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- (...) As roupas brancas aqui são usadas como um tipo de aceitação, todos aqui abertos para a família Paradiso.

??

- Beleza, é o seguinte... Me fodi, acho que não tenho camisa branca. —Eram por volta das oito horas, Cris voltou não se de onde, e veio fazer um comunicado, que todos os membros da paradise family, devíamos nos arrumar e de vestir especificamente a parte de cima das nossas roupas de branco. - Achei!

Todos estavam se arrumando, passando alguma tinta no rosto, ou sei lá, e eu estava parcialmente pronto. Coloquei uma camisa branca de mangas compridas, com um espaço especifico para meu dedo.

-–Martin vem aqui. — Uma galera tava se maquiando e eu nunca fui de passar nada do meu rosto. Só tinta de escola, mas era pra fazer palhaçada.

– Por que?

– Maquiagem?

– Sem chance.

– Ah qual é, vem logo.

– Me obriga. — Dalia, Amanda e Zuker começaram a me puxar pra perto, eu tentava resistir, mas em vão.

– Para de resistir Martin!

– Nunca! Independencia ou morte!

– Isso nem faz sentido, vem logo! — Ate que sedi.

Que erro.

Pela primeira vez deixei em alguém me maquiar de verdade. Eles estavam se divertindo muito com o meu sofrimento, eu, sendo, fresco como sempre, estava reclamando, outra coisa em vão pois eles só sabiam rir.

Quando me olho no espelho, tinha sombra preta, glitter roxo e adesivos (?) pratas em formatos de estrelas em mim.

Ok. Talvez, só talvez, eu tenha gostado.

– Eles ainda não terminaram? — Olhei pela janela vendo Cris e Peter arrumarem o quintal gigante.

– Eles devem tá acabando. — O mini Steve Rogers passa por mim também vendo eles pela janela.

Estávamos todos prontos, então descemos, e vimos eles ligarem as luzes de led's na tomada. Roxo, rosa, azul e vermelho eram as cores que acompanhavam.

– Antes de entrarem e começaram a inicialização, eu quero que vocês façam uma fila, e mantenham suas mãos juntas, como se fossem rezar. — Fizemos a fila. Cris, nos esperava com um sorriso leve no rosto.

Eu era um dos ultimos, então vi o que aconteceu.

E eu não acreditei.

Ele tinha uma tigela de prata, metal, sei lá o que era aquilo, na mão, com vários papeis.

"Papel".

Ele calmamente pediu pra que a Yohan abrisse a boca, juntasse as mãos com mais força e colocou o "papel" na boca dela.

???

Ok, é a nossa primeira noite, por mais não normal e estranho que isso pareça, não é ruim.

Só me pegou de surpresa.

Tinha chegado a minha vez, e ele me olhou daquele jeito, do mesmo jeito que ele olhou pra Amanda na fila.

Por 2 segundos me senti desconfortável, mas, eu tava ali pra novas experiências, com novas pessoas, então aquele leve desconforto passou e animação e um otimismo repentino tomaram conta de mim.

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