Capítulo 4

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Lá pelas 8:30 tomei um banho, e me vesti. Coloquei um cropped preto de cetim de amarrar nas costas, uma saia jeans com um cinto brilhoso e um tênis preto. Liguei a caixa de som com a minha playlist de festa e fui abrir a porta porque Felipe já estava esperando.
-Tá gata em birrentinha.
-Qual é a de ficar me chamando de birrentinha toda hora agora Felipe. Eu em.
-Mas você é mesmo, tá sempre enchendo meu saco.
- Ah é, por isso que você me ama né. Agora larga disso e vem me ajudar a arrumar o pátio.

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Finalmente! Umas 2 horas depois chegaram Gabriela, Jade e Vicente... e mais umas 30 pessoas carregando garrafas de vodka e barrios enormes de chopp...

Eram umas 23:00 e pouco e a "festa" estava bombando, estavam todos se divertindo e bebendo moderadamente como adolescentes normais, graças a Deus.
     Eu já tinha bebido uns 3 copos inteiros de caipirinha e não pude deixar de perceber que a Gabriela não desgrudava os olhos de Felipe.
Eu não sei o que rola entre esses dois mas tive então a ideia de começar um verdade ou desafio com todo mundo. E um outro menino que eu até então não tinha notado, teve a brilhante ideia de acrescentar uma nova regra, antes de responder verdade ou desafio tem que beber um shot de vodka. Isso nem faz sentido, e eu sei, a probabilidade de dar merda era alta, mas na hora tudo parecia uma boa ideia né.

   -Eu começo! -Falei já girando a garrafa.
Caiu na Gabriela. Tudo bem, na verdade eu parei a garrafa propositalmente na direção dela, mas ninguém nem percebeu mesmo.

     -Hmm, Gabi? Verdade ou desafio?

     Ela pensou um pouquinho, então pegou um shot de vodka pura e tomou em um gole só. -Ok... desafio.

      -Beija alguém da roda, você escolhe quem. Gabriela me lançou um olhar tipo, você me paga, e foi devagar na direção de Felipe. Eu ri comigo mesma, me sentindo a cupido né.

O beijo deles foi mais demorado do que eu imaginava que seria, na verdade só pararam quando alguns garotos estupidos começaram a assobiar e falar coisas do tipo, acho melhor vocês irem para um motel em. Felipe em condições normais ficaria envergonhado depois disso, mas eu o conhecia bem o suficiente para saber que ele já não estava mais totalmente sóbrio a um tempinho já...

Dessa vez a Gabi girou e caiu no Felipe... que escolheu verdade.

    -Você beijaria alguém da roda, que ainda não tenha beijado hoje?

Ih, que ciúmes é esse amiga... Eu sabia que a resposta seria não. Não porque ele é um santinho do pau oco nem nada do tipo, mas sim porque além de mim Gabi e Jade só tinham umas 3 meninas jogando, e com certeza nenhuma delas fazia o tipo de Felipe.

      -Hmm, na verdade sim... -Respondeu ele depois de empinar um shot sem nem fazer careta. 

Antes que o silêncio se tornasse constrangedor demais, Felipe girou a garrafa que caiu em Vicente.

-Vicente, verdade ou desafio?
-Desafio. -Respondeu Vicente com um sorriso ladino.
-Desafio você a levar alguém, para algum lugar mais reservado.
Pelo que eu entendi, Vicente estava de rolo com uma das meninas que também estava jogando, ela até largou uma risadinha como quem já sabia o que estava por vir. O que eu não entendi, foi porque Vicente veio na minha direção.
-Ham? Eu!? -Como assim ele queria sair dali, comigo.
Vicente concordou com a cabeça me estendendo a mão para eu levantar do poof. Felipe fechou o rosto de imediato. E apesar do frio na barriga eu fui. Pensei até que seria legal um tempo a sós para conhecer ele melhor, mesmo sendo só uma consequência de um jogo idiota.

Prefiro nem comentar o que foi ainda mais idiota que o jogo.

Meu vizinho francês Onde histórias criam vida. Descubra agora