Nas linhas da sua vida - Último capítulo

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TaeHyung foi jogado na rua pelos seguranças do prédio. Em instantes ele se levantou-se e bateu suas roupas sujas de poeira acinzentada. Berrou insultos para as personificações dentro do prédio e não se sentiu constrangido por todas as pessoas a sua volta estarem o encarando.

Decidido a ir embora por si só, seguiu rumo a uma ruela, procurando uma saída daquele lugar. Depois de ter andado por alguns bons minutos, sentiu que estava sendo perseguido. Virou-se algumas vezes para ver o que era, quem era, mas não via ninguém, até que se chocou contra um tronco duro. Encarou aquele homem alto e suspirou surpreso. O Karma.

Ele sorriu sarcástico e pôs as mãos atrás do corpo. Sua postura perfeita.

- Volte ao passado.- Murmurou demoradamente. O loiro franziu o cenho. - Volte ao dia que quer esquecer com todo o seu ser. Vamos ver quem o prende aqui, hm?- E apontou o indicador em sua testa. Kim sentiu suas pernas ficarem moles e a visão escureceu.

Se viu sentado no banco do motorista. Sua cabeça doía por causa da bebida e ele a escondia entre os braços algumas vezes para tentar fazer a dor passar. Numa dessas vezes em que abaixou, sentiu um baque no capo do carro. Encarou a sua frente não viu nada, desceu do carro e observou o corpo a alguns metros do veículo. Um jovem rapaz, sua cabeleira negra manchada do sangue que escorria do corte em sua cabeça.

Em alguns segundos, sua coordenação motora estava de volta. Ele abriu os olhos e correu para a direção oposta a onde ia anteriormente.

[...]

JungKook suspirou novamente. Sentia-se um pouco confuso. Sabia que o outro tinha razão, mas algo em si o dizia para continuar tendo esperança, mas agora, de fato, não adiantaria de muita coisa, estava ali já faziam anos, era melhor desistir. Ouviu passos atrás de si, e virou-se para ver o motivo de toda a correria naquele lugar tão calmo.

TaeHyung corria em sua direção. Parou ofegante em sua frente e depois de ser observado por alguns segundos, o Jeon decidiu que não queria mesmo ter aquela conversa. Levantou e virou de costas, sendo segurado pelo loiro; quando virou-se para ele de novo, ele ainda o encarava cansado, em seguida, ajoelhou-se no chão de pedras e curvou o tronco até quase atingir o chão com a cabeça.

- O que está fazendo, Kim? Levante!- Exclamou encabulado com o ato do mais alto e passou a olhar para os lados para ver se tinha alguém que podia ver essa cena constrangedora.- Pare com isso, levante agora!- O puxou para cima na tentativa -frustrada- de deixá-lo de pé novamente.

- Me... Me desculpe... Desculpe...- Ele murmurou, sua voz soando abafada pela posição.

- O que?- Bem, desculpá-lo? Claro que poderia, tinha até certeza de que sua espera não valeria mais a pena.

- Me perdoe por ter te atropelado... Eu não vi, juro que não vi você... Eu tinha bebido...- Falou um pouco mais alto e o corpo do moreno travou momentaneamente. Flashes invadiram suas lembranças e ele visualizou os faróis do carro, sentiu o impacto e viu um rosto no lado do motorista. TaeHyung.

Seus olhos arderam, e ele finalmente entendeu o que era ter sua liberdade. Suas pernas ficaram moles e ele tombou para a frente, caindo de joelhos de frente para o Kim, que dessa vez se moveu para ampará-lo para que não se machucasse. JungKook ergueu a mão e o atingiu com um tapa no rosto. E depois outro, e mais outro, o arranhou com suas unhas, o empurrou com força, esmurrou seu peito, deixou-lhe marcas de agressão pelo tronco e braços.

- Desgraçado! Desgraçado! Por que não me ajudou? Por que não me levou pro hospital?- Gritou e questionou, ainda o rasgando a pele dos braços e deixando roxos pelos empurrões. Ele não se moveu.- Se tivesse me ajudado eu não teria passado por tudo isso! Se tivesse me levado pro hospital eu não estaria aqui, entende? É tudo culpa sua! Seu Irresponsável!

TaeHyung não se mexeu. O deixou usá-lo como saco de pancadas. Queria sentir doer, queria que ele o batesse, queria que ele o rasgasse a pele, queria que ele descontasse sua raiva no real culpado. O Jeon ainda se debateu por mais algum tempo, antes de cansar e finalmente se recostar no banco da praça, ainda sentado no chão. Fungou um pouco e encarou o loiro, que permaneceu naquela posição que com certeza o deixava vulnerável e desconfortavelmente dolorido. Recolheu do bolso um lenço azul-claro e o usou para pressionar o lábio ferido do Kim.

- Desculpe... Eu não devia ter te batido...- Pediu, pressionando o ferimento mais algumas vezes até ver que parou de sangrar.- Desculpe...

- Você vai me perdoar?- Kim perguntou e se sentiu leve quando os olhos do outro brilharam num sorriso.

- É claro que vou.- Sentiram algo estranho. Suas mãos começaram a ficar dormentes, esta que se espalhou por todo o corpo. Sumira numa névoa esbranquiçada.

[...]

Havia uma comoção no hospital. Dois pacientes em estado vegetativo haviam acordado há pouco mais de uma hora, deixando seus familiares e médicos muito felizes.

- Viu só, eu disse que daria tudo certo, não disse?- A mulher de branco se gabava enquanto prendia os cabelos escuros com uma caneta tinteiro dourada.

- É claro, foi você quem escreveu essa história, já sabia os rumos que ela poderia tomar.- O homem de azul encostou-se na mesa da mulher e ela lhe sorriu brilhante.

- Ah, mas sem Tempo, essas coisas não podem ser possíveis, certo?- E riu.

- Sua chantagista.- Ele também riu.- Mas e agora? Vai ficar tudo bem mesmo?- Ele olhou além da janela e cruzou os braços fortes.

- Bem, só depende deles agora, afinal, eu só dou a opção, você quem escolhe sua sina.


YYAAAHH! Ufa, hahah

Bem, esse foi o último capítulo, eu avisei que seria curtinha. Desculpe se o final ficou meio ruim, mas é que eu meio que perdi o primeiro, então tive que reescrever tudo, quase nunca fica bom quando se reescreve na pressa, então, paciência! Perdoe os erros, fiz na pressa mesmo! 

Pode me xingar por ter demorado, mals!

Se você gostou e quer ver mais estórias como essa, é só favoritar e comentar. Lembra, more, só se quiser, tá? As vezes me dá um negócio e eu escrevo.

Beijos!!

Nas Linhas D(a) DestinoOnde histórias criam vida. Descubra agora