais fácil perguntar a Camila, mas a pressa era tanta que ele mal conseguia respirar.

Assim que o Lucas se acalmou, nós podemos ver a Glenda, ela estava em observação.

— Ela teve um mal estar, conferimos a pressão dela, checamos se tudo estava bem com o bebê. Ela está ótima. — O médico disse.

— Obrigada doutor — Lucas disse.

Glenda estava deitada na cama lendo uma de suas revistas.

— Que bom que veio — Glenda sussurrou.

— Eu fiquei preocupado — Lucas aproximou-se dela.

— Desculpa — Glenda pediu.

— Eu te amo, não consigo ficar chateado com você — Lucas estava quase chorando.

Senti naquele momento que era bom deixá-los a sós. Eu e Camila fomos tomar um café enquanto isso. Pedimos dos cafés expressos. Nós dois não tínhamos dormido muito. Sentamos perto da janela, o tempo estava ótimo.

Enquanto mais meu coração fica próximo dela o mundo começa a se tornar mais bonito.

— Então, agora que eles vão se acertar, por que você não vem morar comigo? — Questionei a Camila. Ela quase engasgou com o café.

— Morar juntos? — Ela quis perguntar para ter certeza se eu tinha perguntado isso.

— Sim, eu quero ficar com você. Por que não?

— Oh, isso é tão repentino.

— Sim. Eu não tenho dúvidas. Não quero que você fuja de mim.

— Eu não vou fugir de você.

— Eu quero ter certeza disso.

— Eu... Não sei o que dizer...

— Fique comigo — pedi.

— Não precisa pedir duas vezes — ela disse. E se inclinou na mesa para me dar um beijo.

Eu não poderia ser mais feliz.

Mais tarde, quando Glenda saiu do hospital percebi que ela e Lucas já tinham se reconciliado. Fomos para o meu apartamento comemorar. Pedimos pizza e nos reunimos para conversar.

— Até que enfim todos nós nos resolvemos — Camila disse.

— Sim, até que enfim — concordei.

Lucas e Glenda sorriram.

— Temos algo a contar pra vocês... — Ela disse.

— Sim... — Lucas falou. Até imaginava o que era.

— Nós vamos nos casar — Glenda falou. Lucas finalmente conseguiu.

— Aeee finalmente você se rendeu Glenda — Camila disse animada.

— Sabe como é, é difícil não se render aos meus encantos — Lucas se gabou. É claro que todos gargalharam em seguida.

Estávamos felizes. E eu senti que ia durar por muito tempo.

Mais tarde eu não deixei Camila ir para a casa dela.

— Você não vai escapar de mim — eu disse.

— Eu não planejava escapar.

— É bom mesmo — falei e a enlacei pela cintura a puxando para meu quarto.

— O que você está querendo? — Ela questionou já sabendo a resposta.

— Você — eu disse. Ela sorriu e me beijou. Nossos lábios se encaixaram, minhas mãos acariciaram seu cabelo.

Quando ela olhou para mim, foi com tal desejo óbvio que eu sabia que podíamos continuar com isso a noite inteira.

— Você é inegavelmente sexy — falei.

— E você é inegavelmente perfeito pra mim — ela disse.

 
Cinco anos depois...

 
— Lucas faz o favor de controlar os meninos — Glenda gritava. Ela havia tido gêmeos. Eram umas pestes.

Estávamos reunidos no fim de semana para comemorar o casamento de dois anos da Glenda e do Lucas. O meu e da Camila já estava marcado para a próxima semana. Eu estava um pouquinho tenso com isso.

— O que eu posso fazer se eles são como você? Não me ouvem — ele retrucou.

— Eu ajudo — Camila falou. Desde que começamos a morar junto minha vida era completa. Camila estava terminando a faculdade e estava muito feliz com tudo. Meus pais estavam felizes também, logo eles seriam avós.

Sim, íriamos ter uma filha.

Gabriel também estava com alguém. Era um cara bonitão. Finalmente ele assumiu ser gay. Espero que ele acerte dessa vez.

Cortamos o bolo e as crianças se lambuzaram. Mais tarde Glenda conseguiu colocá-los para dormir. Eles eram a cara do Lucas. Coitados.

— Eu e a Camila vamos sair para fazer umas comprinhas. Se os meninos acordaram, cuidem deles ok? — Glenda mandou.

— Claro amor — Lucas disse. Éramos mandados por essas mulheres. Ela deu um beijo no lucas e a Camila me deu um beijo também.

— Então o que faremos agora? — Lucas indagou.

— Essas mulheres sempre escapam para comprar. — Reclamei.

— Já sei, vamos ver o sexto sentido — Lucas sugeriu. E lá fomos nós ver esse filme pela enésima vez.
 
É claro que não podia faltar a ceninha:

"Eu vejo gente morta..." Lucas diz.

"Com que frequência?" Pergunto.

"Todo tempo" Diz Lucas sussurrando.
 
Depois rimos feito idiotas.

Fim...

Fim

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Aluga-se Uma Namorada | Lumila Adaptation [✔︎]Onde histórias criam vida. Descubra agora